Entrevista exclusiva com Cabral Ferreira.

Depois do “fantasma da descida” (que só existiu nos jornais ) ter sido liminarmente afastado do Restelo por via da própria liga portuguesa de futebol, o Belém ate Morrer considerou importante ouvir, numa entrevista exclusiva, o presidente do Belenenses acerca desta questão.

Belém até Morrer: Depois de ontem os jornais desportivos terem dado o Belenenses na 2ª divisão, e de terem sido abertas garrafas de champanhe em certas redacções, a liga veio hoje dizer que o processo de candidatura do Belenenses se encontra “sem deficiências”.
Que comentário lhe sugere este episódio caricato?

Cabral Ferreira: Em relação ao champanhe não sei se alguém abriu ou não garrafas. O que posso dizer é que hoje eu não abri garrafas de champanhe porque esta situação era mais do que certa. Todavia, acho lamentável é que alguns sócios e adeptos do Belenenses acreditem mais em quem quer destruir o Belenenses do que no seu próprio presidente. As eleições foram há dois meses atrás, e penso que é altura dos belenenses apoiarem o seu presidente nas lutas que o presidente tem pela frente e não criar escolhos nessas lutas. O importante é remarmos todos para o mesmo lado, o importante é pensarmos que se o presidente diz alguma coisa é porque tem razões para o dizer, e quando dá certezas é porque o pode fazer.

Quando não dá certezas é porque não as pode dar ou porque não existem de facto nessa altura.

Belém até Morrer: O Belenenses vai tomar alguma providência em relação aos jornais que publicam notícias falsas acerca do clube?

Cabral Ferreira: Isso acho que não vale a pena. Os leitores dos jornais é que devem tomar posição em relação aos jornais que publicam uma notícia num dia, e outra completamente diferente no dia seguinte.
Os jornais que o fazem devem ser penalizados pelos próprios leitores e não por outras entidades. Aliás, há jornais que num dia dizem uma coisa e no dia seguinte dizem outra exactamente oposta com a mesma desfaçatez.
Isso tem de passar a ser penalizado pelo leitor que é quem mais pode penalizar o jornal. Isso é mais importante que qualquer acção que possamos tomar.