História de Matateu (XV)
Não obstante os desaires sofridos pela sua equipa, Matateu continuava a ser a grande figura do clube de Belém e uma das maiores do futebol português.
Aliado à sua qualidade de rematador portentoso, continuava a criar, em cada lance, ocasiões de verdadeiro perigo para as defesas adversárias.
Em continuação do campeonato de 1956-57, o clube do Restelo recebeu o Benfica, que, nessa altura, era o leader do campeonato.
O resultado foi um empate a duas bolas, tendo Matateu, que alinhou a extremo-esquerdo, obtido o segundo golo com um tremendo remate que bateu o guardião encarnado Bastos.
Na quarta-feira a seguir ao encontro com o Benfica, o Belenenses recebeu no seu estádio o forte conjunto do Toulouse, equipa do campeonato francês da I divisão.
O grupo francês vinha referenciado com as melhores credenciais, especialmente com um recente triunfo de 4-0 sobre o Reims. Desta equipa faziam parte os internacionais Roussel, Boucher, Nungesser, Guinard e o argentino Di Loreto.
A empresa era dificílima para o conjunto do Restelo.
Mas o Belenenses venceu, mercê de uma magnífica exibição, onde Matateu brilhou a grande altura, obtendo nada menos que três golos e dando outro marcar. Foi um perigo constante para a defesa adversária.
Na 8ª jornada do nacional, o Belenenses defrontou o Sporting, em Alvalade. O encontro disputou-se numa terça-feira à noite, e, mais uma vez naquele campeonato, os azuis cederam um empate.
Entretanto, Matateu isolava-se no comando da tabela dos melhores marcadores.
Com algumas esperanças ainda, o Belenenses foi ao Porto, tentar melhoria na classificação geral. Todo a equipa jogou mal, e o resultado foi de 5-0. À chegada a Lisboa, o popular artilheiro disse, referindo-se à exibição realizada nas Antas:
“Tudo me saiu mal. Este encontro fica no álbum das coisas para esquecer…”
O encontro com a Irlanda efectuou-se em 16 de Janeiro de 1957, e Matateu não alinhou. Em Março desse mesmo ano, a equipa de Portugal jogou em Lisboa contra a França. Matateu voltou a não jogar.
De novo Portugal jogou contra a Irlanda, desta vez em Belfast; o ídolo dos adeptos belenenses continuava ausente. Tinha-se acabado o reinado de Matateu na selecção nacional?
Houve quem pensasse em tal, e quem não acreditasse que o homem do Alto Mahé voltasse a ser um dos grandes do futebol em Portugal.
Mas Lucas da Fonseca nunca pensou em semelhante hipótese. Trabalhou com dedicação para mostrar ao seleccionador nacional que ele ainda existia, e existiria por muito tempo.
E o dia do regresso verificou-se.
Em 26 de Maio de 1957, a equipa portuguesa subiu ao relvado do Jamor para defrontar a forte selecção italiana, em encontro que pertencia à série de eliminatórias que davam acesso ao campeonato do mundo.
No eixo do ataque luso alinhou Matateu, que teve actuação meritória, culminada com a marcação do terceiro golo da nossa turma, que venceu por 3-0.
De novo firme na equipa das quinas, apresenta-se no dia 11 de Junho no majestoso Estádio do Maracanã, que registava enorme assistência. Em ambiente verdadeiramente apoteótico, o encontro foi renhidamente disputado, acabando o primeiro tempo com o resultado favorável aos visitados – 1-0.
No segundo período, Matateu, que voltou a alinhar a avançado centro, igualou a partida, e só perto do fim é que o Brasil conseguiu marcar o golo da vitória.
A actuação do jogador belenense foi exuberantemente aplaudida pela crítica brasileira.
No dia 16, portanto cinco dias depois do primeiro encontro, a selecção nacional voltou a jogar com os brasileiros, desta vez no estádio de Pacaembú, em São Paulo. Embora não marcasse golos (o resultado foi de 3-0 a favor do Brasil) o avançado nascido em Moçambique creditou-se novamente com uma óptima exibição, impondo-se como um dos melhores em campo.
Depois de África, da Europa e da Ásia, era a vez de conquistar novo continente: o americano. E Matateu conseguiu, com as suas actuações, cometer tal proeza.
Voltava a confiança aos adeptos dos azuis, já que Matateu não a tinha perdido, mesmo durante aquele tempo em que se sentou no banco dos suplentes, ou nos degraus das bancadas.
Aliado à sua qualidade de rematador portentoso, continuava a criar, em cada lance, ocasiões de verdadeiro perigo para as defesas adversárias.
Em continuação do campeonato de 1956-57, o clube do Restelo recebeu o Benfica, que, nessa altura, era o leader do campeonato.
O resultado foi um empate a duas bolas, tendo Matateu, que alinhou a extremo-esquerdo, obtido o segundo golo com um tremendo remate que bateu o guardião encarnado Bastos.
