Atenção...
Nas 48 horas que se seguiram ao despoletar do "Caso Meyong" o Belenenses foi não só julgado, tendo sido inclusive linchado em praça pública pelas mais altas instâncias do futebol português.
Na segunda-feira, dia 14, "Uma fonte anónima da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) afirmou à agência Lusa que, caso seja instaurado um processo disciplinar contra o Belenenses e seja comprovada a utilização irregular de Meyong contra a Naval, os três pontos do jogo em causa serão retirados à equipa do Restelo... e atribuídos à formação da Figueira da Foz. Neste cenário, os azuis seriam igualmente penalizados com a perda de três pontos adicionais, como determina o Regulamento Disciplinar da Liga".
No mesmo dia, a Federação Portuguesa de Futebol emite um comunicado que taxativamente condena o Belenenses:
1 - «O registo desportivo depende de requerimento do clube, devendo o mesmo ser acompanhado dos elementos necessários, os quais se encontram previstos na regulamentação da LPFP e FPF.
2 - No caso referido, o processo de inscrição correu os seus termos normais, respeitando todos requisitos, nomeadamente a documentação exigida, de acordo com o que se encontra regulamentado.
3 - Nos termos do citado Artigo 5º nº 3 do Regulamento da FIFA, referente ao Estatuto e Transferência de Jogadores, os jogadores podem ser inscritos pelo máximo de três clubes por época desportiva, só podendo, porém, participar em jogos oficias por dois clubes.»
Para a Federação Portuguesa de Futebol, a situação é, pois, claríssima. O jogador podia ser inscrito, tal como aconteceu, na presente época, cabendo ao clube a decisão de o utilizar oficialmente.»
Atente-se à seguinte frase: "o processo de inscrição correu os seus termos normais, respeitando todos os requisitos, nomeadamente a documentação exigida."
Tal sabemos hoje, não é verdade: a FPF não tinha em sua posse - como os regulamentos exigem - o passaporte desportivo do jogador.
No dia seguinte, terça-feira, Hermínio Loureiro, presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) e vice-presidente da FPF, afirmou tratar-se o caso Meyong de uma "matéria para os órgãos competentes". Referindo-se à Comissão Disciplinar da LPFP, acrescentou desejar "que se tomem decisões céleres, dando oportunidade aos intervenientes para argumentar", porque "o futebol português não precisa de casos".
Quando aqui se fala de "decisões céleres", leia-se "que o Belenenses seja rapidamente condenado sem grandes ondas..."
Entretanto, passados os dias de linchamento público, já muita água correu debaixo do ponte, sendo de destacar três acontecimentos: as declarações de Cunha Leal na defesa do Belenenses; a recente posição de Guilherme Aguiar; e a fresquissima notícia acerca do passaporte desportivo de Meyong, onde constava em 2007/08 somente o nome do Albacete.
Na sequência disto mesmo, ontem o Diário de Notícias noticiava que "O caso Meyong poderá acabar já hoje se a Comissão Disciplinar da Liga, que reúne durante o dia, considerar como esclarecedora a informação da Real Federação Espanhola de Futebol".
Assunto resolvido céleremente? Puro engano...
Espanto dos espantos, ficámos hoje a saber que "A Comissão Disciplinar da Liga ainda não tem data para discutir e decidir o caso do jogador camaronês Meyong".
Mais: "A mesma fonte assegurou que para ontem não esteve agendada qualquer reunião dos conselheiros da Liga. “Nem para ontem, nem para as próximas três semanas”, observou" (in Correio da Manhã).
E agora a "cereja em cima do bolo":
A tal fonte da Liga (evidentemente anónima) "lembrou que no regulamento de competições da Liga “há um artigo que prevê a impossibilidade de um futebolista actuar por três clubes na mesma época".
Quase em simultâneo, outra fonte da Liga declarou ao Record que a Comissão Disciplinar da Liga "pretende resolver o Caso Meyong até meados de Fevereiro de forma a manter a celeridade nas decisões preconizada por Hermínio Loureiro" (A Liga de clubes ainda não deduziu acusação ao Belenenses...)
A acreditar nestas palavras, o assunto ficará resolvido em 15 dias. Veremos...
Quanto à forma como as coisas ficarão resolvidas, ou seja, se a decisão atenderá ou não às pretensões do Belenenses, atente-se a seguinte frase:
"Só que o passaporte do jogador enviado pela Federação Espanhola na 5.ª feira da semana passada, onde não havia qualquer referência ao Levante na época em curso... colhe outra interpretação na Liga.
É que os espanhóis enviaram depois (2.ª feira) uma informação adicional com a indicação do Levante e o ponto 7 do Regulamento de Transferências da FIFA é claro ao dizer que o documento “deve indicar os clubes pelos quais o jogador foi registado desde o seu 12.º aniversário”".
..."colhe outra interpretação na Liga"...
É caso para recorrer ao vernáculo popular:
"Não sei o que irá acontecer, mas que nos querem lixar, querem..."
Fontes:
Record Correio da Manhã
(Nota Final: Pensamos ser de toda a relevância o regresso de Meyong aos treinos, sendo o início da próxima semana o timing certo. Por outras palavras, o Belenenses tem que definitivamente afirmar que ainda conta com o jogador na corrente época).
