1919 - 2007: Eleição do melhor 11 da História belenense: Guarda Redes e Defesas.

José Simões:

Um verdadeiro histórico do Belenenses, que contribuiu para muitas e importantes vitórias do nosso clube e, ao mesmo tempo, lhe acrescentou mais um toque de dramatismo, em que somos pródigos, ao morrer apenas com 31 anos, em 1944. Tinha chegado à 1ª categoria do Belenenses na época de 31/32, logo conquistando a titularidade. Era um jogador aguerrido, com grande capacidade de luta, energia inesgotável (sempre em movimento) e boa técnica.

Durante esses 12 anos, foi 1 vez Campeão de Portugal (1933) e 2 vezes Vice-Campeão (1932 e 1936). Ganhou 2 Campeonatos de Lisboa (31/32 e 43/44). Conquistou a Taça de Portugal de 1942, sendo finalista em 40/41. No Campeonato Nacional, obteve um 2º lugar, quatro 3ºs lugares e três 4ºs lugares. Um Campeonato de Portugal, 1 Taça de Portugal e 2 Campeonatos de Lisboa são um excelente palmarés; e, se não fosse a sua morte prematura, teria sido Campeão Nacional, pelo menos, em 1946.

Eram tempos em que o Belenenses ganhava ao Sporting por 9-0, ao Benfica por 8-3, ao F.C.Porto por 6-2 no reduto deste próprio...

Na Selecção Nacional, foi titular por 10 vezes. Num célebre jogo internacional, no fim de 1937, houve 3 jogadores portugueses que se recusaram a fazer a saudação “fascista”: Mariano Amaro, Artur Quaresma e José Simões.

O melhor 11 da Historia belenense - Defesas.
Jose Simoes
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Vasco:

Vasco foi uma das Torres de Belém. Ou seja, é uma lenda do nosso clube!

Impôs-se na 1ª Categoria do Belenenses em 44/45. Na época anterior, a nossa equipa fora Campeã de Lisboa, pela 5ª vez, em 1ªs categorias. Vasco jogava nas 2ªs categorias (ou Reservas) e o Belenenses foi igualmente Campeão.

Em 45/46, viveu a sua época mais brilhante. O Belenenses foi Campeão de Lisboa e Campeão Nacional. O último jogo do Nacional, em Elvas, foi dramático. Precisávamos de ganhar à filial do Benfica e, ao intervalo, perdíamos 1-0. Parece que os grandes animadores da equipa, face a algum desânimo que se apoderava, foram justamente Vasco e Artur Quaresma. Vasco era, sempre foi, a personificação da raça em campo. Jogador de antes quebrar que torcer, destemido, indomável, nunca se conformava. Esteve em ambos os nossos golos. No primeiro, arrancou por ali fora, junto à linha lateral direito, passando sucessivos adversários e ganhando um livre, de que nasceu o empate. Aos 77 minutos, nova insistência de Vasco, e da sequência da jogada veio o golo que nos deu a vitória no jogo e no Campeonato.

Se não estamos em erro, abandonou o futebol num jogo de reservas gritando para um árbitro: “Você não torna a gozar com o Belenenses!”.

Antes disso, porém, ainda teve tempo para ser finalista da Taça de Portugal de 48 e para estar presente na equipa do Belenenses que inaugurou o Estádio do Real Madrid. Fez também parte da nossa equipa que, em 45, venceu os madrilenos em Lisboa e empatou em Espanha. Na Selecção Nacional, alinhou por 2 vezes.

Até à sua morte, em 2000, continuou a acompanhar com fervor a vida do Belenenses. De resto, a sua família é toda ela azul.

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Vasco
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Feliciano:

Outra das “Torres de Belém” e, de todos, o mais conceituado.

