Análise Belém até Morrer: Beira-Mar

Belenenses 2006/07 soma e segue; desta feita a vitima foi aflito Beira-Mar, derrotado por duas bolas a zero.

Não foi, todavia uma partida brilhante, muito longe disso – fisicamente a equipa não parece se encontrar no seu melhor e o meio campo azul ressentiu-se das ausências de Ruben Amorim e de Cândido Costa. Ainda assim, o Belenenses mostrou a espaços bom futebol, sobretudo nos 15 minutos após o golo de Garcés: centro teleguiado da direita do ataque azul e resposta positiva do panamiano que deste modo apontou de cabeça o seu 3º golo da temporada.

Segue-se, como referimos, o melhor período do Belenenses no encontro, cerca de 15/20 minutos de futebol bem jogado em que o segundo golo esteve em diversas vezes à vista.
Com cerca de 10 minutos para jogar os azuis abrandam um pouco, possibilitando aos aveirenses subirem um pouco no terreno e conquistar 2 ou 3 cantos que todavia não se revelaram perigosos para a baliza defendida por Costinha.

No início dos segundos 45 minutos a toada de jogo manteve-se, com um Belenenses mais cauteloso e um Beira-Mar mais atrevido mas ainda e sempre ineficaz. Na primeira meia hora de jogo os aveirenses tiveram mais tempo de posse de bola, mas o jogo foi disputado sobretudo a meio campo, ou seja, longe das duas balizas.
Entretanto, ambos os técnicos iniciaram a dança das substituições: Jesus retira das 4 linhas um apagado Carlitos e lança na partida Fernando (posteriormente o timoneiro azul fez entrar Pinheiro e também Mano para o lugar de Garcés e do lesionado Amaral).
Nos 15 últimos da partida o Belenenses assumiu novamente a superioridade territorial, circunstância que coincidiu com arriscar completo dos aveirenses. Com mais espaço nos últimos 30 metros, os azuis do Restelo voltam a aproximar-se com perigo das redes aveirenses, desperdiçando Rolando – completamente isolado – a oportunidade de cabecear com êxito.

Foi o pronuncio para o que ainda estava para vir…
Com poucos minutos para jogar Dady, a 40 metros da baliza, arranca com a bola dominada e sempre em velocidade entra na área um pouco descaído para a esquerda. Ainda assim, o cabo-verdiano de Lisboa revelou um enorme sangue frio: aguentou a pressão de um defesa e perante a saída do guarda-redes rematou com classe para o poste mais afastado – 10 golo da liga para Dady (alguém ainda se lembra de Meyong?).
Cerca de 5 minutos depois o jogo termina, iniciando-se a festa dos cerca de 3500/4000 belenenses presentes.

O Super-Belenenses de 2006/07 somou mais três pontos, dando simultaneamente um passo de gigante rumo ao 4º lugar da classificação.
O Restelo é cada vez mais um quarto (lugar) com vista sobre o Jamor!

De destacar ainda a boa presença de ultras no Restelo: cerca de 100/120 furiosos cantaram durante todo o jogo, embora o volume decibélico tenha deixado muito a desejar na maior parte das vezes. Destaque ainda para as muitas bandeiras gigantes e para os estandartes apresentados pelos furiosos. Foram ainda abertos pelos ultras azuis três ou quatro potes de fumo durante a partida, situação que pareceu incomodar meia dúzia de associados que se encontravam no sector contíguo ao da Fúria. Nada de grave…
Nota final para o "Sábado Furioso" que reuniu largas dezenas de ultras no Restelo durante todo o dia. Assim de manhã assistiu-se a um desajeitado jogo de futebol, com muitas caneladas e biqueiradas à mistura, seguindo-se uma almoçarada na sede confeccionada pelo "chefe gay" João. O programa prosseguiu com uma importante reunião na qual foram definidos alguns aspectos relacionados com a operação Jamor da F.A.

Depois da bola houve ainda tempo para uma caracolada e para umas cervejas. Finalmente, cerca de 15 furiosos mais resistentes acompanharam no pavilhão o desenrolar da contagem dos votos que se prolongou até cerca das 2 horas da madrugada.

Todos a Braga. Viagem + bilhete - 10 euros para sócios F.A. e 13 euros para os não sócios.