Eleição do melhor 11 da história belenense - Avançados.

ALFREDO RAMOS:

É um clássico do Belenenses, quase perdido na memória. Nos tempos do 3-2-5, era avançado, mas predominantemente interior-esquerdo. De qualquer forma, era um jogador polivalente, marcando ou dando a marcar tanto com os pés como com a cabeça.

Dele, contra o Sporting, foi o golo decisivo que nos garantiu o primeiro Campeonato: o de Lisboa, em 1926. Dia 21 de Março de 1926. Além desse, Alfredo Ramos, que aparecera na equipa duas épocas antes, ficou ligado à conquista de mais 3 outros Campeonatos de Lisboa e 3 Campeonatos de Portugal. Foi ainda 2 vezes Vice-Campeão de Portugal e 3 vezes vice-Campeão de Lisboa. Um palmarés notabilíssimo!

Foi convocado para os Jogos Olímpicos de 1928 mas não chegou a jogar. Representou, contudo, a selecção Nacional por 4 vezes.
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Alfredo Ramos
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PEPE:

Toda a gente (menos os jornalistas da Sporttv…) sabem quem foi Pepe. O Belenenses tributou-lhe a sua homenagem dando o seu nome ao Estádio das Salésias, de que fomos espoliados pela Câmara Municipal de Lisboa, e erguendo-lhe o monumento que ainda hoje está no Estádio do Restelo.

Ele foi a primeira grande lenda do Futebol Português – e, poém, a sua carreira, na equipa principal do Belenenses foi breve, terrivelmente breve: apenas cinco anos e meio. Aos 23 anos de idade, morreu envenenado. A tragédia comoveu as gentes de Belém, o país desportivo e até se repercutiu além fronteiras. O seu funeral foi uma manifestação impressionante.

Estreou-se na 1ª categoria em 28 de Fevereiro de 1926, num jogo épico: em quinze minutos, o Belenenses marcou 4 golos e venceu o Benfica por 5-4. Pepe marcou o último e decisivo golo. Esse triunfo foi muito importante para ganharmos o Campeonato de Lisboa. A verdade é que, apesar da sua curta carreira, Pepe foi 2 vezes Campeão de Portugal (e 1 vez Vice-Campeão) e 4 vezes Campeão de Lisboa (e 1 vez Vice-Campeão). A sua carreira dever-se-ia naturalmente ter prolongado mais uns 10/12 anos. Quantos Campeonatos, de Lisboa, de Portugal e Nacionais o Belenenses não teria ganho mais, com o grande jogador e goleador que foi Pepe? O Belenenses é realmente um clube mártir…

Pepe era, de facto, um terrível goleador. Tecnicista, de remate forte apesar de franzino, pleno de vivacidade, imprevisível, veloz.

Pertence-lhe ainda hoje o recorde Português de golos marcados num só jogo oficial: dez! No Campeonato de Lisboa de 29/30, o Belenenses marcou 77 golos; desses, 46 foram assinados por José Manuel Soares “Pepe”!

A Selecção Nacional, que representou por 14 vezes, deve-lhe também alguns dias de glória. À sua morte, com 7 golos marcados, era o maior goleador de sempre. Brilhou desde a sua estreia, em jogo com a França, com 19 anos acabados de fazer. Marcou dois golos e foi levado em ombros, pelo público, no final. Volou a brilhar nos Jogos Olímpicos de 1928 e em outros jogos com a camisola das quinas.

Não dispomos de dados seguros mas supomos que em apenas 5 anos, Pepe terá marcado perto de 200 golos!
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Pepe
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JOSÉ LUÍS:

É outro histórico dos tempos heróicos do Belenenses. Vindo dos juniores (ao tempo chamados “infantis”), onde conquistou a prestigiosa Taça Álvaro Gapar, que deu brado, logo se impôs na 1ª categoria e contribuiu para o 1º Campeonato de Portugal ganho pelo Belenenses em 1927. Foi ainda mais duas vezes Campeão de Portugal (1929 e 1933) – marcando 1 golo na primeira dessas finais e dois golos na última –, e 2 vezes Vice-Campeão... Conquistou 3 Campeontos de Lisboa (sendo 3 vezes Vice-Campeão). Nos Campeonatos Nacionais, obteve um 2º lugar e três 4ºs lugares.