Representou o Belenenses desde 1940 a 1954. A sua festa de despedida, em 5 de Setembro de 1954, constituiu um grande acontecimento: foi em simultâneo com a despedida de Travassos (Sporting) e Rogério (Benfica), outros jogadores de primeira água; por outro lado, marcou a estreia de Vicente…

Durante quase uma década e meia ao serviço do Belenenses, Feliciano viveu grandes momentos: foi Campeão Nacional em 46 e, ainda, 3º classificado por 9 vezes e 4º classificado por 3 vezes; Campeão de Lisboa em 43 e 45; vencedor da Taça de Portugal em 42; finalista da mesma prova em 40, 41 e 48; esteve na inauguração de Chamartin, e em outros jogos com o Real (totalizando 1 vitória, 1 empate e 1 derrota, com 1 jogo em Portugal, e 2 em Espanha). Defrontou e venceu ainda equipas como o Borússia Dortmund, o Deportivo da Corunha ou o Admira Wacker.

Representou a Selecção Nacional por 14 vezes. Chegou a ser considerado o melhor defesa central da Europa.

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Feliciano
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Serafim:

A carreira de Serafim das Neves, outro dos imortais do Belenenses, é em muito semelhante à de Feliciano, pois também ele representou o nosso clube desde 1940, apenas terminando a sua carreira um ano mais tarde: em 1955. Por isso, remetemos para o que se escreveu.

Ao palmarés de Serafim, acrescentou ainda o vice-campeonato de 54/55, que só por um azar, a 4 minutos do fim, não deu ao Belenenses o título. Era ele, então, o capitão da equipa. Na mesma época, ainda envergou a nossa camisola na Taça Latina (derrotas com Real Madrid e Milan por 0-2 e 1-3) e ajudou a derrotar o Vasco da Gama (2-1).

Foi durante muitos anos presença regular na Selecção Nacional, que representou por 19 vezes – na altura, era um dos jogadores Portugueses com mais internacionalizações.

Também ele morreu com o Belenenses no coração...

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Serafim
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Raúl Figueiredo:

Começou a aparecer na equipa principal do Belenenses na época de 47/48. Logo nesse ano, esteve na Final da Taça de Portugal, que não conseguimos vencer. No Campeonato Nacional, o Belenenses ficou em 3º lugar, a escassos 4 pontos dos dois primeiros (Sporting e Benfica), estando na liderança da prova quando esta já ia a dois terços.

Até 1959, permaneceu sempre como titular. No Campeonato, obteve um 2º lugar, sete 3ºs lugares e quatro 4ºs lugares. Ganhou ainda a Taça e Honra de 1959, em que o Belenenses derrotou o Benfica e, na final, o Sporting.

Capitaneou o Belenenses no jogo inaugural do Restelo (vitória 2-1 sobre o Sporting) e, dois dias depois, na estreia da iluminação, no jogo com o'Vice-Campeão europeu, Stade de Reims (a quem ganhámos por 2-0).

Ao longo da sua carreira, o Belennses venceu outras equipas de renome mundial como o Barcelona, o Deportivo da Corunha, o Valência, o Borússia Dortmund, o Newcastle, o Vasco da Gama, o Dínamo de Zagreb, o Saint-Étienne, etc., além da Selecção do México.

Jogador de grande compleição física, Figueiredo foi um central de excepcional valia.

Envergou a camisola da Selecção Nacional por 3 vezes – e Portugal ganhou sempre.

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Raul Figueiredo
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Vicente:

É talvez a maior lenda viva do Belenenses, apesar da sua extraordinária simplicidade e modéstia. Quem o vê e ouve, e não conheça a história, dificilmente saberá que ele é uma grande figura do futebol mundial.

Poucos dias antes de completar 19 anos Vicente estreou-se no Belenenses, e da melhor maneira, marcando logo um golo ao F.C.Porto.

Pelo Belenenses, único clube que representou em Portugal, Vicente conquistou uma Taça de Portugal (1960) e duas Taças de Honra (1959 e 1960). Como se sabe, esteve a 4 minutos de ganhar um Campeonato Nacional – e logo na sua primeira época. Conquistou ainda quatro 3ºs lugares e dois 4ºs lugares. Foi capitão de equipa durante vários anos; e mais anos teria sido, se um acidente de viação não tivesse interrompido a sua carreira em 1966, no auge do seu prestígio, logo após o Campeonato do Mundo.

