Quiosque Azul
A utopia acabou por ser bem real
Artigo de Rui Miguel Gomes
Publicado no jogo
A enorme diferença de valores entre os dois conjuntos, a experiência dos bávaros e, sobretudo, a capacidade e a qualidade inerentes ao próprio talento de Ribéry e Toni foram decisivas para o desfecho natural de um jogo que denunciou, uma vez mais, as fragilidades atacantes de uma equipa que procura avidamente recuperar de perdas recentes.
Não foi por falta de ambição de Jesus que o Belenenses saiu de Munique com uma derrota que, diga-se, não compromete em nada o destino da eliminatória. O técnico dos homens do Restelo foi audaz. Defensivamente audaz. Não se pense que o facto de ter mudado de táctica – optando por um esquema de três centrais – lhe tirou a ambição de vencer ou pelo menos de levar a eliminatória para Lisboa. Muito pelo contrário.
Jesus apostou na superioridade numérica na zona central do terreno. Emparelhou Devic e Alcântara com a dupla de avançados contrários, deixou Rolando na sobra e, no centro do terreno, colocou José Pedro e Rúben Amorim em cima de Van Bommel, deixando a Silas a missão de "encostar" em Zé Roberto. Teoricamente, este parecia ser um plano perfeito para evitar o poderio do oponente, que, sem os laterais titulares – Sagnol e Lahm –, teria menos homens capazes de desequilibrar nas faixas. Cândido Costa ficou para Ribéry, Schweinsteiger para Alvim. Os duelos foram quase todos ganhos, menos dois: Devic meteu água com Toni, e Ribéry foi um diabo à solta nos flancos. Aí esteve a diferença no jogo.
Experientes, os bávaros apanharam-se em vantagem e geriram o jogo. Não forçaram o ritmo do mesmo e colocaram uma espécie de letargia nos adversários, nomeadamente no ataque. Estéreis na frente, os homens de Jesus raramente criaram problemas à defensiva contrária. Problemas em sair para o ataque foram mais que muitos, e, apesar da boa vontade forasteira, a qualidade dos alemães veio sempre ao de cima. A utopia de vencer tornou-se então mais presente. A incapacidade de reagir com perigo foi clara, e Kahn só fez duas defesas em 90 minutos. Fica, porém, a esperança de, no Restelo, virar uma eliminatória que, afinal de contas, está em aberto no plano teórico.
BELENENSES UM A UM
3 Costinha
No primeiro remate efectuado à sua baliza, sofreu um golo. Não tinha efectuado qualquer defesa. Tranquilidade foi a sua máxima, tendo realizado duas grandes defesas, aos 59’ e 67’, para evitar o avolumar da vantagem.
1,5 Cândido Costa
De olho em Ribéry, cedo conheceu dificuldades perante o oponente directo. No capítulo defensivo, nem sempre cumpriu, mas viu-se frequentemente apanhado em situações de dois contra um.
1,5 Devic
Revelou-se lento na abordagem dos lances e nem sempre esteve bem posicionado, como se viu no lance do único golo. A agonia defensiva perdurou, e não se recompôs.
2,5 Hugo Alcântara
Mostrou atenção e bom posicionamento sempre que foi chamado a intervir no jogo. Seguro e atento.
2,5 Rodrigo Alvim
Exibição discreta, mas eficaz. Colocou no bolso Schweinsteiger e não deu veleidades no capítulo defensivo. Conheceu mais dificuldades quando teve pela frente Ribéry.
2,5 Rúben Amorim
Lutou que se fartou no meio-campo com os gigantes alemães. O acerto no capítulo do passe não chegou, apesar do seu desempenho positivo.
2 José Pedro
Bem a defender, entregou-se à causa com alma. Sempre que teve a bola nos pés, raramente teve oportunidade para pegar no jogo. Ficou na retina o remate perigoso que efectuou aos 88’, para uma boa intervenção de Kahn.
2 Silas
Tentou criar dificuldades ao oponente com algumas diagonais, mas não conseguiu. Teve pouca bola, pois Van Bommel não deixou.
1, 5 Roncatto
Apagado e desenquadrado. Esteve muito abaixo do que pode fazer. Ainda assim, teve oportunidade de rematar à baliza de Kahn, mas para defesa fácil do oponente.