Era detentor de um remate poderosíssimo, celebrizando-se os seus “golos-canhão”. Numa eliminatória do Campeonato de Portugal de 1932, o Belenenses ganhou ao Sporting por 6-0 Fora) e 9-0 (Casa). José Luis apntou 3 desses 15 golos – mesmo assim atrás de Rodolfo Faroleiro (5) e Heitor (4).

Envergou por 4 vezes a camisola da Selecção Nacional.
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Jose Luis
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RAFAEL:

Rafael serviu o nosso clube durante 16 anos! Durante esse período foi 1 vez Campeão Nacional (sendo uma vez vice-Campeão e seis vezes 3º classificado), 2 vezes Campeão de Lisboa, ganhou 1 Taça de Portugal e esteve em mais 2 finais, e foi ainda finalista vencido de um Campeonato de Portugal. Brilhou nos jogos com o Real Madrid, incluindo a inauguração do estádio do gigante espanhol.

Foi um dos grandes goleadores da história do Belenenses (a quem sempre foi de total dedicação).A título de exemplo, marcou 20 golos em 18 jogos no Campeonato de 42/43, sendo o 4º melhor marcador. Dois anos antes, fora o 3º melhor. Foi ele a marcar o golo decisivo em Elvas na última jornada do Campeonato ganho pelo Belenenses em 46.

Pela Selecção A, foi internacional por 6 vezes, a primeira delas em 1938, e a última, em 14 de Abril de 1946, integrando o contingente de 5 jogadores do Belenenses na equipa que venceu a França por 2-1.
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Rafael
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ARTUR QUARESMA:

Artur Quaresma é sem dúvida um dos maiores símbolos vivos do Belenenses, um dos Campeões Nacionais de 1946 que ainda permanecem entre nós. Nos seus 90 anos, permanece com uma vitalidade e lucidez impressionantes. Conversar com ele é um privilégio maravilhoso. Ele desfila as memórias e o orgulho do que ele e os seus companheiros fizeram pelo nosso clube e fala como um verdadeiro mestre – uma presença impressionante.

Vindo do Barreirense, clube da sua terra natal, Artur Quaresma vestiu a nossa camisola durante onze anos. Ganhou um Campeonato Nacional (45/46), uma Taça de Portugal (41/42) e dois Campeonatos de Lisboa (43/44 e 45/46). Foi ainda finalista das Taças de Portugal de 39/40, 40/41 e 47/48. No Campeonto Nacional obteve ainda um 2º lugar, cinco 3ºs lugares e dois 4ºs lugares. Esteve na nossa equipa que foi convidada para a inauguração do Estádio do Real Madrid, em Dezembro de 47. Também jogou contra o Real Madrid por duas vezes em 45: em 15 de Maio, empatámos 2-2 na capital espanhola; em 31 de Maio, ganhámos por 1-0 nas Salésias. No primeiro desses jogos, Quaresma brilhou a grande altura, merecendo rasgados elogios dos jornais espanhóis.

Era um jogador de fina técnica, sempre a esgueirar-se para o ataque. Interior direito, por vezes interior esquerdo, fazia sobretudo assistências mas, mesmo sim, também marcava muitos golos, nomeadamente nos jogos mais importantes (por ex: na final da Taça de 42). Em 45/46, por exemplo, marcou 12 golos.

Além disso, Quaresma era um companheiro exemplar e um jogador de grande cultura táctica e psicológica (como veio a mostrar na sua longa e brilhante carreira de treinador), sendo um fator de agregação da equipa.

Ouvimos da boca de Artur Quaresma o relato do jogo decisivo de 1946, que nos garantiu o triunfo no Campeonato. Ao intervalo, perdíamos por 1-0. E precisávamos de ganhar... Ele e Vasco Oliveira reuniram os companheiros e clamaram a exortação: “temos que ganhar isto!”. E ganharam!
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Artur Quaresma
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MATATEU:

Matateu (Sebastião Lucas da Fonseca) foi MATATEU!

Que mais é preciso dizer? Para mais, a sua história foi contada neste blog.

Um dos mais jogadores de sempre do Belenenses (para alguns o maior), de Portugal (para alguns, o maior) e do Mundo. Incomparável na finta curta dentro da área, na potência do remate, nos golos de ângulos impossíveis.