E a propósito de Selecção Nacional, refira-se que Vicente foi o 3º Belenenses com mais internacionalizações A. À sua frente, só está o lendário Augusto Silva, com 21, e o seu irmão, o grande Matateu, com 27. Não há, na história do futebol Português, nenhuma dupla de irmãos que se compare a este duo Belenenses Matateu + Vicente. A representar Portugal, Vicente celebrizou-se pela maneira única – no mundo – como anulava Pelé. Assim, em plenos anos 60, só Eusébio, e talvez Coluna, entre todos os jogadores Portugueses, desfrutavam de mais prestígio mundial do que Vicente. O rei Pelé sempre se referiu a Vicente e ao Belenenses com o maior respeito e admiração.

Ao serviço do Belenenses, Vicente defrontou (e em muitos casos com resultados positivos) equipas como o Milan, o Roma, o Real Madrid, Barcelona, o Valência, o Sevilha, o Atlético de Bilbau, o Newcastle, o Burnley, o Panatinaikos, o Uljpest, o Dínamo de Zagreb, o Hibernian, o Stade de Reims, o Vasco da Gama, o Flamengo, o Cruzeiro de Belo Horizonte, o Grémio de Porto Alegre, o Atlético Mineiro, etc.

Ao longo da carreira, Vicente foi recuando no terreno: de goleador, passou para médio de marcação e, depois, para defesa. A sua técnica, rapidez, agilidade, inteligência de jogo e rigor táctico eram maravilhosos.

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Vicente
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Freitas:

Defesa central da 2ª metade dos anos 60 e da 1ª metade dos anos 70. Jogador de raça, voluntarioso, rápido, com mais força que técnica, era um autêntico pronto-socorro.

Estreou-se na equipa principal em 67/68, numa altura de crise financeira do Belenenses, com reflexos nos resultados. Ainda assim, o clube ganhou a Taça de Honra de 1969. Entre 1972 e 1976, o Belenenses ressurgiu, reaproximando-se dos níveis das 4 primeiras décadas de existência. Assim, em 72/73, Freitas pôde ser Vice-Campeão Nacional e em 75/76 ficar em 3º lugar. Saiu depois para o FC.Porto…

Na Taça UEFA, pelo Belenenses, jogou com o Wolwerampthon. Defrontou ainda outras equipas de renome, como o Real Madrid (o Belenenses foi convidado para os 25 anos de Chamartin e a festa de homenagem a Gento), o Lyon (vitória 2-0 em França), o Botafogo, a Selecção da Suécia, etc.

Representou a Selecção Nacional por 9 vezes, 6 das quais quando envergava a camisola dos azuis de Belém.

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Freitas
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Pietra:

Vindo das camadas jovens, foi promovido à equipa principal na época de 70/71. No ano seguinte, começou a aparecer a titular, continuando a prometer uma grande carreira.

Era um jogador muito rápido, de excelente técnica, e que jogava tanto a lateral direito como esquerdo ou, ainda, no meio campo defensivo.

Em 72/73 e em 75/76, ficou, com o Belenenses, em 2º e 3º lugar, respectivamente. Pelo meio, houve ainda um 5º lugar, em 73/74. Tal como Freitas, contribuiu para o nosso triunfo (na Série) da Taça Intertoto, em 1975.

No fim da época de 75/76, foi transferido para o Benfica – a quem, num jogo mítico, em Outubro de 1975, marcou um dos golos da nossa vitória por 4-2, que colocou o Belenenses em 1º lugar, perante 60.000 pessoas que sobrelotaram o Restelo.

