Reportagem Belém até Morrer: Belenenses vs Nacional

Em jogo disputado hoje em Rio Maior, o Belenenses perdeu por 2 bolas a 1 com o Nacional da Madeira.

Na ressaca da vitória no torneio de Casablanca, foi um Belenenses muito cansado que se deslocou ao Ribatejo para defrontar os madeirenses do Nacional.
Jorge Jesus, ainda em Marrocos, tinha de alguma forma previsto a possibilidade desta derrota acontecer, ficando no ar algum desinteresse competitivo em relação às partidas que os azuis irão disputar antes do Tereza Herrera.

Ainda assim, o Belenenses exibiu-se a bom nível nos primeiros 45 minutos, período no qual Jesus colocou em campo uma equipa secundária: Vojislav Dragovic na baliza, Gonçalo Bradão e Weverson no eixo da defesa, e Amaral e Alvim nas laterais; Gabriel actuou na posição de trinco, assumindo Rafael, Fernando e Mendonça as restantes 3 posições no losango do meio campo; JP Oliveira e Nicolas Munoz assumiram as despesas do ataque.

Neste 11 pouco provável, dois nomes sobressaem imediatamente, tendo mesmo ambos vestido a mítica camisola azul pela primeira vez: o central brasileiro Weverson, recentemente contratado, e o guarda redes sérvio Dragovic, que se encontra a ser observado por Jesus.

Weverson, depois de uma hesitação inicial, exibiu-se a muito bom nível, mostrando alguma qualidade táctica e física. Não é muito alto, mas o seu bom posicionamento defensivo permitiu, sobretudo no decorrer dos primeiros 45 minutos, estar sempre à altura dos acontecimentos.

Já Dragovic foi a grande estrela do final de tarde em Rio Maior, impressionando não só pela sua elevada estatura (1,96m) mas também pela sua elasticidade. O sérvio de 24 anos actua na Bósnia, no Sarajevo, tendo tido uma passagem pela Série A italiana quando tinha somente 19 anos.

Sempre seguro e elástico, o jovem guarda redes teve muito e bom trabalho na segunda metade do encontro, parecendo vir a ser fácil a decisão de Jesus.

Quanto ao jogo, começou algo confuso nos primeiros 15 minutos, período no qual o equilíbrio e a falta de oportunidades de golo imperaram.
Após a fase inicial, todavia, o Belenenses começou a se impor nas operações a meio campo, actuando Gabriel, Mendonça e JP Oliveira a bom nível - ao contrário de Rafael que continua a desiludir.

Sem praticar um futebol brilhante - muito longe disso - os azuis dominaram e paulatinamente foram-se aproximando com algum perigo da baliza adversária. Fruto deste domínio, o golo acabou por surgir com naturalidade após uma jogada confusa: depois de um ressalto, JP Oliveira viu-se na cara do golo e não desperdiçou a oportunidade de facturar novamente; estavam passados 40 minutos.

Nos segundos 45 minutos do encontro as substituições azuis sucederam-se a grande ritmo, circunstância que acabou por desvirtuar o jogo belenense, sobretudo defensivo durante grande parte do tempo.

Praticando-se mau futebol em ambas as metades do rectângulo, acabou por ser o Nacional a ser um pouco melhor e a justificar um empate (que resultou de uma grande penalidade que ninguém compreendeu). Estavam decorridos 85 minutos, e os belenenses presentes estavam mais preocupados com a lesão de Rolando - que acabou por sair das 4 linhas - e o toque em Hugo Leal que o obrigou a sair após poucos minutos em campo. Ambas as situações parecem não inspirar cuidados de maior.

Ao cair do pano, quando o empate parecia já definitivo, o Nacional acabou por marcar novamente, após um remate aparentemente inofensivo ter ressaltado num defesa azul. Não havia tempo para mais.