Fim-de-semana negro para as "amadoras".
No pavilhão do Restelo, os conquistadores receberam pelas 15 horas o freixieiro, uma das mais fortes equipas do futsal nacional. A moldura humana presente não impressionou - cerca de 350/400 pessoas - ficando mesmo aquém das expectativas sobretudo devido ao facto do jogo englobar um "pacote" extremamente atractivo que envolvia também o andebol - de realçar o jogo dos júniores em futebol de disputar à mesma hora. Reflectindo a menor assistência geral, também o sector da Fúria Azul se encontrou meio despido, com cerca de 20 ultras que ainda assim, sobretudo na 2ª parte, cantaram com força procurando empurrar a equipa pelo menos até ao empate.
Ainda assim, o 5 cinco azul entrou no jogo com tranquilidade, parecendo não acusar a série de maus resultados. A rigidez táctica inicial acabou por ser quebrada com um golo fortuito dos visitantes que se pode considerar injusto face à produção de ambas as equipas. Os azuis pareceram acusar o golo, e pouco depois o Freixieiro, em contra-ataque marca novo golo, culminando um período menos positivo dos conquistadores. Mais uma vez verificou-se a extrema importância da experiência das equipas de topo do futsal nacional, rondando o aproveitamento destas equipas quase os 100%. O resto da primeira parte não trouxe grandes novidades de parte a parte, sendo alcançado o intervalo com a diferença de dois golos.
Os segundos 20 minutos revelaram um Belenenses muitíssimo mais pressionante e esclarecido ofensivamente, sendo raras as incursões do adversário até à grande área azul. Assim, sem surpresa, as oportunidades de golo dos conquistadores sucederam-se sendo notórias, mais uma vez, as nossas lacunas no que diz respeito ao último remate. Com o resultado inalterado, o treinador azul arriscou uma situação de 5 jogadores de campo quando em ataque, sendo nesse período do tudo ou nada que o resultado se avolumou.
Em jeito de conclusão: grande domínio azul sem resultados práticos, e grande pragmátismo e eficácia do Freixieiro. Uma última nota para as forças policiais pidescas presentes no Restelo, comandadas por um comissário exibicionista que gosta de protagonismo. Quais as razões objectivas que justificam a presença de um cordão 12 policias dentro das 4 linhas? Quais as razões objectivas justificatórias da barreira policial em redor da dupla de arbitragem quando, no final do jogo, os jogadores azuis procuraram falar com aqueles senhores?
Depois de cerca de hora e meia de intervalo, iniciou-se o jogo dos cruzados frente a um ABC ferido após a derrota em Braga frente ao 7 azul. Reflectindo o enorme entusiasmo da massa associativa Belenense em redor da sua equipa de andebol, o pavilhão súbitamente encheu, nomeadamente com lotação esgotada na bancada dos sócios, regressando o velhinho recinto aos dias infernais para os adversários. De salientar a "coreografia" inicial da Fúria Azul, numa faixa que certamente reflecte o desejo de todos os Belenenses: "rumo ao título!"
Não obstante, os bracarenses não acusaram inicialmente a pressão em seu redor alcançando nos primeiros minutos um parcial de 2:4. Mas foi sol de pouca dura, e rapidamente os cruzados fizeram-se valer de toda a sua categoria e empenho para virar o marcador, atingindo o intervalo com uma vantagem de 4 golos - 16:12. Precisamente no final dos primeiros 30 minutos iniciaram-se as situações caricatas e vergonhosas com os jogadores do ABC, tendo inclusive guarda-redes bracarense, Carlos Ferreira, que ser impedido de agredir um dos arbítros pelos seus companheiros de equipa. Os senhores do apito simplesmente fingiram nada ver.
Iniciando a segunda parte com mais dois jogadores de campo, rapidamente o Belenenses ampliou a vantagem para 5 golos, sendo notório que o ABC dificilmente conseguiria alterar o rumo dos acontecimentos. Foi então que uma figura suspeita fez a sua "aparição" vergonhosa nas 4 linhas: trata-se do arbítro Fernando Branquinho, um senhor que deve queimar bandeiras do Belenenses para auto-diversão. Num apíce foram os cruzados que se viram em inferioridade numérica, aspecto reforçado por uma série inacreditável de faltas ofensivas inexistentes marcadas os nossos jogadores. Dir-se-ia que passar o meio-campo com a bola na mão era proibido para os azuis. Resultado: um parcial de 8:2 para os adversários que passaram a vencer por 19:20. Ainda assim, os cruzados souberam reagir a tudo quanto se passou, obtendo a cerca de 8 minutos do fim uma vantagem de 3 golos - 23:20. De novo a arbitragem voltou ao seu "melhor", ou seja, levou ao colo os de Braga, agora também impulsionados pela excelente exibição do seu guarda-redes, aquele mesmo que deveria ter ido tomar banho antes do intervalo. Com o empate a 25 golos, e depois de uma série de ataques inconsequentes dos cruzados, nitidamente acusando a injustiça de que vinham sendo alvo, o ABC passou para a dianteira quando o marcador indicava já menos de um minuto para jogar. Após novo ataque falhado do 7 azul, o adversário concretizou mais um golo no último segundo, terminado o jogo de forma inglória para as nossas cores. Não obstante todo o pavilhão apludiu de pé os seus jogadores, agradecendo o seu enorme esforço e dedicação à camisola com a cruz de cristo.
Uma última nota para a Fúria Azul, naquela que terá sido uma das suas melhores presenças no pavilhão nos últimos anos. Cerca de 40/45 ultras cantaram até a exaustão, apoiando os cruzados do primeiro ao último minuto. Citando o site oficial da modalidade, este sublinhou "um público entusiasmado que, embalado pela Fúria Azul, proporcionou no Acácio Rosa um fantástico e infernal ambiente..."
Última nota para o basket azul na sua difícil deslocação a Ovar para defrontar o autêntico Dream Team da Ovarense. Com um primeiro parcial de 10 minutos muito equilibrado - 15:15 - os guerreiros sucumbiram claramente no segundo período, registando um parcial negativo de 21:9, ou seja, chegaram ao intervalo com 12 pontos de atraso. O terceiro período não alterou significativamente a marcha do resultado, tendo o Belenenses recuperado um só ponto - 53:44. Panorama semelhante verificou-se no 4º e último período, novamente muito equilibrado, tendo o jogo terminado com um desanimador 74:64, ou seja, a diferença de 12 pontos concedida no segundo período manteve-se praticamente inalterada até ao final. Destaque individual para os guerreiros Regie Moore e Miguel Minhava, respectivamente com 18 e 13 pontos convertidos.
Última nota para destacar a presença de alguns elementos do núcleo da Fúria Azul de Ovar no pavilhão.
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