A sua saída, como a de Freitas e Gonzalez ,foram um rude golpe para a competitividade da equipa, mas em muito contribuíram para que se pudesse concluir o Pavilhão…

Foi internacional A por 27 vezes mas só 4 enquanto representava o Belenenses. Significativamente, assim que chegou ao Benfica passou a ser indiscutível na selecção. O sistema já tinha a sua força…

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Pietra
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José António:

Era um jogador cerebral, um computador, como o treinador Depireux lhe chamava, um líder, sobretudo nas acções defensivas da equipa, dando instruções aos colegas. Com excelente técnica e grande sentido posicional, compensava a estatura não muito elevada para um central.

Foi ele, como capitão de equipa, a erguer o último grande troféu conquistado pelo Belenenses, a Taça de 1989. Não o conseguira na outra final em que esteve presente, em 86.

Ficou ligado ainda a outros factos relevantes do Belenenses. Quando ingressou no clube, em 83/84, o Belenenses lutava para regressar à 1ª divisão, onde caíra pela 1ª vez, com espanto geral. Conseguimo-lo, com os adeptos azuis a invadirem tudo quanto era campos, em verdadeiras romarias e caravanas. Depois, deu-se regresso à Europa, os jogos com o Barcelona, o Bayer, o Velez Mostar, o Mónaco, o regresso ao pódio (3º lugar em 87/88). Mas viu novo decaimento do Belenenses: ele terminou a carreira a meio da época de 90/91, ano de novo pesadelo para nós…

Além das equipas citadas, José António, no Belenenses jogou ainda com clubes como o CSKA, o Santos, o Internacional de Porto Alegre, o Santos e várias equipas espanholas e francesas.

Foi internacional A por 3 vezes, tendo estado presente no Campeonato do Mundo de 1986.

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Jose Antonio
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Sobrinho:

Chegou ao Belenenses em 1985 e daqui saiu no final da época de 88/89, para um clube francês. Pelo meio, conquistou a Taça de Portugal de 89, foi à final de 86, obteve um 3º lugar no Campeonato, esteve com o Belenenses na Taça UEFA, em jogos com o Barcelona, o Bayer Leverkusen e o Velez Mostar.

Foi convocado para o Mundial de 86, sendo um dos três jogadores do Belenenses no lote dos 22. Envergou a camisola da Selecção por 8 vezes.

Era um central (por vezes lateral) com excelente capacidade de marcação. Quando estava nos seus dias, era quase intransponível, combinando a força com a agilidade. Jogador temperamental, tanto dentro com fora do campo (ele não o nega…), era um lutador por excelência. Quando estávamos a ganhar e era preciso tocar a reunir para defender, era um autêntico guerreiro.

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Sobrinho
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José Mário:

Este jogador brasileiro representou o Belenenses desde 1987/88 a 1990/91.

Chegado já com a primeira das referidas épocas a decorrer, rapidamente se impôs. Assombrou os adeptos belenenses e o futebol português com as suas portentosas arrancadas a fazer todo o corredor esquerdo. Sendo normalmente defesa esquerdo, também podia jogar a central ou a médio. Chegava a cortar a bola na nossa área e ir à linha final do nosso ataque cruzar. E ainda marcava golos!

Nessa mesma época, ficámos em 3º lugar no campeonato.

Na época seguinte, com Adão e Mladenov, constituía uma asa esquerda fabulosa. Nesse ano, contribuiu para a eliminação do Bayer Leverkusen e, sobretudo, para a conquista da Taça de Portugal.

As épocas seguintes, sobretudo a de 90/91, foram menos felizes para o Belenenses mas Zé Mário deixou um rastro de classe na sua passagem pelo Belenenses.

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Ze Mario
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Fernando Mendes:

Teve duas passagens pelo Belenenses. Na primeira vez, na época de 95/96, as suas exibições entusiasmaram. Vindo do Estrela da Amadora, relançou a sua carreira no Belenenses. Bom a defender, era excelente a atacar, com técnica, garra e velocidade. Galvanizava-se e galvanizava os outros. Nessa temporada, falhou-se por pouco o regresso à UEFA. Em jogo decisivo, perdido em Guimarães, ficou a imagem das suas lágrimas de tristeza e frustração. Naturalmente, regressou nessa época à Selecção Nacional, não tendo, porém (talvez com alguma injustiça), sido convocado para a Fase Final do Europeu.