Na quarta-feira a seguir ao encontro com o Benfica, o Belenenses recebeu no seu estádio o forte conjunto do Toulouse, equipa do campeonato francês da I divisão.
O grupo francês vinha referenciado com as melhores credenciais, especialmente com um recente triunfo de 4-0 sobre o Reims. Desta equipa faziam parte os internacionais Roussel, Boucher, Nungesser, Guinard e o argentino Di Loreto.
A empresa era dificílima para o conjunto do Restelo.
Mas o Belenenses venceu, mercê de uma magnífica exibição, onde Matateu brilhou a grande altura, obtendo nada menos que três golos e dando outro marcar. Foi um perigo constante para a defesa adversária.
Na 8ª jornada do nacional, o Belenenses defrontou o Sporting, em Alvalade. O encontro disputou-se numa terça-feira à noite, e, mais uma vez naquele campeonato, os azuis cederam um empate.
Entretanto, Matateu isolava-se no comando da tabela dos melhores marcadores.
Com algumas esperanças ainda, o Belenenses foi ao Porto, tentar melhoria na classificação geral. Todo a equipa jogou mal, e o resultado foi de 5-0. À chegada a Lisboa, o popular artilheiro disse, referindo-se à exibição realizada nas Antas:
“Tudo me saiu mal. Este encontro fica no álbum das coisas para esquecer…”
Na semana seguinte, nova faceta na carreira do famoso futebolista. No encontro contra a C.U.F. falhava duas grandes penalidades. O caso foi comentado com foros de sensacionalismo.
E não ficam por aqui as “desgraças” de Matateu naquela época. Convocado para os treinos da selecção que defrontaria, dentro de um mês aproximadamente, a turma da Irlanda em jogo a contar para a qualificação para o campeonato do mundo, Matateu sofreu, numa das sessões de preparação, uma grave lesão no pé esquerdo que o afastou do futebol durante três semanas.
Assim, em virtude de tal acidente, o Belenenses passou a apresentar a sua principal equipa sem a inclusão do terror dos guarda-redes, o que constituía um caso raro, já que Matateu, desde que chegara a Portugal, apenas tinha falhado os jogos que a sua equipa disputara aquando da fractura da clavícula.E não ficam por aqui as “desgraças” de Matateu naquela época. Convocado para os treinos da selecção que defrontaria, dentro de um mês aproximadamente, a turma da Irlanda em jogo a contar para a qualificação para o campeonato do mundo, Matateu sofreu, numa das sessões de preparação, uma grave lesão no pé esquerdo que o afastou do futebol durante três semanas.
O encontro com a Irlanda efectuou-se em 16 de Janeiro de 1957, e Matateu não alinhou. Em Março desse mesmo ano, a equipa de Portugal jogou em Lisboa contra a França. Matateu voltou a não jogar.
De novo Portugal jogou contra a Irlanda, desta vez em Belfast; o ídolo dos adeptos belenenses continuava ausente. Tinha-se acabado o reinado de Matateu na selecção nacional?
Houve quem pensasse em tal, e quem não acreditasse que o homem do Alto Mahé voltasse a ser um dos grandes do futebol em Portugal.
Mas Lucas da Fonseca nunca pensou em semelhante hipótese. Trabalhou com dedicação para mostrar ao seleccionador nacional que ele ainda existia, e existiria por muito tempo.
E o dia do regresso verificou-se.
Em 26 de Maio de 1957, a equipa portuguesa subiu ao relvado do Jamor para defrontar a forte selecção italiana, em encontro que pertencia à série de eliminatórias que davam acesso ao campeonato do mundo.
No eixo do ataque luso alinhou Matateu, que teve actuação meritória, culminada com a marcação do terceiro golo da nossa turma, que venceu por 3-0.
De novo firme na equipa das quinas, apresenta-se no dia 11 de Junho no majestoso Estádio do Maracanã, que registava enorme assistência. Em ambiente verdadeiramente apoteótico, o encontro foi renhidamente disputado, acabando o primeiro tempo com o resultado favorável aos visitados – 1-0.
No segundo período, Matateu, que voltou a alinhar a avançado centro, igualou a partida, e só perto do fim é que o Brasil conseguiu marcar o golo da vitória.
A actuação do jogador belenense foi exuberantemente aplaudida pela crítica brasileira.
No dia 16, portanto cinco dias depois do primeiro encontro, a selecção nacional voltou a jogar com os brasileiros, desta vez no estádio de Pacaembú, em São Paulo. Embora não marcasse golos (o resultado foi de 3-0 a favor do Brasil) o avançado nascido em Moçambique creditou-se novamente com uma óptima exibição, impondo-se como um dos melhores em campo.
Depois de África, da Europa e da Ásia, era a vez de conquistar novo continente: o americano. E Matateu conseguiu, com as suas actuações, cometer tal proeza.
Voltava a confiança aos adeptos dos azuis, já que Matateu não a tinha perdido, mesmo durante aquele tempo em que se sentou no banco dos suplentes, ou nos degraus das bancadas.
|