Na segunda-feira, dia 14, "Uma fonte anónima da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) afirmou à agência Lusa que, caso seja instaurado um processo disciplinar contra o Belenenses e seja comprovada a utilização irregular de Meyong contra a Naval, os três pontos do jogo em causa serão retirados à equipa do Restelo... e atribuídos à formação da Figueira da Foz. Neste cenário, os azuis seriam igualmente penalizados com a perda de três pontos adicionais, como determina o Regulamento Disciplinar da Liga".
No mesmo dia, a Federação Portuguesa de Futebol emite um comunicado que taxativamente condena o Belenenses:
1 - «O registo desportivo depende de requerimento do clube, devendo o mesmo ser acompanhado dos elementos necessários, os quais se encontram previstos na regulamentação da LPFP e FPF.
2 - No caso referido, o processo de inscrição correu os seus termos normais, respeitando todos requisitos, nomeadamente a documentação exigida, de acordo com o que se encontra regulamentado.
3 - Nos termos do citado Artigo 5º nº 3 do Regulamento da FIFA, referente ao Estatuto e Transferência de Jogadores, os jogadores podem ser inscritos pelo máximo de três clubes por época desportiva, só podendo, porém, participar em jogos oficias por dois clubes.»
Para a Federação Portuguesa de Futebol, a situação é, pois, claríssima. O jogador podia ser inscrito, tal como aconteceu, na presente época, cabendo ao clube a decisão de o utilizar oficialmente.»
Atente-se à seguinte frase: "o processo de inscrição correu os seus termos normais, respeitando todos os requisitos, nomeadamente a documentação exigida."
Tal sabemos hoje, não é verdade: a FPF não tinha em sua posse - como os regulamentos exigem - o passaporte desportivo do jogador.
No dia seguinte, terça-feira, Hermínio Loureiro, presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) e vice-presidente da FPF, afirmou tratar-se o caso Meyong de uma "matéria para os órgãos competentes". Referindo-se à Comissão Disciplinar da LPFP, acrescentou desejar "que se tomem decisões céleres, dando oportunidade aos intervenientes para argumentar", porque "o futebol português não precisa de casos".
Quando aqui se fala de "decisões céleres", leia-se "que o Belenenses seja rapidamente condenado sem grandes ondas..."
Entretanto, passados os dias de linchamento público, já muita água correu debaixo do ponte, sendo de destacar três acontecimentos: as declarações de Cunha Leal na defesa do Belenenses; a recente posição de Guilherme Aguiar; e a fresquissima notícia acerca do passaporte desportivo de Meyong, onde constava em 2007/08 somente o nome do Albacete.
Na sequência disto mesmo, ontem o Diário de Notícias noticiava que "O caso Meyong poderá acabar já hoje se a Comissão Disciplinar da Liga, que reúne durante o dia, considerar como esclarecedora a informação da Real Federação Espanhola de Futebol".
Assunto resolvido céleremente? Puro engano...
Espanto dos espantos, ficámos hoje a saber que "A Comissão Disciplinar da Liga ainda não tem data para discutir e decidir o caso do jogador camaronês Meyong".
Mais: "A mesma fonte assegurou que para ontem não esteve agendada qualquer reunião dos conselheiros da Liga. “Nem para ontem, nem para as próximas três semanas”, observou" (in Correio da Manhã).
E agora a "cereja em cima do bolo":
A tal fonte da Liga (evidentemente anónima) "lembrou que no regulamento de competições da Liga “há um artigo que prevê a impossibilidade de um futebolista actuar por três clubes na mesma época".
Quase em simultâneo, outra fonte da Liga declarou ao Record que a Comissão Disciplinar da Liga "pretende resolver o Caso Meyong até meados de Fevereiro de forma a manter a celeridade nas decisões preconizada por Hermínio Loureiro" (A Liga de clubes ainda não deduziu acusação ao Belenenses...)
A acreditar nestas palavras, o assunto ficará resolvido em 15 dias. Veremos...
Quanto à forma como as coisas ficarão resolvidas, ou seja, se a decisão atenderá ou não às pretensões do Belenenses, atente-se a seguinte frase:
"Só que o passaporte do jogador enviado pela Federação Espanhola na 5.ª feira da semana passada, onde não havia qualquer referência ao Levante na época em curso... colhe outra interpretação na Liga.
É que os espanhóis enviaram depois (2.ª feira) uma informação adicional com a indicação do Levante e o ponto 7 do Regulamento de Transferências da FIFA é claro ao dizer que o documento “deve indicar os clubes pelos quais o jogador foi registado desde o seu 12.º aniversário”".
..."colhe outra interpretação na Liga"...
É caso para recorrer ao vernáculo popular:
"Não sei o que irá acontecer, mas que nos querem lixar, querem..."
Fontes:
(Nota Final: Pensamos ser de toda a relevância o regresso de Meyong aos treinos, sendo o início da próxima semana o timing certo. Por outras palavras, o Belenenses tem que definitivamente afirmar que ainda conta com o jogador na corrente época).
|