Esteve depois no F.C.Porto. É, aliás, o único jogador Português que representou 5 clubes Campeões Nacionais: Belenenses, Sporting, Benfica, F.C.Porto e Boavista.

Voltou para Belém na época de 2000/2001. Já com menos fulgor, ainda foi útil. Depois, representou ainda outro clube de prestígio, o Vitória de Setúbal.

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Fernando Mendes
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Wilson:

Ingressou no Belenenses em 1999/2000 e aqui permaneceu, como jogador, até ao fim da época 2004/05.

A dupla de centrais que formava com Filgueira atingiu níveis de grande qualidade.

Wilson era um jogador que combinava uma excelente técnica, que lhe permitia sair com a bola para o (contra-)ataque, com um muito bom sentido posicional e uma grande determinação e enérgica entrega nos lances.

Foi, sem dúvida, nas suas boas épocas, um dos melhores centrais do Campeonato Português e pena é que o Belenenses, no seu tempo, não tenha feito melhor que um 5º lugar, que por azar não deu acesso a competições europeia.

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Wilson
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Nivaldo:

Esteve apenas um ano a representar o Belenenses. Tal, porém, foi o suficiente para deixar saudades, que já são muitas.

Chegou como um ilustre desconhecido. Fez alguns jogos de preparação que deixaram os adeptos sem saber o que pensar. No entanto, com 1 ou 2 jornadas de Campeonato, começou progressivamente a impor-se. Transformou-se num dos esteios da equipa – para alguns, mesmo o principal. Os seus cortes decididos, a energia com que comandava e dobrava os colegas, o modo como por vezes saía para o contra-ataque, o excelente pé esquerdo, e até a capacidade goleadora, fizeram deste central brasileiro um jogador cobiçado.

Saiu para o Saint-Etienne, rendendo ao Belenenses um excelente encaixe financeiro. Difícil, vai ser encontrar melhor que ele…

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Nivaldo
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Poderá ainda continuar a votar em cinco grandes guarda-redes azuis que em diferentes períodos da História belenense brilharam a grande altura na tentativa de manter invioladas as suas redes.

CAPELA:

Foi, juntamente com Feliciano e Vasco (segundo alguns, também com Serafim e até mesmo Gomes), uma das célebres Torres de Belém. O seu nome, para além desse motivo, está indelevelmente ligado ao Belenenses, por ser o Guarda-Redes da nossa Equipa Campeão Nacional de 1946. Na mesma época, foi igualmente Campeão de Lisboa. Um ano antes (44/45) e em 47/48 contribuiu para que o Belenenses alcançasse 3ªs lugares no Campeonato Nacional, disputando o título até ao final.

No entanto, ao contrário de outros jogadores, a sua permanência no Belenenses foi mais episódica, alternando com passagens pela Académica.

De qualquer maneira, foi em épocas ao serviço do nosso clube que foi chamado todas as 5 vezes em que representou a Selecção Nacional.

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CAPELA
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JOSÉ PEREIRA:

“O Pássaro Azul”, como era reconhecido, por causa dos seus voos elegantes, que lhe permitiam defesas espectaculares, defendeu as balizas do Belenenses desde 1953 a 1967.

Foi Vice-Campeão Nacional em 54/55, a tal época em que perdemos o Campeonato a 4 minutos do fim. Em outros Campeonatos, obteve quatro 3ºs lugares e três 4ºs lugares.

Noutras competições, ganhou a Taça de Portugal de 1960 (tendo sido semifinalista nas 4 edições seguintes) e as Taças de Honra de 59/60 e 60/61.

Esteve presente na Taça Latina de 1955 (jogos com Real Madrid e Milão) e na Taça Uefa de 60/61 a 64/65 (em jogos com equipas como o Barcelona, o Roma ou o Hibernian).

