Aplaudimos José Couceiro e apelamos à blogosfera azul para que se mobilize!
José Couceiro, à semelhança do seu antecessor enquanto treinador do Belenenses, Carlos Carvalhal, proferiu, no Sábado, algumas afirmações que dizem respeito aos adeptos. Couceiro referiu-se nomeadamente à hora tardia do encontro Belenenses-Boavista e à "ditadura" da sportv:
"Infelizmente estes jogos realizam-se a esta hora da noite, mas Portugal é um país muito sui generis. É uma hora que não faz qualquer sentido. É muito, muito mau. De Inverno, com este frio, a qualidade do jogo não pode ser tão boa se o público não estiver no estádio. O público ajuda os jogadores, cria um ambiente necessário aos grandes jogos. Se se pensa que o futuro é espectáculos televisivos, e as bancadas vazias, então estamos muito mal. Com a ausência de público baixa a qualidade dos espectáculos. Para mim, depois das 7 da tarde não deveria haver futebol. Como é que as crianças podem vir ao estádio e sair daqui às 23h30? Como querem atrair gente nova ao futebol com estes horários?. Hoje, por acaso, é sábado, mas se for a um Domingo, com escolas no dia a seguir, como se pode ter público nos estádios? Isto é um convite para que as pessoas não venham ao futebol, Não podemos viver numa ditadura televisiva. É importante o encaixe da televisão, mas isso está a ajudar a que as pessoas se afastem do futebol. Não podemos continuar assim."
Um blog desportivo que incide sobretudo nos adeptos, nomeadamente o www.adeptos.blogspot.com, comentou estas afirmações de Couceiro, considerando que "pelos vistos existe um qualquer espírito reivindicativo pelos lados do Restelo que incorpora nos técnicos que por lá passam."
Este "espírito reivindicativo" dos treinadores azuis não surge certamente por acaso. Basta olhar para o Restelo nos dias dos jogos para imediatamente compreender quais as motivações quer de Carvalhal, quer de Couceiro.
Não queremos, neste blog, parecer obcecados pela questão das assistências no Restelo, mas não podemos deixar de voltar a mencionar a média de 2.500 pessoas que se verificou no Restelo no ano transacto, ou seja, nos 17 jogos do campeonato, o Restelo contou somente - e estes são números oficiais - com 65.000 espectadores.
Os motivos que explicam a deserção dos Belenenses do seu estádio são diversos, mas certamente que as transmissões televisivas e os seus horários se encontram no topo da lista. Veja-se como exemplo a presente época: não tivemos no Restelo um único jogo num Domingo à tarde.
O Belenenses, enquanto clube de Lisboa, tem especiais dificuldades em atrair os mais jovens já que conta, ao contrário de muitos outros clubes representativos de uma cidade, com a concorrência de sporting e benfica, concorrência esta dificultada pelo constante insucesso desportivo dos azuis. Isto significa, em nosso entender, que a realidade do Belenenses é única no nosso país, sendo os jovens Belenenses maioritariamente filhos, netos ou sobrinhos de outros Belenenses. Não quero dizer com isto que o nosso clube é uma casta hermeticamente fechada, mas penso ser esta uma realidade inquestionável: ser Belenense é, na maior parte das vezes uma herança familiar.
Acontece que esta mesma herança passa sobretudo pela presença desses tais pais, avos e tios no Restelo, ou seja, pelo facto destes levarem à bola os membros de mais tenra idade da sua familia. O Belenensismo, a escola de ser Belenense, é sem dúvida o Restelo, e sem a frequência habitual do nosso estádio o amor e a filiação dos mais jovens às nossas cores é especilmente difícil. E se os Belenenses mais "velhos" não forem ao Restelo, como podemos esperar que as crianças com menos de 14 anos, por exemplo, o façam? E com sucessivos jogos televisionados à noite e às
segundas-feiras...
O curioso é ser os treinadores do Belenenses a levantar esta questão, permanecendo a direcção do clube impávida e serena, como nada se passasse.
Voltamos a repetir: o Belenenses, uma instituição com mais de 20 000 sócios, está progressivamente a ser minada de morte lenta no que diz respeito à sua componente humana, situação dramática com evidente correspondência nas miseréveis assistências no Restelo.
Num período que a Liga Portuguesa de Futebol questiona os jogos às segundas-feiras, mostrando nomeadamente Valentim Loureiro "abertura para negociar com FPF a limitação dos jogos ao período compreendido entre as sextas-feiras e os Domingos", a direcção do Belenenses, porventura o clube mais prejudicado devido as suas próprias especificidades que já afloramos, tem a obrigação de assumir uma posição pró-activa nesta questão no seio da Liga, e publicamente defender com veemência o fim dos jogos às segundas-feiras e aos domingos à noite.
Se tal não suceder - o que parece ser o mais provável neste momento - cabe a nós, adeptos de futebol e Belenenses, mobilizarmo-nos neste sentido e pressionar os dirigentes azuis a fazê-lo.
