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As expectativas entre a massa adepta belenense eram grandes para o jogo frente à briosa. Esperava-se uma boa casa e uma vitória... não sucedeu nem uma coisa nem outra.
Em relação à assistência, e tendo em conta que se tratava de uma segunda-feira, as expectativas foram quebradas quando um "temporal" se abateu sobre Lisboa a meio da tarde. Assim, não estiveram mais do que 1000/1500 no Restelo.
Seja como for, a massa adepta azul presente esperava ainda assim vencer o jogo e desta forma subir ao sexto lugar da tabela a somente 1 ponto dos quartos classificados.
Claro que o factor chuva tem sido um problema para os azuis do Restelo, como ficou provado com os maus jogos de Paredes e Odivelas. Sendo o nosso meio-campo muito tecnicista e de passe de bola curto o terreno pesado não favorece este tipo de características. Por outro lado, os nossos habituais médios titulares - com excepção para Silas - não jogaram: ausências de Sandro Gaúcho, Rubém Amorim e Zé Pedro, e também de Roma (no banco mas vindo de uma lesão) e Garcés. A somar a todos estes factores negativos, o plantel azul viu-se ainda confrontado durante a semana com uma gripe.

Com o jovem Mano a titular, cedo se percebeu que o jogo ia ser difícil, entrando os de Coimbra muito bem no encontro, a pressionar no meio campo azul. Todavia, cerca dos 20 minutos de jogo os homens da cruz de cristo equilibraram o jogo, passando as operações a se desenrolar mais no meio-campo dos visitantes.

Nos últimos 15 minutos da primeira parte, o Belenenses contou inclusive com algumas excelentes oportunidades de golo, nomeadamente através de Mano que isolado falha incrivelmente o alvo - consequência da juventude...
Nos segundos 45 minutos a Académica entrou novamente com força, a criar lances para golo e a dominar completamente a meio-campo.
Tal como na primeira-parte, o Belenenses voltou a reagir e de novo o equilibrio passou a ser a nota dominante. Foi precisamente quando os jogadores da Briosa pareciam acusar a correria em que o jogo se vinha realizando que o primeiro golo da partida aconteceu: já contra a corrente do jogo, mas merecido face aos primeiros 15 minutos dos visitantes.
Os azuis, todavia, mostraram ter vontade de empatar e mesmo da bancada o apoio vocal foi grande nos segundos após o golo da briosa. De facto, o empate não demorou muito, surgindo através de uma livre marcado na esquerda: bom golo de cabeça de Nivaldo, o melhor em campo por parte dos da casa.
O Restelo voltou a acreditar na vitória, e o volume decibélico vindo da bancada pareceu poder levar o nosso 11 à vitória.
Mas, inexplicavelmente, foi novamente a Briosa que subiu no terreno, sem que todavia criasse oportunidades de golo evidentes.
Quando o empate parecia já ir ser o resultado final, surge o golo que viria a dar o triunfo aos de Coimbra, na sequência de um livre pouco perigoso a 30 metros da baliza. Tratou-se de mais um dos muitos deslizes fatais de Costinha nesta época. Não havia tempo para mais, e a Académica somou três preciosos pontos.
Parece evidente para todos os belenenses que chegou a altura de fazer regressar à defesa das nossas redes o Marco Aurélio, até mesmo para preservar o Costinha que como ninguém deve ter sentido o peso de sofrer um golo como sofreu.

Nota final para a grande prestação da Fúria Azul, sobretudo na segunda parte. Tendo começado o jogo com cerca de 75 ultras na bancada - talvez o pior número na presente época - os furiosos ficaram reduzidos talvez a 50 na segunda (a chuva não é nem nunca será desculpa) que todavia cantaram como se se tratassem de 200. Muito bom, mesmo depois do golo da briosa.
Também a Mancha Negra esteve muito bem no Restelo, sobretudo por se tratar de uma segunda-feira. Com cerca de 80 ultras presentes, o apoio vocal da Mancha foi constante, nomeadamente na segunda parte. Nota ainda para as frases que apresentaram contra o futebol moderno e a relembrar a grandeza de dois emblemas grandes do desporto nacional: o do Belenenses e da A
cadémica. Muito obrigado rapazes!
Fotos de Luis Silva.