1 Evandro
Na estreia como titular, denotou falta de velocidade e ritmo de jogo. Atabalhoado, raramente tocou na bola com intencionalidade.
2 Amaral
Entrou bem no jogo e teve menos dificuldades para parar os oponentes.
1,5 Fernando
Conferiu alguma velocidade às escassas transições para o ataque da sua equipa. Mostrou vontade de mudar as coisas.
1 João Paulo Oliveira
Raras vezes teve oportunidade de criar perigo.
ANIVERSÁRIO
Bayern foi prenda para sócio n.º 1
Humberto Azevedo, o associado número um do Belenenses, teve um dia especial. Integrado na comitiva, a convite de Cabral Ferreira, o antigo dirigente e praticante do clube teve oportunidade, em dia de comemoração do 80.º aniversário, de assistir ao vivo, no Allianz-Arena, ao regresso do seu clube do coração às lides europeias. Orgulhoso, o fiel seguidor dos homens da cruz de Cristo juntou-se a mais cerca de 200 adeptos belenenses que acompanharam com entusiasmo o desempenho da equipa.
Jorge Jesus
"Não estamos satisfeitos mas está tudo em aberto"
O técnico Jorge Jesus confessou que não estava satisfeito com o desfecho do encontro, mostrando, no entanto, confiança em dar a volta à eliminatória em Lisboa. “Não estamos satisfeitos com o resultado da eliminatória, mas está tudo em aberto para o jogo de Lisboa”, asseverou, acrescentando de imediato que o capítulo ofensivo acabou por ser a pecha da equipa em Munique. “Podíamos ter feito um golo, mas não conseguimos.”
O responsável pela orientação técnica do Belenenses considerou ainda que a principal diferença entre as equipas esteve precisamente na “velocidade de jogo”: "[A velocidade] imposta pelo Bayern de Munique foi completamente diferente da nossa, e isso notou-se, mas conseguimos, com a organização defensiva que colocamos, reduzir os espaços e, claro, contrariar o adversário.”
Jesus foi mais longe e deu o mote para o que falta na eliminatória. “O resultado não é o melhor, e queríamos fazer golos no campo do oponente. Só sofremos um golo”, disse, voltando, porém, a frisar que a eliminatória está em aberto: “Basta marcar um golo e depois temos um prolongamento. Deixámos uma grande imagem. Dividimos o jogo, apesar de o Bayern de Munique ter tido mais posse de bola.”
Taça UEFA: Bayern Munique-Belenenses
Publicado no “mais futebol”
O Belenenses perdeu esta quinta-feira em Munique, frente ao Bayern (1-0), em jogo da primeira-mão da primeira eliminatória da Taça UEFA. Luca Toni marcou o único golo da partida, aos 34 minutos, e resolveu um duelo que a equipa portuguesa conseguiu tornar mais equilibrado do que se esperava.
Jorge Jesus ficou irritado com a abordagem ao jogo da imprensa alemã, que dava quase como certa uma goleada histórica, e abdicou da intenção de poupar alguns jogadores. O técnico decidiu, isso sim, apostar num esquema de cinco defesas que encaixou quase na perfeição nos dois avançados da formação alemã. E Jesus nem precisou de reforçar também o sector intermediário, porque Ruben Amorim, Silas e Zé Pedro chegaram bem para Van Bommel e Zé Roberto.
O Bayern teve uma soberana oportunidade logo aos seis minutos, com Luca Toni a surgir isolado e a rematar por cima, mas regra geral o Belenenses conseguiu controlar o ímpeto do adversário. Só Ribery parecia capaz de desequilibrar mas aos poucos a formação do Restelo até foi subindo no terreno, mas foi também nessa altura que surgiu o único golo da partida. Estavam decorridos 34 minutos quando Van Bommel colocou uma bola na área e Devic falhou o corte, permitindo a Luca Toni ficar frente-a-frente com Costinha e marcar.
Ao intervalo Jorge Jesus trocou o «amarelado» Cândido Costa por Amaral e o Belenenses parecia disposto a discutir o resultado. No último terço faltava, contudo, alguma coisa. O melhor momento ofensivo surgiu aos 54 minutos, com um remate em jeito de Roncatto, mas Kahn voou e agarrou a bola. Pouco depois entraram Fernando e João Paulo Oliveira e o Belenenses tornou-se menos perigoso. Ottmar Hitzfield, o técnico do Bayern, também decidiu descansar as estrelas Toni e Ribery, pelo que o jogo ficou mais pobre nos derradeiros minutos.