E não só dos seus golos se fez a lenda mas também das suas arrancadas, das marcações implacáveis e duras de que foi alvo, dos golos que também dava a marcar, das vezes em que saiu em ombros, em Portugal e em vários outros países... das jogadas que nunca mais ninguém conseguiu repetir.

Mas não vamos dizer mais nada, que tudo o que se diga é pouco e o seu nome basta. Matateu…foi MATATEU!
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Matateu
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YAÚCA:

Depois do tremendo golpe que foi a perda do Campeonto de 1955 a 4 minutos do fim, e depois de concentrar tantos esforços para inaugurar o Restelo no ano seguinte, o Belenenses ainda fez um grande esforço, ainda voltou à carga para conquistar novos títulos, antes da perda do Estádio e da grande crise de parte dos anos 60. Consequência disso, lutou palmo a palmo pela conquista do Campeonato Nacional de 59, ganhou a Taça de Portugal de 60 e as Taças de Honra de 59 e 60.

Nesse esforço, centrado numa bem montada rede de observação em Moçambique e Angola, o ingresso de Yaúca, em 57/58, foi de grande relevo.

Era um jogador de uma rapidez estonteante, uma autêntica seta apontada às balizas adversárias negras. No 1º jogo da Taça Uefa do Belenenses, na Escócia, com o Hibernan, os comentadores britânicos ficaram siderados com Matateu (embora já na sua veterania) e com Yaúca, a quem chamavam “flecha negra”. Deixava a cabeça dos defesas à roda com as suas arrancadas fulgurantes e fintas estonteantes.

Na conquista das 3 competições acima citadas, Yaúca foi elemento relevante (por exemplo, na Taça de Honra de 60, marcou 2 dos golos da vitória 5-0 sobre o Benfica e os golos dos triunfos por 1-0 sobre os encarnados e o Sporting na edição interior).

No Campeonato Nacional obteve dois 3ºs lugares, dois 4ºs lugares e dois 5ºs lugares. Foi o 2º melhor marcador do Campeonato de 61/62.

Ao serviço do Belenenses, participou na Taça Uefa em 60/61, 61/62 e 62/63, e contribuiu para vitórias em jogos com equipas como o Barcelona, o Valência ou a Selecção do México.

No fim da época de 62/63, deixou o nosso clube para ir para o Benfica. A necessidade de enfentarmos gravíssima situação financeira (problema do Estádio...), em tempos em que era quase impossível vender para o estrangeiro, e a possibilidade de ele sair (para um Benfica no seu auge de sempre) sem nada recebermos, falou mais alto. Mesmo assim, essa transferência convulsionou largos sectores do clube, obrigou a Direcção a explicar detalhadamente a situação, e representou um grande abalo no conceito em que eramos tido.

Enquanto representou o Belenenses, Yaúca jogou 9 vezes na Selecção Nacional (acrescentou 1, já ao serviço do Benfica), marcando 4 golos.
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Yauca
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GONZALEZ:

Indiscutivelmente, Paco Gonzalez foi dos melhores estrangeiros que jamais actuou no Belenenses.

Este Paraguaio chegou a Belém no início da época de 72/73, após acordo do nosso clube com o Real Madrid. Nessa mesma época, fomos Vice-Campeões e Gonzalez foi um dos melhores marcadores da prova com 16 golos em 30 jogos. No mesmo ano, fomos ganhar a casa do Lyon por 2-0 e participámos, como convidados, na celebração dos 25 anos do Estádio do Real Madrid. Na época de 73/74, Gonzalez jogou na Taça UEFA e, no Campeonato, continuou a actuar em excelente plano e a marcar golos com abundância. Ficámos em 5º lugar mas colados aos primeiros. Em 74/75, descemos para 6º lugar (apesar de, por exemplo, ganharmos 4-0 em casa do F.C.Porto), em parte por causa de um mau início. Mas Gonzalez continuava a marcar; e a marcar (e a possibilitar a outros que o fizessem) continuou no Verão de 75, quando o Belenenses ganhou (uma das séries de) a Taça Intertoto. Também se ganhou o importante torneio de Santander, em disputa com a equipa local e o Honved (13 vezes campeão da Hungria e onde jogou o famoso Puskas). Na época seguinte, 75/76, Gonzalez em muito contribuiu para o 3º lugar conquistado pelo Belenenses no Campeonato. Em 76/77, defrontou o Barcelona de Cruiff e outros craques na Taça UEFA (perdemos a eliminatória por 4-5) mas o campeonato correu muito mal (10º lugar, então a 2ª pior clssificação de sempre do Belenenses).

