Cândido Costa: "Estamos completamente tranquilos com o presidente que temos"

Um estágio é composto essencialmente de rotinas. Os jogadores belenenses acordam diariamente às 8 horas, tomam o pequeno almoço, e cerca das 8h45 percorrem os 500 metros que distanciam o hotel do excelente relvado do complexo. O Belém até Morrer acompanhou Cândido Costa nesse percurso, numa conversa que inevitavelmente incidiu na época que agora teve início.

Cândido Costa começou por afirmar que o estágio está a correr bem: "muito trabalhinho", acrescentou ainda.

Aproveitando de certo modo a dica, lançamos para a conversa o facto do Belenenses ter um novo preparador físico, Márcio Corrêa, que como sempre acontece trouxe consigo as suas ideias e os seus métodos.
"Gosto dos seus métodos", começou por afirmar Cândido, "temos trabalhado essencialmente a força e a potência, e nesta fase tem corrido bem. A sua maneira de trabalhar é séria mas simultaneamente alegre e contagia os jogadores. Isso tem sido bom", concluiu.

"E como estão a correr as coisas fora das quatro linhas?", perguntamos. Como é o novo grupo em termos humanos?
Cândido: "Acho que os que chegam têm que se moldar aquilo que a gente já tinha: bom ambiente, convívio porreiro no balneário, tudo sempre com sentido profissional e com sentido de trabalhar arduamente dentro do campo mas depois no balneário sermos uma espécie de família. Acho que esse é o objectivo."

Qualidades humanas e qualidades futebolísticas: porventura o dois aspectos fundamentais para o sucesso de qualquer equipa. Não obstante Cândido conhecer ainda mal os colegas que nesta época se juntaram à equipa, quisemos saber quais são as expectativas do número 27 azul. "Continuar na senda das classificações europeias?", lançamos em jeito de desafio:
"Acima de tudo temos que ser inteligentes na forma como abordamos esse assunto e vivemos o dia-a-dia", retorquiu Cândido. "Penso que o nosso sucesso nas duas últimas épocas tem sido - apesar de ter existido aquele problema com os pontos que nos retirou o que obtemos dentro no campo - jogo após jogo falarmos pouco e jogarmos muito. Acho que este ano devíamos manter a mesma postura: tentarmos falar o menos possível e focar-mo-nos mais no trabalho dentro de campo. E depois sim, obtidos os resultados, falar".

Equipa "nova". Treinador novo. Pergunta obrigatória: "Quais são as tuas primeiras impressões em relação a Casemiro Mior"?
Cândido: "Vê-se que está empenhado, que mostra muita ambição. Isso é importante: que ele saiba em que clube está, que esteja tranquilo e confiante em relação ao seu trabalho. Penso que as coisas, com um bocadinho de sorte - a sorte é sempre um factor mais a ter em conta -, vão correr bem".

O relvado estava já à vista, e a hora de início do treino aproximava-se. Tínhamos somente tempo para uma última pergunta. Equipa "nova". Treinador novo. Para completar o triunvirato que se espera de sucesso falta um elemento: Presidente novo. "É importante para os jogadores ter um presidente muito presente?", quisemos saber. "Tê-lo diariamente junto à relva?"
Cândido: "Evidentemente que sim. O presidente está empenhadissimo em que o Belenenses consiga ter sucesso. O facto de estar presente e nos proporcional todas as condições de trabalho é óptimo. Ele estando aqui transmite-nos total apoio e tem-se desdobrado em muitas frentes para conseguir que a gente tenha alegria no trabalho e consiga estar tranquilos. Estamos completamente tranquilos com o presidente que temos".