A equipa do Belenenses não mostrou, neste período, capacidade para chegar ao empate, mas conseguiu o mais importante, que era conservar um resultado que lhe permite continuar a sonhar, uma vez que vai ainda receber o adversário. Tendo em conta que na imprensa alemã se esperava uma goleada histórica, este resultado não envergonha em nada a comitiva azul.
Belenenses perde pela margem mínima em Munique
Publicado em “a Bola”
O Belenenses realizou um bom jogo no campo do colosso Bayern e apenas perdeu por 1-0, golo de Luca Toni. Ao contrário do que era esperado a equipa bávara não conseguiu «desmontar» a estratégia montada por Jorge Jesus, excepto numa ocasião. Fica tudo em aberto para o jogo da segunda-mão.
Tendo em conta que o Bayern apresenta um orçamente de 400 milhões de euros e uma equipa recheada de internacionais era esperado que perante o seu público alcançasse uma vitória por números inquestionáveis. Só que o Belenenses esteve muito acertado em termos defensivos e foi conseguindo suster o ímpeto do adversário, a excepção aconteceu ao 34 minutos. Van Bommel cruza a bola para a área, onde Luca Toni, no limite do fora-de-jogo, pára o esférico no peito e quando Costinha sai da baliza remata com sucesso.
Na segunda parte o Belenenses começou a acercar-se da baliza de Khan com mais perigo e obrigou inclusive o experiente guarda-redes alemão a realizar duas boas defesas. No entanto também é verdade que Luca Toni, Podolski e Altintop tiveram ocasiões para dilatar a vantagem. Só que não estiveram felizes na finalização para benefício da equipa portuguesa.
O Belenenses ao perder apenas por 1-0 tem ainda hipóteses de, em casa, conseguir a reviravolta, mesmo sabendo de antemão que não é uma tarefa nada fácil, em virtude da inegável qualidade individual de jogadores com Ribery, Luca Toni, Podolski e Zé Roberto entre outros.
Artigo de Rui Miguel Gomes
Publicado no jogo
A enorme diferença de valores entre os dois conjuntos, a experiência dos bávaros e, sobretudo, a capacidade e a qualidade inerentes ao próprio talento de Ribéry e Toni foram decisivas para o desfecho natural de um jogo que denunciou, uma vez mais, as fragilidades atacantes de uma equipa que procura avidamente recuperar de perdas recentes.
Não foi por falta de ambição de Jesus que o Belenenses saiu de Munique com uma derrota que, diga-se, não compromete em nada o destino da eliminatória. O técnico dos homens do Restelo foi audaz. Defensivamente audaz. Não se pense que o facto de ter mudado de táctica – optando por um esquema de três centrais – lhe tirou a ambição de vencer ou pelo menos de levar a eliminatória para Lisboa. Muito pelo contrário.
Jesus apostou na superioridade numérica na zona central do terreno. Emparelhou Devic e Alcântara com a dupla de avançados contrários, deixou Rolando na sobra e, no centro do terreno, colocou José Pedro e Rúben Amorim em cima de Van Bommel, deixando a Silas a missão de "encostar" em Zé Roberto. Teoricamente, este parecia ser um plano perfeito para evitar o poderio do oponente, que, sem os laterais titulares – Sagnol e Lahm –, teria menos homens capazes de desequilibrar nas faixas. Cândido Costa ficou para Ribéry, Schweinsteiger para Alvim. Os duelos foram quase todos ganhos, menos dois: Devic meteu água com Toni, e Ribéry foi um diabo à solta nos flancos. Aí esteve a diferença no jogo.
Experientes, os bávaros apanharam-se em vantagem e geriram o jogo. Não forçaram o ritmo do mesmo e colocaram uma espécie de letargia nos adversários, nomeadamente no ataque. Estéreis na frente, os homens de Jesus raramente criaram problemas à defensiva contrária. Problemas em sair para o ataque foram mais que muitos, e, apesar da boa vontade forasteira, a qualidade dos alemães veio sempre ao de cima. A utopia de vencer tornou-se então mais presente. A incapacidade de reagir com perigo foi clara, e Kahn só fez duas defesas em 90 minutos. Fica, porém, a esperança de, no Restelo, virar uma eliminatória que, afinal de contas, está em aberto no plano teórico.
