
A final do Jamor e a Fúria Azul.

De entre os associados azuis, destacam-se sem dúvida os membros da Fúria Azul. Utilizo o termo membros e não “jovens” porque a Fúria Azul é constituída por belenenses de todas idades.
Numa ocasião apelidei o trabalho que os furiosos fazem nos bastidores de trabalho “invisível”: “invisível” porque decorre durante as semanas que antecedem os grandes jogos, durante inúmeras madrugadas; invisível porque a esmagadora maioria dos associados azuis não se apercebe desse mesmo trabalho – todos acabam por observar o resultado final desse trabalho, mas são poucos os que pensam nas horas que foram dispendidas para que tudo surja na “forma” final.
A “Operação Jamor” da Fúria Azul foi sem dúvida desgastante para todos os furiosos. Mas foi sobretudo inspiradora e gratificante.
A final do Jamor foi uma grande jornada de belenensismo. A dor no coração no momento da derrota não atenua em nada esta realidade.
A “Operação Jamor” da F.A. era ambiciosa. Existiu inclusive algum receio interno no início em relação a capacidade que realizar todas as tarefas que nos propusemos realizar. E estas eram muitas e variadas: para além da habitual coreografia (“habitual” não no sentido da grandeza), a F.A. propôs-se organizar uma conferência na qual fossem homenageadas as antigas glórias azuis que haviam obtido grandes conquistas pelo Belenenses; o terceiro aspecto da “Operação Jamor” consistia na montagem de um grande espaço azul no Jamor, no qual todos os associados e adeptos belenenses se pudessem reunir e usufruir da festa ao máximo.

Por outro lado, a conferência foi um enorme sucesso. Perante uma sala de imprensa com a lotação completamente esgotada, viveu-se momentos de grande emoção, com muitos participantes a derramarem lágrimas emocionadas. A presença de Artur Quaresma foi muito importante para todos. A mais que merecida homenagem a uma das maiores figuras azuis era praticamente uma obrigação que o Belenenses tinha, e a iniciativa da F.A. representou muito para todos os presentes. As lágrimas derramadas pelo grande Artur Quaresma, a sua emoção perante uma plateia que o aplaudia de pé ficarão para sempre gravadas na memória de todos os presentes.

Tudo funcionou maravilhosamente, passando pelo espaço azul milhares de belenenses durante todo o dia.
E como não podia deixar de ser, dentro do estádio a festa continuou, com muitas centenas de furiosos a cantar ininterruptamente durante os 90 minutos do encontro. A imagem do helicóptero da RTP será para sempre relembrada: o ecrã de milhões de televisores em todo o mundo ficou pintado com a cruz de Cristo gigante que surgiu na bancada azul, com a frase que descreve perfeitamente o sentimento que reina em centenas de milhares de belenenses em todo o mundo: BELENENSES SEMPRE!
Todos estamos de parabéns!
Viva o Belenenses!

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