Lançamos desde já um repto à blogosfera azul no sentido de em conjunto ser realizada uma campanha pelo fim dos jogos à segunda-feira, campanha esta que teria como ponto principal a realização e promoção de um abaixo-assinado na net a ser entregue à direcção do Belenenses e a Liga Portuguesa de Futebol.
"Infelizmente estes jogos realizam-se a esta hora da noite, mas Portugal é um país muito sui generis. É uma hora que não faz qualquer sentido. É muito, muito mau. De Inverno, com este frio, a qualidade do jogo não pode ser tão boa se o público não estiver no estádio. O público ajuda os jogadores, cria um ambiente necessário aos grandes jogos. Se se pensa que o futuro é espectáculos televisivos, e as bancadas vazias, então estamos muito mal. Com a ausência de público baixa a qualidade dos espectáculos. Para mim, depois das 7 da tarde não deveria haver futebol. Como é que as crianças podem vir ao estádio e sair daqui às 23h30? Como querem atrair gente nova ao futebol com estes horários?. Hoje, por acaso, é sábado, mas se for a um Domingo, com escolas no dia a seguir, como se pode ter público nos estádios? Isto é um convite para que as pessoas não venham ao futebol, Não podemos viver numa ditadura televisiva. É importante o encaixe da televisão, mas isso está a ajudar a que as pessoas se afastem do futebol. Não podemos continuar assim."
Um blog desportivo que incide sobretudo nos adeptos, nomeadamente o www.adeptos.blogspot.com, comentou estas afirmações de Couceiro, considerando que "pelos vistos existe um qualquer espírito reivindicativo pelos lados do Restelo que incorpora nos técnicos que por lá passam."
Este "espírito reivindicativo" dos treinadores azuis não surge certamente por acaso. Basta olhar para o Restelo nos dias dos jogos para imediatamente compreender quais as motivações quer de Carvalhal, quer de Couceiro.
Não queremos, neste blog, parecer obcecados pela questão das assistências no Restelo, mas não podemos deixar de voltar a mencionar a média de 2.500 pessoas que se verificou no Restelo no ano transacto, ou seja, nos 17 jogos do campeonato, o Restelo contou somente - e estes são números oficiais - com 65.000 espectadores.
Os motivos que explicam a deserção dos Belenenses do seu estádio são diversos, mas certamente que as transmissões televisivas e os seus horários se encontram no topo da lista. Veja-se como exemplo a presente época: não tivemos no Restelo um único jogo num Domingo à tarde.
O Belenenses, enquanto clube de Lisboa, tem especiais dificuldades em atrair os mais jovens já que conta, ao contrário de muitos outros clubes representativos de uma cidade, com a concorrência de sporting e benfica, concorrência esta dificultada pelo constante insucesso desportivo dos azuis. Isto significa, em nosso entender, que a realidade do Belenenses é única no nosso país, sendo os jovens Belenenses maioritariamente filhos, netos ou sobrinhos de outros Belenenses. Não quero dizer com isto que o nosso clube é uma casta hermeticamente fechada, mas penso ser esta uma realidade inquestionável: ser Belenense é, na maior parte das vezes uma herança familiar.
Acontece que esta mesma herança passa sobretudo pela presença desses tais pais, avos e tios no Restelo, ou seja, pelo facto destes levarem à bola os membros de mais tenra idade da sua familia. O Belenensismo, a escola de ser Belenense, é sem dúvida o Restelo, e sem a frequência habitual do nosso estádio o amor e a filiação dos mais jovens às nossas cores é especilmente difícil. E se os Belenenses mais "velhos" não forem ao Restelo, como podemos esperar que as crianças com menos de 14 anos, por exemplo, o façam? E com sucessivos jogos televisionados à noite e às
segundas-feiras...
O curioso é ser os treinadores do Belenenses a levantar esta questão, permanecendo a direcção do clube impávida e serena, como nada se passasse.
Voltamos a repetir: o Belenenses, uma instituição com mais de 20 000 sócios, está progressivamente a ser minada de morte lenta no que diz respeito à sua componente humana, situação dramática com evidente correspondência nas miseréveis assistências no Restelo.
Num período que a Liga Portuguesa de Futebol questiona os jogos às segundas-feiras, mostrando nomeadamente Valentim Loureiro "abertura para negociar com FPF a limitação dos jogos ao período compreendido entre as sextas-feiras e os Domingos", a direcção do Belenenses, porventura o clube mais prejudicado devido as suas próprias especificidades que já afloramos, tem a obrigação de assumir uma posição pró-activa nesta questão no seio da Liga, e publicamente defender com veemência o fim dos jogos às segundas-feiras e aos domingos à noite.
Se tal não suceder - o que parece ser o mais provável neste momento - cabe a nós, adeptos de futebol e Belenenses, mobilizarmo-nos neste sentido e pressionar os dirigentes azuis a fazê-lo.
Lançamos desde já um repto à blogosfera azul no sentido de em conjunto ser realizada uma campanha pelo fim dos jogos à segunda-feira, campanha esta que teria como ponto principal a realização e promoção de um abaixo-assinado na net a ser entregue à direcção do Belenenses e a Liga Portuguesa de Futebol.
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