BANCADA AVÓS E NETOS
Durante o mês de Abril, um pouco antes de iniciarmos colaboração com o Belém Até Morrer, foram aqui lançadas uma série de sugestões muito interessantes para aumentar as assistências no Restelo.
Entre elas, gostaríamos hoje de destacar a “Bancada Avós e Netos”, que ocuparia parte do Lado Nascente, pela sua originalidade e excepcional relevância. Eis como ela foi apresentada:
“Dentro do nosso esquema seria um sector reservado aos espectadores com mais de 60 anos e aos respectivos netos, e cujo acesso seria efectuado através de convites. A questão dos convites pode ser algo polémica visto que os sócios belenenses pagam bilhetes de jogo, mas ainda assim julgo ser uma medida a implementar em circunstâncias muitos especiais. E está é, certamente, uma delas.
O conceito da ‘Bancada Avós e Netos’ passaria designadamente pelo estabelecer de parcerias com as diferentes juntas de freguesia e/ou concelhos da área metropolitana de Lisboa. Assim, o Belenenses cederia convites às freguesias e concelhos interessadas, convites esses destinados exclusivamente a pessoas com mais de 60 anos e respectivos netos.
A divulgação da iniciativa e o transporte destes espectadores ficaria a cargo das respectivas freguesias e concelhos, desiderato facilmente concretizável visto que a maioria das autarquias possuem autocarros próprios.
A ‘Bancada Avós e Netos’ teria assim duas vertentes distintas mas igualmente interessantes: em primeiro lugar traria mais espectadores ao Restelo e, sendo parte deles crianças, contribuiria para formar os Belenenses do futuro; em segundo lugar o clube estaria a proporcionar um serviço comunitário social e recreativo que não deve ser desprezado”.
Obviamente, que o clube também deveria publicitar esta oferta, podendo avós e netos comparecerem independentemente das Autarquias.
Há muitas ideias válidas sobre a questão das assistências no que foi apresentado no BAM, a somar às que foram aventadas por outras pessoa, nomeadamente nós próprios (desculpem a referência). Então, porque resolvemos destacar esta?
Já há muitos anos atrás, ouvi a um “miúdo” uma “tirada” que nunca mais esqueci: “Os avós eram todos do Belenenses”. A frase é hiperbólica mas põe em relevo a perda de percentagem de adeptos que o Belenenses vem registando em Portugal, devido, nomeadamente (mas não só), a muitos anos de resultados medíocres.
Assim, naturalmente, o Belenenses tem muitos adeptos na faixa etária dos avós (muito mais que nos “pais” e nos “filhos”), e que poderão passar a vinculação clubística aos netos, mesmo que ela se perdesse na geração intermédia.
Mas esta iniciativa é sobretudo importante quando os netos têm dois ramos familiares de preferências clubísticas diferentes…
É do conhecimento geral que, hoje em dia, e desde há décadas, a larga maioria dos “novos” belenenses aderem a esse vínculo clubístico através de laços familiares.
Mesmo aí, há perdas de geração para geração. Tal acontece, em muitos casos, porque (segundo uma lógica de probabilidades) as pessoas do Belenenses vêm a ter como marido/mulher (companheiro/companheira) alguém com outras preferências clubísticas; e, recebendo duas influências diferentes, alguns dos seus filhos acabam por tender para clubes que vêm apresentando melhores resultados desportivos e que têm mais repercussão mediática (e, já agora, que não se obstinam em tirar toda a alegria no seu estádio, como certos consócios nossos demonstram querer...).
Poderão ser os avós belenenses a desempatar favoravelmente para nós esta dupla influência, assim ajudando a inverter a tendência de perdermos adeptos de geração para geração.
Por tudo isto, fazemos votos por que esta medida seja posta em prática – e quanto mais rapidamente melhor... (a propósito: falta pouco mais de uma semana para o jogo com o Braga!).
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