No fim dessa época, o F.C.Porto veio contratá-lo, pois o Blenenses vivia nova crise financeira. Ainda voltou ao Belennses na época de 79/80 (5º lugar), já mais pesado e com menos faculdades, continuando, porém, a ser útil.

Era um prazer ver Gonzalez a jogar. Tinha um pé esquerdo fantástico, um remate poderoso e colocado, uma marcação exímia de livres, cruzamentos a preceito, cultura táctica… Não sabia jogar mal!
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Gonzalez
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VASQUES:

Contratado ao Atlético, veio para o Belenenses no início da época 75/76, na sequência da saída de Quinito para Espanha. Era um ala direito, que flectia para o meio, pelo que tanto propiciava assistências para golos como os marcava ele mesmo.

Entre esses golos, dois dos mais espectaculares (um deles num magnífico pontapé de bicicleta, o outro com um portentoso pontapé do bico direito da área para o canto superior esquerdo) foram no famoso jogo dos 4-2 ao Benfica, perante 60 mil espectadores no Restelo, nessa mesma época de 75/76. No final, o Belenenses ficou no último lugar do pódio e tal foi a melhor classificação que Vasques obteve no Belenenses. Até à sua dispensa, em 1980, obteve ainda dois 5ºs lugares (77/78 e 79/80).

Dotado de boa técnica mas também incisivo e lutador q.b., deixou bastantes saudades…
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Vasques
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MAPUATA:

Esteve apenas 2 épocas no Belenenses, 86/87 e 87/88, mas deixou um rastro de fama e quase de lenda, pela sua exuberância, pela sua compleição física, pelo modo aparentemente quase tosco, mas eficaz, como jogava, pelos golos que marcava e que pemitia que outros marcassem.

Na primeira das épocas, apontou cerca de 15 golos, sendo o 4º melhor marcador. Mas, arrastando e desgatando os defesas, abriu caminho a que outros, como Mladenov, Jaime e Djão também pudessem marcar (fomos o 2º melhor ataque do Campeonato). Contribuiu para que o Belenenses liderasse o Campenato umas 7 ou 8 jornadas e regressasse à Taça Uefa – e, aliás, foi dele o golo da vitória sobre o Barcelona no jogo de cá. Lembramos ainda, entre outros, golos marcados ao Sporting e ao Benfica num Restelo a rebentar pelas costuras de público.

Jogador muito próprio de Henry Depireux, sofreu com a troca deste por Marinho Peres, perdendo a titularidade em grande parte dos jogos e sendo dispensado no final da época seguinte. Mesmo assim, o Zairense marcou 6 golos e ficou associado ao 3º lugar obtido pelo Belenenses.
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Mapuata
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MLADENOV:

Internacional búlgaro, dos mais prestigiados do seu país, Stoycho Mladenov foi contratado para a época de 86/87, depois de ter estado na fase final do Campeonato do Mundo, onde marcou um golo. Vinha do mais famoso clube da Bulgária, o CSKA, onde já fora campeão, e onde estivera numas meias-finais da Taça dos Campeões – sendo aliás o autor dos dois golos que, nos quartos de final, eliminaram o Liverpool, em 1982. De resto, também fora o melhor marcador do campeonato do seu país.

Quando chegou ao Belenenses, com 29 anos, o seu talento rapidamente se impôs, encantando os adeptos azuis, granjeando o respeito dos adeptos de outros clubes, e tornando-se ídolo dos miúdos, que adoptavam o seu nome nas jogatanas de rua. Nessa época, foi verdadeiramente espectacular, apesar da dureza com que era tratado (às vezes, impunemente) pelos adversários. Nos 2 anos seguintes (após o que saiu para o Vitória de Setúbal) já não conseguiu estar sempre no mais alto nível durante toda a época.

