Resumo do fim-de-semana azul.


A equipa de Andebol de «Os Belenenses» venceu, na madrugada de Sábado para Domingo, a formação do Sp. Horta, por 30-29.
Até aqui tudo bem, vitória inteiramente normal. As circunstâncias anormais aconteceram, todavia, na viagem para as Açores.
Assim, os imprevistos começaram aquando da tentativa de aterragem abortada no Aeroporto da ilha do Faial devido às más condições atmosféricas, o que obrigou o avião a deslocar-se para Ponta Delgada, na ilha de São Miguel. Consequentemente, os cruzados acabaram por ficar retidos no aeroporto durante 4 horas, jantando somente (?) sandes.
De novo a bordo, os atletas azuis foram afectados por uma forte turbulência, e, pior, o atleta Rúben Pereira apareceu com febre e não pôde dar o seu contributo à equipa. Finalmente - a cereja em cima do azarado bolo - surgiram ainda dificuldades em combinar a hora do encontro devido à intransigência do adversário, o que levou a que o jogo se disputasse a horas tardias, com o encontro a terminar já na madrugada de Domingo.




Depois de todos estes episódios, certamente não seria necessário somente entrar em campo com 7 bons jogadores, sendo necessários 7 guerreiros azuis armados com personalidade e dedicação às nossas cores e a modalidade. Fruto das circunstâncias hostis que já descrevemos, a partida não começou bem aos cruzados, alcançando os locais uma diferença favorável de 6 golos - 12:6 -aos 13 minutos. "Sol" de pouca dura... O Belenenses altera a sua forma de defender, obriga o Sporting da Horta a falhar no ataque, e revela-se mais concrentrado na concretização. Resultado: os açoreanos logram marcar somente dois golos nos últimos 17 minutos da 1ª parte, e o intervalo chega com a nossa equipa a vencer já por 15-14.
No reinício do jogo, a superioridade azul manteve-se e rapidamente a diferença foi dilatada até alcançar os 5 golos de vantagem.
Quando o vencedor final parecia já encontrado, a inevitável fadiga azul fez a sua aparição e, fruto da quebra o ritmo da nossa equipa, os insulares lograram alcançar o empate a 23 golos.
Até ao final era necessário sofrer, dar tudo por tudo, deixar a "pele" na quadra, e foi precisamente isto o que aconteceu. A equipa uniu-se, sacrificou-se em prole do grupo, e o seu grande coração azul permitiu trazer para o Restelo, trazer para todos nós afinal, uma suada e renhida vitória que se revelou especial devido a todas as circunstâncias que marcaram as horas que antecederam o jogo.
Dentro deste espírito guerreiro, importa salientar a atitude de Rúben Pereira, jogador que ao sentir-se um pouco melhor abandonou sozinho o hotel para deslocar-se ao Pavilhão e ir apoiar os seus colegas de equipa.
Nas 4 linhas destacaram, em termos de veia goleadora, Bruno Moreira (7 golos), Pedro Spínola (6 golos) e também o João Pinto (6 golos).



Já na Liga Profissional de Basquetebol o Belenenses regressou às vitórias, derrotando a formação do Casino Ginásio por 68-70, numa jogo realizado no Pavilhão Galamba Marques, na Figueira da Foz. Assim, depois do manifesto azar das últimas semanas, a equipa azul abandonou a indesejável lanterna vermelha da competição.
A vitória de Sábado revela-se ainda mais saborosa devido ao facto do nosso base titular, Diogo Carreira, não ter podido novamente dar o seu contributo à equipa liderada pelo Prof. Luis Silveira, que apostou, com sucesso, mais uma vez no jovem Daniel Monteiro (11 pontos e 6 assistências).
A partida foi marcada desde o início por uma toada de grande equilibrio, equilíbrio este traduzido num só ponto de vantagem azul no final do 1º período. No segundo período, o equilíbrio no marcador manteve-se até aos 15 minutos. Fruto de 5 minutos finais de ascendência azul, o Belenenses logrou alcançar uma curta vantagem de seis pontos ao intervalo - 34:40.
Com o nervosismo a imperar no início do terceiro período, verificou-se um período de menor concretização para ambas as equipas, o que ainda assim se traduziu no dilatar na diferença no marcador - 35:44 aos 25 minutos. Continuando a defender bem, os azuis do Restelo tiveram dois minutos fulgurantes que permitiram uma aparentemente confortável vantagem de 14 pontos - 38:52. Pura ilusão: uma boa recuperação da equipa Figueirense nos últimos minutos do parcial, reduziu o marcador para 45-52 no final do terceiro período, deixando novamente em aberto a decisão quanto ao vencedor final.
Todavia, no quarto e derradeiro período, o Belenenses conseguiu aguentar a pressão inicial da equipa da casa e aos 35 minutos vencia já por 10 pontos de diferença - 51:61 -, vantagem suficiente para encarar os 5 minutos finais com alguma tranquilidade. Tranquilidade a mais, apetece dizer, em jeito de desabafo. Como tem acontecido ultimamente, o Belenenses quebrou nos últimos minutos e deixou o adversário reduzir para 60-62 com menos de dois minutos para jogar. Revelando algum espírito guerreiro (característico das equipas azuis anteriores), os nossos jogadores lograram aguentar a curta vantagem até final, destacando-se nesta fase do encontro o Jason Robinson, que revelou mão certeira na linha de lances livres nos derradeiros segundos do jogo. A nível estatístico, o Belenenses foi superior na percentagem de lançamento (55,0% contra 51,2% de L2; 31,3% contra 21,1% de L3 e 64,7% contra 60,9% de LL), nos ressaltos (36 contra 27) e nas assistências (15 contra 11), revelando o seu calcanhar de Aquiles nos roubos de bola (5 contra 12) e nos turnovers (16 contra 9). Com esta vitória, a primeira nos últimos sete jogos, o Belenenses subiu para a 8º posição da Liga Uzo, com 6 vitórias e 15 derrotas.
Destacaram-se em termos pontuais Jason Robinson (21 pontos) e Cameron Echols (20 pontos e 13 ressaltos).