BELENENSES UM A UM
3 Costinha
No primeiro remate efectuado à sua baliza, sofreu um golo. Não tinha efectuado qualquer defesa. Tranquilidade foi a sua máxima, tendo realizado duas grandes defesas, aos 59’ e 67’, para evitar o avolumar da vantagem.
1,5 Cândido Costa
De olho em Ribéry, cedo conheceu dificuldades perante o oponente directo. No capítulo defensivo, nem sempre cumpriu, mas viu-se frequentemente apanhado em situações de dois contra um.
1,5 Devic
Revelou-se lento na abordagem dos lances e nem sempre esteve bem posicionado, como se viu no lance do único golo. A agonia defensiva perdurou, e não se recompôs.
2,5 Hugo Alcântara
Mostrou atenção e bom posicionamento sempre que foi chamado a intervir no jogo. Seguro e atento.
2,5 Rodrigo Alvim
Exibição discreta, mas eficaz. Colocou no bolso Schweinsteiger e não deu veleidades no capítulo defensivo. Conheceu mais dificuldades quando teve pela frente Ribéry.
2,5 Rúben Amorim
Lutou que se fartou no meio-campo com os gigantes alemães. O acerto no capítulo do passe não chegou, apesar do seu desempenho positivo.
2 José Pedro
Bem a defender, entregou-se à causa com alma. Sempre que teve a bola nos pés, raramente teve oportunidade para pegar no jogo. Ficou na retina o remate perigoso que efectuou aos 88’, para uma boa intervenção de Kahn.
2 Silas
Tentou criar dificuldades ao oponente com algumas diagonais, mas não conseguiu. Teve pouca bola, pois Van Bommel não deixou.
1, 5 Roncatto
Apagado e desenquadrado. Esteve muito abaixo do que pode fazer. Ainda assim, teve oportunidade de rematar à baliza de Kahn, mas para defesa fácil do oponente.
1 Evandro
Na estreia como titular, denotou falta de velocidade e ritmo de jogo. Atabalhoado, raramente tocou na bola com intencionalidade.
2 Amaral
Entrou bem no jogo e teve menos dificuldades para parar os oponentes.
1,5 Fernando
Conferiu alguma velocidade às escassas transições para o ataque da sua equipa. Mostrou vontade de mudar as coisas.
1 João Paulo Oliveira
Raras vezes teve oportunidade de criar perigo.
ANIVERSÁRIO
Bayern foi prenda para sócio n.º 1
Humberto Azevedo, o associado número um do Belenenses, teve um dia especial. Integrado na comitiva, a convite de Cabral Ferreira, o antigo dirigente e praticante do clube teve oportunidade, em dia de comemoração do 80.º aniversário, de assistir ao vivo, no Allianz-Arena, ao regresso do seu clube do coração às lides europeias. Orgulhoso, o fiel seguidor dos homens da cruz de Cristo juntou-se a mais cerca de 200 adeptos belenenses que acompanharam com entusiasmo o desempenho da equipa.
Jorge Jesus
"Não estamos satisfeitos mas está tudo em aberto"
O técnico Jorge Jesus confessou que não estava satisfeito com o desfecho do encontro, mostrando, no entanto, confiança em dar a volta à eliminatória em Lisboa. “Não estamos satisfeitos com o resultado da eliminatória, mas está tudo em aberto para o jogo de Lisboa”, asseverou, acrescentando de imediato que o capítulo ofensivo acabou por ser a pecha da equipa em Munique. “Podíamos ter feito um golo, mas não conseguimos.”
O responsável pela orientação técnica do Belenenses considerou ainda que a principal diferença entre as equipas esteve precisamente na “velocidade de jogo”: "[A velocidade] imposta pelo Bayern de Munique foi completamente diferente da nossa, e isso notou-se, mas conseguimos, com a organização defensiva que colocamos, reduzir os espaços e, claro, contrariar o adversário.”
