Andebol: Belenenses conquista torneio César Branco

O Belenenses bateu o sporting na final do torneio César Branco por 32:30, repetindo assim a vitória do ano passado igualmente frente aos sportinguistas.

A exibição belenense cabe numa só frase: Superioridade total em todos os capítulos do jogo. De facto, e não obstante o momento precoce da época, o Belenenses revelou no decorrer do torneio organizado pelo Ginásio do Sul possuir uma equipa muito competitiva e equilibrada nos dois aspectos fundamentais do jogo: a defesa e o ataque. Tal como ontem, frente ao sporting o Belenenses relevou ainda possuir, ao contrário do que seria de supor, um plantel surpreendentemente equilibrado. Muito embora seja inegável que o plantel possui um núcleo duro de jogadores mais experientes que transitou na sua grande maioria da época passada, a verdade é que os jovens jogadores da equipa são muito mais do que promessas, sendo mais valias para "hoje" e não somente para "amanhã".

De facto, o Belenenses entrou na quadra com a sua equipa mais experiente e com naturalidade liderou o marcador a partir do primeiro minuto. Defendendo bem num atípico 6x0, os Cruzados demonstraram simultaneamente grande segurança ofensiva, fruto de uma circulação de bola muito eficaz e de uma boa selecção do momento de remate. Consequentemente teve sempre 3, 4 golos à maior: 4:1 aos 5 minutos; 16:12 aos 25... Com Pedro Spínola em grande destaque no ataque organizado e Nelson Pina nos contra-ataques, o ataque belenense (bem conduzido pelo jovem Rúben Pacheco a partir dos 15 minutos de jogo) superiorizou-se sempre à defesa 5x1 sportinguista. O único senão dos primeiros 30 minutos foi a permeabilidade defensiva quando em superioridade numérica, sofrendo o Belenenses três golos nesta situação de jogo.

No decorrer da segunda parte João Florêncio procedeu a algumas alterações no sete belenenses, alinhando por exemplo Elledy Semedo na posição de ponta esquerdo, enquanto Ruben Pacheco permaneceu na posição de central. Evoluíram ainda na quadra outros jovens, como o pivot Carlos Siqueira de apenas 17 anos. Surge aqui a justificação factual da proposição que lançamos em relação ao facto do Belenenses possuir um plantel equilibrado: os jovens da equipa exibiram-se a excelente nível e, mais importante , a qualidade andebolística do Belenenses enquanto equipa manteve-se elevada. A própria diferença no marcador indicia isto mesmo, com os Cruzados sempre em controlo absoluto do resultado: 22:18 aos 40 minutos; 26:22 aos 50´. Mais: o Belenenses, não obstante uma arbitragem surreal nos segundos 30 minutos, marcou exactamente o mesmo número de golos em ambas as partes: 16.

Para além da mão quente de Spínola e de Pina (que marcaram em conjunto uns incríveis 18 golos), Ruben Pacheco marcou em quatro ocasiões e Elledy em três no decorrer da segunda parte. O golo de Siqueira elevou para oito o número de golos apontados pelos jovens do plantel neste momento do jogo. Para além do troféu, é caso para se dizer que o Belenenses "ganhou" igualmente um plantel (no qual a posição de pivot parece ser a menos forte).

Em termos individuais, Pedro Spínola foi o melhor marcador no torneio com 24 golos, Hugo Figueira foi considerado o melhor guarda-redes e o supersónico Nelson Pina foi distinguido com o galardão de melhor jogador do evento.