Faleceu Homero Serpa
Homero Serpa, sócio honorário do Belenenses e figura histórica do jornalismo desportivo português, faleceu esta madrugada aos 80 anos de idade.
Homero Serpa nasceu em 1927, na freguesia de Belém, Lisboa. Colaborou em diversas publicações desde O Mosquito (jornal infantil) até ao jornal A Bola, além de longo tempo de colaboração dispersa por Gazeta do Sul, República, Diário de Lisboa, Diário Popular, revista Lisboa Carris (da qual foi director) e O Setubalense.
Entrou no jornalismo desportivo, nos anos 50, pela «via azul», quando o clube de futebol Os Belenenses fundou o seu jornal, no qual desempenhou, mais tarde, o cargo de redactor principal. Em Abril de 1955, iniciou-se em A Bola, onde foi redactor, subchefe de redacção, chefe-adjunto e chefe de redacção. Aposentado, comprometendo-se a manter a publicação de uma crónica semanal nesse mesmo periódico. Foi ainda redactor-fundador de A Bola Magazine e seu chefe de redacção.
Recebeu o Prémio da Reportagem atribuído pelo Clube de Jornalistas do Porto (1993), a Medalha de Mérito Desportivo, a Medalha de Mérito da Câmara Municipal de Oeiras, o diploma de sócio honorário do clube de futebol Os Belenenses (2003) e o Prémio «O Pepe», instituído pelo clube de futebol Os Belenenses (1983).
O corpo de Homero Serpa estará em câmara ardente esta segunda-feira, a partir das 17 horas, na Igreja de Linda-a-Velha. Daí sairá no primeiro dia de 2008, pelas 12 horas, para o Cemitério de Carnaxide.
Homero Serpa - juntamente com Félix Mourinho - treinou inclusive o Belenenses na época de 1970/71. O Belenenses vivia tempos difíceis, sucedendo-se os maus resultados desportivos. Assim, a direcção do Belenenses, presidida pelo dr. Gouveia da Veiga, resolveu afastar o treinador Joaquim Meirim - que tinha dispensado o internacional azul e capitão Manuel Rodrigues - e chamar um dupla "improvável": Homero Serpa e Félix Mourinho.
Segundo um relatório da Direcção do Belenenses da época, "O esforço de ambos conseguiu o milagre da sustentação do clube, se não menos naquela que representou a sua estabilidade para o futuro, única, aliás, possível naquele momento e naquelas circunstâncias. A história do clube deve registar com o devido relevo, a acção da dupla Homero - Mourinho que veio assumir a responsabilidade de dirigir o nosso futebol profissional".
A permanência na primeira divisão abriu as portas a uma década excelente do Belenenses, destacando-se neste cenário o 2º lugar de 1972/73 (a melhor classificação azul desde então até à data).
Na homenagem a Homero Serpa que o Belenenses promoveu em 1990, o grande belenense afirmou: "Conheci homens famosos como Cândido de Oliveira e Ribeiro dos Reis, convivi com grandes repórteres e redactores, moldei o barro, maleável, ás estruturas de um jornal sem cubes. Nunca reneguei o Belenenses como o meu clube de origem, porque não só seria infiel intérprete da minha forma de ser como sepultura o ideal clubista sob escombros de mentiras"
Nesta hora de despedida e luto homenageamos Homero Serpa citando-o uma última vez:
«Digamos que o Belenenses, parecendo uma inevitabilidade, nasceu de um impulso. Mas, mais do que ter vindo ao mundo numa maternidade ao ar livre, surpreendeu pela robustez e, sobretudo, pela determinação dos seus fundadores que enfrentaram o dédalo formado por más vontades, intrigas e ausência total de desportivismo de várias forças. Chegou ao desporto português à revelia dos interesses bizantinos de muitas e boas almas».
Homero Serpa nasceu em 1927, na freguesia de Belém, Lisboa. Colaborou em diversas publicações desde O Mosquito (jornal infantil) até ao jornal A Bola, além de longo tempo de colaboração dispersa por Gazeta do Sul, República, Diário de Lisboa, Diário Popular, revista Lisboa Carris (da qual foi director) e O Setubalense.
Entrou no jornalismo desportivo, nos anos 50, pela «via azul», quando o clube de futebol Os Belenenses fundou o seu jornal, no qual desempenhou, mais tarde, o cargo de redactor principal. Em Abril de 1955, iniciou-se em A Bola, onde foi redactor, subchefe de redacção, chefe-adjunto e chefe de redacção. Aposentado, comprometendo-se a manter a publicação de uma crónica semanal nesse mesmo periódico. Foi ainda redactor-fundador de A Bola Magazine e seu chefe de redacção.
Recebeu o Prémio da Reportagem atribuído pelo Clube de Jornalistas do Porto (1993), a Medalha de Mérito Desportivo, a Medalha de Mérito da Câmara Municipal de Oeiras, o diploma de sócio honorário do clube de futebol Os Belenenses (2003) e o Prémio «O Pepe», instituído pelo clube de futebol Os Belenenses (1983).
O corpo de Homero Serpa estará em câmara ardente esta segunda-feira, a partir das 17 horas, na Igreja de Linda-a-Velha. Daí sairá no primeiro dia de 2008, pelas 12 horas, para o Cemitério de Carnaxide.
Homero Serpa - juntamente com Félix Mourinho - treinou inclusive o Belenenses na época de 1970/71. O Belenenses vivia tempos difíceis, sucedendo-se os maus resultados desportivos. Assim, a direcção do Belenenses, presidida pelo dr. Gouveia da Veiga, resolveu afastar o treinador Joaquim Meirim - que tinha dispensado o internacional azul e capitão Manuel Rodrigues - e chamar um dupla "improvável": Homero Serpa e Félix Mourinho.
Segundo um relatório da Direcção do Belenenses da época, "O esforço de ambos conseguiu o milagre da sustentação do clube, se não menos naquela que representou a sua estabilidade para o futuro, única, aliás, possível naquele momento e naquelas circunstâncias. A história do clube deve registar com o devido relevo, a acção da dupla Homero - Mourinho que veio assumir a responsabilidade de dirigir o nosso futebol profissional".
A permanência na primeira divisão abriu as portas a uma década excelente do Belenenses, destacando-se neste cenário o 2º lugar de 1972/73 (a melhor classificação azul desde então até à data).
Na homenagem a Homero Serpa que o Belenenses promoveu em 1990, o grande belenense afirmou: "Conheci homens famosos como Cândido de Oliveira e Ribeiro dos Reis, convivi com grandes repórteres e redactores, moldei o barro, maleável, ás estruturas de um jornal sem cubes. Nunca reneguei o Belenenses como o meu clube de origem, porque não só seria infiel intérprete da minha forma de ser como sepultura o ideal clubista sob escombros de mentiras"
Nesta hora de despedida e luto homenageamos Homero Serpa citando-o uma última vez:
«Digamos que o Belenenses, parecendo uma inevitabilidade, nasceu de um impulso. Mas, mais do que ter vindo ao mundo numa maternidade ao ar livre, surpreendeu pela robustez e, sobretudo, pela determinação dos seus fundadores que enfrentaram o dédalo formado por más vontades, intrigas e ausência total de desportivismo de várias forças. Chegou ao desporto português à revelia dos interesses bizantinos de muitas e boas almas».
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