Primeiro Balanço da Época (Parte II)
Vamos agora fazer um balanço desta época do ponto de vista subjectivo.
A distinção subjectivo/objectivo coloca alguns problemas. Haverá algo puramente objectivo ou puramente subjectivo?
Foi observado, num comentário à Parte I, que o bom comportamento face ao Real Madrid, por não se traduzir em pontos, só tem relevância subjectiva. Nesse sentido, assim é. Mas se o referimos na apreciação objectiva, foi porque também deu indicações objectivas sobre as capacidades da equipa.
Tendo sempre em conta esta difícil distinção, vamos tentar fazer um primeiro balanço da época do ponto de vista subjectivo - a relação entre os factos acontecidos e a expectativa do adepto.
Face á boa 2ª metade da época anterior, à presença na Final da Taça, ao regresso às competições europeias, a algumas das primeiras contratações, ao convite para o Teresa Herrera, dir-se-ia que as expectativas dos adeptos do Belenenses eram bastante positivas. E se usamos aqui a palavra "dir-se-ia" é porque, considerando as assistências no jogo com o Al-Arabi e o Braga, teremos que nos questionar seriamente.
A relação dessas expectativas com os factos, pode dividir-se em duas fases:
A primeira, vai até ao jogo de apresentação. A conquista do Torneio de Casablanca, a presença digna no Teresa Herrera, tanto com o Real Madrid como com a Atalanta, e até a goleada ao Al-Arabi (apesar das fragilidades que o adversário tenha mostrado), foram motivos de satisfação e fizeram aumentar o optimismo. Nesta altura, a principal preocupação, para muitos, era se jogávamos a Taça Uefa no Restelo. Já as preocupações financeiras foram desvanecidas com as vendas de Nivaldo e Dady.
A segunda fase começa a surgir com a demora na vinda de reforços para posições nucleares, desde logo as dos dois jogadores vendidos. O jogo com a Naval tirou algum optimismo: resultado aquém do esperado, má exibição (com a atenuante do vento), vitória perdida mesmo no fim... Veio o jogo com o Braga, já com algumas nuvens a espreitar; e elas adensaram-se bastante, instalou-se alguma decepção, pessimismo, preocupação... O jogo com o Sporting mantem-nos na dúvida: a equipa pareceu melhorar e aproximar-se mais do esperado; a derrota, face às circunstâncias, não deslustra mas... foi mais uma derrota.
O sorteio da UEFA, trazendo-nos o poderoso Bayern, também relativizou bastante as esperanças de chegarmos à fase de grupos e ainda além - mesmo se é sempre estimulante jogar com equipas tão prestigiadas, e se mantemos alguma determinação de seguir adiante.
Depois destas duas fases, julgo haver alguma perplexidade. Parecia que íamos tão bem, parece que vamos tão mal... Talvez, no fundo, estejamos a "cair na real". Talvez, no fundo, a verdade seja que não somos tão fortes como gostaríamos, mas também não estamos tão fracos como 1 ponto em 9 possíveis podem fazer supor...
No entanto, pensamos que algum do entusiasmo se possa ter perdido. E neste ponto, talvez se pudesse ter atempadamente feito mais para tirar partido das coisas boas, em termos de projecção do Belenenses e de chamar os sócios, ex-sócios e adeptos desligados da vida do clube (nota: esta opinião é da exclusiva responsabilidade do sócio nº 4720 e de mais ninguém).
Esperamos que depois deste interregno do campeonato voltem os ventos favoráveis para os Azuis de Belém.
A distinção subjectivo/objectivo coloca alguns problemas. Haverá algo puramente objectivo ou puramente subjectivo?
Foi observado, num comentário à Parte I, que o bom comportamento face ao Real Madrid, por não se traduzir em pontos, só tem relevância subjectiva. Nesse sentido, assim é. Mas se o referimos na apreciação objectiva, foi porque também deu indicações objectivas sobre as capacidades da equipa.
Tendo sempre em conta esta difícil distinção, vamos tentar fazer um primeiro balanço da época do ponto de vista subjectivo - a relação entre os factos acontecidos e a expectativa do adepto.
Face á boa 2ª metade da época anterior, à presença na Final da Taça, ao regresso às competições europeias, a algumas das primeiras contratações, ao convite para o Teresa Herrera, dir-se-ia que as expectativas dos adeptos do Belenenses eram bastante positivas. E se usamos aqui a palavra "dir-se-ia" é porque, considerando as assistências no jogo com o Al-Arabi e o Braga, teremos que nos questionar seriamente.
A relação dessas expectativas com os factos, pode dividir-se em duas fases:
A primeira, vai até ao jogo de apresentação. A conquista do Torneio de Casablanca, a presença digna no Teresa Herrera, tanto com o Real Madrid como com a Atalanta, e até a goleada ao Al-Arabi (apesar das fragilidades que o adversário tenha mostrado), foram motivos de satisfação e fizeram aumentar o optimismo. Nesta altura, a principal preocupação, para muitos, era se jogávamos a Taça Uefa no Restelo. Já as preocupações financeiras foram desvanecidas com as vendas de Nivaldo e Dady.
A segunda fase começa a surgir com a demora na vinda de reforços para posições nucleares, desde logo as dos dois jogadores vendidos. O jogo com a Naval tirou algum optimismo: resultado aquém do esperado, má exibição (com a atenuante do vento), vitória perdida mesmo no fim... Veio o jogo com o Braga, já com algumas nuvens a espreitar; e elas adensaram-se bastante, instalou-se alguma decepção, pessimismo, preocupação... O jogo com o Sporting mantem-nos na dúvida: a equipa pareceu melhorar e aproximar-se mais do esperado; a derrota, face às circunstâncias, não deslustra mas... foi mais uma derrota.
O sorteio da UEFA, trazendo-nos o poderoso Bayern, também relativizou bastante as esperanças de chegarmos à fase de grupos e ainda além - mesmo se é sempre estimulante jogar com equipas tão prestigiadas, e se mantemos alguma determinação de seguir adiante.
Depois destas duas fases, julgo haver alguma perplexidade. Parecia que íamos tão bem, parece que vamos tão mal... Talvez, no fundo, estejamos a "cair na real". Talvez, no fundo, a verdade seja que não somos tão fortes como gostaríamos, mas também não estamos tão fracos como 1 ponto em 9 possíveis podem fazer supor...
No entanto, pensamos que algum do entusiasmo se possa ter perdido. E neste ponto, talvez se pudesse ter atempadamente feito mais para tirar partido das coisas boas, em termos de projecção do Belenenses e de chamar os sócios, ex-sócios e adeptos desligados da vida do clube (nota: esta opinião é da exclusiva responsabilidade do sócio nº 4720 e de mais ninguém).
Esperamos que depois deste interregno do campeonato voltem os ventos favoráveis para os Azuis de Belém.
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