Projecto Imobiliário para o Complexo do Restelo entregue na CML

A confirmar-se, trata-se de uma notícia muito mais importante do que a contratação de qualquer treinador ou jogador: "A Câmara Municipal de Lisboa (CML) já recebeu nos seus serviços um projecto tendo em vista a remodelação do complexo desportivo do Belenenses".

A notícia é do Record, e pode ser lida na íntegra no serviço "Notícias Belenenses"

Remonta ao final da década de 1990 o primeiro projecto imobiliário do Belenenses no sentido de revitalizar e rentabilizar os treze hectares que compõem o Complexo Desportivo do Restelo. Decorria o mandato de Ramos Lopes quando o projecto foi apresentado (e chumbado) em A.G. pelos associados azuis: o projecto de então preconizava a demolição do Estádio do Restelo.

Desde então já ocorreram diversos desenvolvimentos, o principal dos quais o parecer negativo do IPPAR, em 2005, que "congelou" o tão esperado projecto belenense. Seguiu-se o cancelamento do primeiro Projecto Imobiliário a pedido da CML, sendo a contrapartida a cedência dos terrenos da CML/EPUL localizados no Restelo.

O então presidente da Câmara Lisboa, Santana Lopes, propôs a Sequeira Nunes, à época presidente do Belenenses, que o projecto imobiliário fosse transferido para terrenos municipais a norte do complexo desportivo do clube. Assim, em protocolo formalizado no verão de 2005, o Belenenses abdicou da construção do empreendimento imobiliário junto ao estádio, comprometendo-se em utilizar os terrenos para fins desportivos e usufruto da comunidade. Por seu lado, a câmara cedeu ao clube os terrenos acima citados.

Todavia três anos passaram, e o Projecto Imobiliário transformou-se em pouco mais do que um sonho não concretizado (em Janeiro desde ano o Belenenses e a Câmara Municipal de Lisboa anunciaram a constituição de uma comissão conjunta para acompanhar o projecto imobiliário previsto para o Complexo Desportivo do Restelo.).

Do novo projecto supostamente já entregue nos serviços da CML pouco se sabe ainda, adiantando o Record que é pretensão da direcção presidida por Fernando Sequeira construir um hotel e "vários prédios". Do actual Complexo Desportivo manter-se-ia quer o Estádio do Restelo, quer o Pavilhão Acácio Rosa.

No passado dia 9 de Abril, Fernando Sequeira, questionado acerca da possibilidade "de alienar parte do património existente", afirmou ao jornal O Jogo: "tudo o que o Belenenses fizer aqui no Restelo nunca passará pela alienação mas sim pela rentabilização com vista ao futuro".

O Belenenses, em muitos aspectos, é uma instituição que parou no tempo, nunca tendo verdadeiramente "entrado" no século XXI. Muito terá que ser feito nas mais diversas facetas da vida do Belenenses, mas os alicerces de um Belenenses moderno, dinâmico e prospero assentam sem qualquer espécie de dúvida na rentabilização do seu complexo desportivo, espaço físico único no panorama desportivo português.

Terminamos como começamos:

"A confirmar-se, trata-se de uma notícia muito mais importante do que a contratação de qualquer treinador ou jogador..."