Quebrando o série de bons resultados azuis no fim-de-semana, o futsal azul perdeu fora por 4:3 com a formação do Alpendorada.
Não obstante as poucas oportunidades de golo, o Belenenses controlou a partida nos primeiros minutos mas uma desatenção defensiva azul permitiu que um jogador adversário surgisse solto na área e inaugurasse o marcador à passagem dos 11 minutos. O 5 azul pareceu não acusar demasiado o golo e continuou a assumir o jogo e a obrigar a formação da casa a refugiar-se na sua zona defensiva. Consequência da pressão dos conquistadores, a turma do Alpendorada atingiu a 5ª falta à passagem dos 16 minutos, e pouco depois uma excelente recuperação de Pedro Caetano permitiu espaço a Jardel que rematou cruzado e conseguiu a igualdade. Quando o empate parecia ser o resultado a verificar ao intervalo, a nossa equipa recuperou uma bola em zona defensiva adversária aproveitando Marco Reis para fazer o segundo golo azul. A segunda parte começou com a equipa da casa mais forte, dando tudo para obter o golo da igualdade, algo que viria a suceder muito cedo na partida - segundo minuto. Com as operações e as oportunidades de golo mais divididas aconteceu o caso do jogo com um jogador local a impedir com as mãos dentro da área que a bola entrasse na sua baliza. Nada foi assinalado pela dupla de arbitragem... A partir deste momento os erros de arbitragem sucederam-se, chegando a sua actuação a roçar o escândalo. Para agravar a situação, importa relembrar que a mesma dupla de arbitros já havia prejudicado as nossas cores no encontro frente à formação do Modicus. Assim, os responsáveis azuis vão enviar uma cassete com o filme do jogo (sem quaisquer comentários adicionais) à Comissão de Arbitragem da F.P.F.
Consequentemente o jogo mudou de feição, atingindo a nossa equipa a 5ª falta aos 14 minutos de jogo. Dois minutos volvidos, e na sequência de uma falta não assinalada, a equipa do Alpendorada fez o seu terceiro golo, e colocou-se na frente do marcador. Quase imediatamente os locais atingem igualmente a sua 5ª falta facto, que poderia ter grande influência nos minutos restantes da partida. Assim não aconteceu, sobretudo porque o guarda redes local travou um forte remate de Jardel aos 18 minutos de jogo. Momento decisivo, porque no minuto seguinte o Alpendorada fez o seu 4º golo aproveitando o facto de estar a jogar com mais uma unidade. Ainda assim, os conquistadores nunca baixaram os braços logrando diminuir a diferença no marcador através de Nuno Monteiro aos 19 minutos. Muito pouco, muito tarde...





Finalmente, e para terminar este periplo pelas principais modalidades do nosso Belenenses, a equipa de rugby azul regressou às vitórias, ao bater no Restelo a actual equipa actual campeã nacional, o Direito, por 13-0. De facto, depois de três jornadas sem vencer, tornava-se obrigatório derrotar os advogados, actuais segundos classificados do campeonato.
Antes de mais, importa salientar a excelente prestação defensiva do 15 azul, base sobre a qual se construiu a saborosa vitória. Por outro lado, deve ser igualmente sublinhada a vontade e a «garra» com que os azuis se apresentaram em campo para assim lograrem construir um resultado do qual muitos duvidavam. Os nossos jogadores superaram-se, foram buscar força às dificuldades, fizeram destas um incentivo extra revelador de grande abnegação e personalidade enquanto equipa. O resultado foi feito em grande parte nos primeiros 40 minutos do encontro, fruto de 2 ensaios (não convertidos) do defesa Francisco Moreira e também Francisco da Cunha, após excelente iniciativa individual do 2º centro David Mateus.
Os 13:0 finais foram alcançados já no segundo tempo, com Francisco Moreira a aproveitar uma falta no chão da equipa do Direito para chutar aos postes e fazer novos 3 pontos.
Com esta vitória o Belenenses volta a juntar-se ao grupo da frente e à luta pelo apuramento para a «Final four». Os azuis passam a somar 12 pontos.