Tinha uma técnica, uma inteligência de jogo, uma versatilidade e uma classe notáveis, por vezes atingindo o sublime. De cabeça ou com os pés, mais na frente ou construindo jogadas de trás, cada vez que Mladenov tocava na bola a nossa esperança acendia-se. Quantos golos e exibições memoráveis: aquele remate a 30 metros, a fazer 2-0 conta o Sporting, deixando assombrados os 45.000 espectadores do Restelo; uma exibição em Setúbal, em que destroçou a defesa local, transformando o 0-1 ao intervalo numa vitória por 3-1; o desarme a Schuster, a arrancada para a frente e a oferta do golo a Mapuata contra o Barcelona; nesse mesmo jogo, o chapéu de meio campo ao guarda-redes catalão; aquele golo fulgurante, de cabeça, contra o Bayer Leverkusen; o golo, picando a bola sobre o guarda-redes do Sporting, na meia final da Taça de 1989…enfim, tantos momentos inesquecíveis!

No Belenenses obteve um 3º lugar, ganhou 1 Taça de Portugal e esteve presente em 2 Taças UEFA.
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Mladenov
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CHICO FARIA:

Chegou ao Belenenses no início da época de 87/88 e permaneceu no clube até ao fim de 90/91, sendo então dispensado. Em todas essas 4 épocas foi sempre o melhor marcador da equipa.

Há uma muito grande semelhança da sua carreira, no Belenenses, com a de Juanico. Ambos vieram, na mesma altura, do mesmo clube, o Rio Ave; ambos deixaram o Belenenses também na mesma altura; ambos, naturalmente, contribuíram para o 3º lugar de 1988; ambos estiveram nas jornadas europeias com o Barcelona, o Bayer Leverkusen, o Velez Mostar, o Mónaco; ambos disputaram a Supertaça de 89; e, sobretudo ambos venceram e ambos marcaram os dois golos da Final da Taça de Portugal de 1989. Fantástica a forma como Chico Faria arrancou, driblou Mozer e foi disparado para a baliza, desviando a bola do Guarda-Redes e inflamando-nos a esperança…

De resto, Chico Faria era daqueles jogadores que tinha a arte de marcar nos grandes jogos, àqueles adversários a quem mais gostamos de ganhar…

Era um jogador invulgar. Imprevisível pelo seu repentismo, pela sua rapidez e pelo seu sentido de oportunidade, era quase imparável quando arrancava para a baliza com a bola colada aos pés. Tinha um drible curto, capaz de afastar dois adversários num metro de terreno e um remate forte e colocado, às vezes meramente num desvio subtil. O seu ponto mais fraco era o jogo de cabeça.
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Chico Faria
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MEYONG:

Permaneceu no Belenenses uma época – de bem triste memória – mas, ainda assim, fez história, visto ter sido o melhor marcador do campeonato.

Vindo do Vitória de Setúbal, este internacional camaronês, então com 24/25 anos, revelou-se muito eficaz, tanto à boca da baliza como em remates de longe, tanto com os pés como com a cabeça, e ainda a transformar penalties. Contra, apenas o facto de não ter sido bem sucedido em jogos grandes ou decisivos…

No fim dessa época de 2005/2006 seguiu para Espanha, onde não tem sido feliz, tendo, aliás, sido aventado o seu regresso ao Belenenses.
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Meyong
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DADY:

Chegou ao Belenenses a meio da horrível época de 2005/2006, quase sem se dar por ele. Couceiro logo teceu comentários depreciativos e quase não lhe deu uma oportunidade, mesmo em jogo que estávamos a ganhar 5-0.

O começo da época seguinte também não foi entusiasmante. É verdade que, aqui e acolá, Dady lá foi marcando: na vila das Aves, em Aveiro… No entanto, tudo mudou só quando o Belenenses subiu de forma, definiu um estilo de jogo, e viu chegar Garcés. Então, Dady desatou a marcar golos. Foram 15 no total: 3 na Taça (em que o Belenenses foi finalista vencido e Dady cabeceou à trave, numa das balizas do Jamor,em lance que podia ter mudado tudo) e 12 no Campeonato (sendo o 2º melhor marcador na Liga e contribuindo para o 5º lugar obtido).

Saiu no último defeso para o Osasuna, de Espanha.
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Dady
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