Também defendeu as nossas balizas nos jogos da inauguração do Restelo, em que vencemos o Sporting e, na estreia da iluminação, o Stade de Reims. Esta última equipa fora finalista da Taça dos Campeões Europeus 3 meses antes. Além dessa, o Belenenses de José Pereira ganhou a equipas de projecção mundial como o Vasco da Gama, o Barcelona, o Valência, Sevilha, o Newcastle, o Dínamo de Zagreb, o Panathinaikos ou a selecção do México.

E a propósito de selecções, José Preira, juntamente com Vicente, esteve na Selecção Nacional na Fase Final do Campeonato do Mundo de 1966, em que se obteve a melhor classificação de sempre de Portugal. Foi titular em todos os jogos à excepção de um. Aliás, ele em muito contribuíra para a qualificação, defendendo um penalty conta a Checoslováquia, com Portugal reduzido a 10 unidades. Vestiu a camisola da Selecção A por 11 vezes.

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JOSE PEREIRA
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FÉLIX MOURINHO:

Vindo do Vitória de Setúbal, representou o Belenenses desde 69/70 até 73/74. Foi Vice-Campeão Nacional em 1973. Participou na Taça UEFA na época seguinte.

Era um guarda-redes muito seguro, regular e equilibrado: não sendo um fora de série em nenhum aspecto, era bom em todos. Marcou uma época e a sua sucessão veio a revelar-se problemática.

No Belenenses, além de jogador, coadjuvou Homero Serpa como treinador, na época de 70/71, auxiliando o clube a sair de uma situação difícil. Desde logo aí se mostrou a sua influência entre os colegas.

Representou a Selecção Nacional, embora apenas por uma vez.

É pai do treinador José Mourinho.

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FELIX MOURINHO
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JORGE MARTINS:

Esteve no Belenenses entre as épocas de 85/86 e 88/89, sendo sempre titular nos jogos oficiais (cerca de 170). Ganhou a Taça de Portugal de 1989 e foi finalista na de 1986. Contribuiu ainda para o 3º lugar de 87/88, a nossa última presença no pódio do Campeonato. Esteve presente na Taça UEFA em 87/88 e 88/89, incluindo as vitórias sobre o Barcelona e o Bayer Leverkusen, e na Taça das Taças de 1990.

Guarda-Redes de topo, foi um dos 22 jogadores Portugueses convocados para a Fase Final do Campeonato do Mundo de 1986, juntamente com outros dois jogadores do Belenenses, Sobrinho e José António (embora só este tenha jogado). Já antes, então ao serviço do Vitória de Setúbal, estivera na Fase Final do Campeonato da Europa de 1984.

O “Stallone” era um guardião destemido, eficiente e seguro, que transmitia grande confiança à equipa e aos adeptos.

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JORGE MARTINS
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MARCO AURÉLIO:

Representou o Belenenses desde 98/99, quando, pela 3ª e última vez na sua história tinha caído na divisão secundária e logo nessa época ajudou o clube a regressar ao seu lugar. Até ao fim da época de 2005/06, em que sofreu grave lesão, foi quase sempre titular, num registo impressionante de perto de 300 jogos oficiais. Na época de 2006/07, só disputou 2 jogos, os últimos do Campeonato e terminou a sua carreira no nosso clube. Curiosamente, foi nesta época que o Belenenses conseguiu os melhores resultados enquanto o “Imperador” (como carinhosamente foi cognominado) representou o clube: presença na Final da Taça (embora Marco não tenho participado nos jogos) e 5º lugar no Campeonato, com regreso à Taça Uefa. Em 2001/2002, também contribuiu para um 5º lugar (que, porém, não deu acesso a competições europeias) e, no início dessa mesma época, esteve presente em dois jogos da Taça Intertoto.

Ao longo de anos, foi certamente um dos melhores Guarda-Redes (por vezes, talvez o melhor) do Campeonato Português.

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MARCO AURELIO
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