Jesus foi mais longe e deu o mote para o que falta na eliminatória. “O resultado não é o melhor, e queríamos fazer golos no campo do oponente. Só sofremos um golo”, disse, voltando, porém, a frisar que a eliminatória está em aberto: “Basta marcar um golo e depois temos um prolongamento. Deixámos uma grande imagem. Dividimos o jogo, apesar de o Bayern de Munique ter tido mais posse de bola.”
Taça UEFA: Bayern Munique-Belenenses
Publicado no “mais futebol”
O Belenenses perdeu esta quinta-feira em Munique, frente ao Bayern (1-0), em jogo da primeira-mão da primeira eliminatória da Taça UEFA. Luca Toni marcou o único golo da partida, aos 34 minutos, e resolveu um duelo que a equipa portuguesa conseguiu tornar mais equilibrado do que se esperava.
Jorge Jesus ficou irritado com a abordagem ao jogo da imprensa alemã, que dava quase como certa uma goleada histórica, e abdicou da intenção de poupar alguns jogadores. O técnico decidiu, isso sim, apostar num esquema de cinco defesas que encaixou quase na perfeição nos dois avançados da formação alemã. E Jesus nem precisou de reforçar também o sector intermediário, porque Ruben Amorim, Silas e Zé Pedro chegaram bem para Van Bommel e Zé Roberto.
O Bayern teve uma soberana oportunidade logo aos seis minutos, com Luca Toni a surgir isolado e a rematar por cima, mas regra geral o Belenenses conseguiu controlar o ímpeto do adversário. Só Ribery parecia capaz de desequilibrar mas aos poucos a formação do Restelo até foi subindo no terreno, mas foi também nessa altura que surgiu o único golo da partida. Estavam decorridos 34 minutos quando Van Bommel colocou uma bola na área e Devic falhou o corte, permitindo a Luca Toni ficar frente-a-frente com Costinha e marcar.
Ao intervalo Jorge Jesus trocou o «amarelado» Cândido Costa por Amaral e o Belenenses parecia disposto a discutir o resultado. No último terço faltava, contudo, alguma coisa. O melhor momento ofensivo surgiu aos 54 minutos, com um remate em jeito de Roncatto, mas Kahn voou e agarrou a bola. Pouco depois entraram Fernando e João Paulo Oliveira e o Belenenses tornou-se menos perigoso. Ottmar Hitzfield, o técnico do Bayern, também decidiu descansar as estrelas Toni e Ribery, pelo que o jogo ficou mais pobre nos derradeiros minutos.
A equipa do Belenenses não mostrou, neste período, capacidade para chegar ao empate, mas conseguiu o mais importante, que era conservar um resultado que lhe permite continuar a sonhar, uma vez que vai ainda receber o adversário. Tendo em conta que na imprensa alemã se esperava uma goleada histórica, este resultado não envergonha em nada a comitiva azul.
Belenenses perde pela margem mínima em Munique
Publicado em “a Bola”
O Belenenses realizou um bom jogo no campo do colosso Bayern e apenas perdeu por 1-0, golo de Luca Toni. Ao contrário do que era esperado a equipa bávara não conseguiu «desmontar» a estratégia montada por Jorge Jesus, excepto numa ocasião. Fica tudo em aberto para o jogo da segunda-mão.
Tendo em conta que o Bayern apresenta um orçamente de 400 milhões de euros e uma equipa recheada de internacionais era esperado que perante o seu público alcançasse uma vitória por números inquestionáveis. Só que o Belenenses esteve muito acertado em termos defensivos e foi conseguindo suster o ímpeto do adversário, a excepção aconteceu ao 34 minutos. Van Bommel cruza a bola para a área, onde Luca Toni, no limite do fora-de-jogo, pára o esférico no peito e quando Costinha sai da baliza remata com sucesso.
Na segunda parte o Belenenses começou a acercar-se da baliza de Khan com mais perigo e obrigou inclusive o experiente guarda-redes alemão a realizar duas boas defesas. No entanto também é verdade que Luca Toni, Podolski e Altintop tiveram ocasiões para dilatar a vantagem. Só que não estiveram felizes na finalização para benefício da equipa portuguesa.
O Belenenses ao perder apenas por 1-0 tem ainda hipóteses de, em casa, conseguir a reviravolta, mesmo sabendo de antemão que não é uma tarefa nada fácil, em virtude da inegável qualidade individual de jogadores com Ribery, Luca Toni, Podolski e Zé Roberto entre outros.
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