Belém até Morrer

As Conquistas falam por si, em dois anos ... dois títulos de Campeão Nacional, é caso para dizer: Ninguém pára os Conquistadores.

Desta vez a "vítima" foi o Braga, vencedor da zona Norte e que em toda a época apenas tinha perdido uma vez em casa, em casa é como quem diz porque o jogo foi disputado em Tandim num pavilhão sem marcador electrónico de tempo e faltas e em que num dos lados a distância entre a linha lateral e a parede era inferior a um metro.

Mas vamos ao que interessa. Rumaram ao Norte cerca de 4 dezenas de Furiosos, no total eram cerca de 100 os Belenenses presentes numa bancada que na teoria levava 300 pessoas mas que estava sobre-lotada tal foi o interesse que a partida despertou em Braga.

À partida o pessoal estava confiante e acreditava que no regresso traziamos a Taça. A viagem foi calma e as conversas recordavam muitas das viagens feitas no decorrer desta, já longa, época. Parámos para almoçar em Famalicão, como me lembrei da Isabel (antiga faz tudo no Belenenses que tinha como hábito ir sempre almoçar a Famalicão nas deslocações ao Minho) e se almoçámos bem ... bebemos melhor pois o calor e a qualidade do vinho verde convidavam a um consumo adicional.

Partímos em direcção ao pavilhão onde nos aguardava a GNR e algumas dezenas de adeptos do Clube da Cruz de Cristo que se juntaram no apoio à equipa fazendo com que por vezes os Conquistadores se sentissem em casa. A marcha do marcador cedo retirou qualquer restia de esperança aos adeptos locais e assim a superioridade dentro das 4 linhas transbordou até à bancada onde os cânticos de apoio ao Belenenses era cada vez mais feitos com a voz embargada pela emoção e pela certeza de mais um título Nacional conquistado.

O jogo acabou em festa e esta continuou para as imediações do pavilhão e para os balneários onde toda a gente que não jogou foi "convidada" para um banho forçado. Algum tempo depois o convívio entre os jogadores e os adeptos era de tal ordem que já não era possivel saber quem era atleta e quem era adepto pois a forma como os Conquistadores festejaram o título com a Furia e demais Belenenses parecia que todos eram azuis desde pequeninos.

A festa continuou rumo a Lisboa com os autocarros a sairem juntos, só a sairem porque o da malta andava pelo menos a menos 30 km/hora que o dos jogadores, com novo encontro marcada para o jantar que decorreu na Mealhada e onde continuaram as vivas aos Campeões. A chegada a Lisboa deu-se por volta das 2h da manhã e segundo sabemos a festa ... continuou.

No decorrer desta semana publicaremos aqui no Belém até Morrer um diário desta Conquista com histórias incriveis e declarações exclusivas feitas pelos jogadores, técnicos e Dirigentes. A não perder.

DaSilva 69