Belenenses vence em Odivelas

Em mais um jogo de preparação, o Belenenses venceu o Odivelas por 2:0, com golos de João Paulo Oliveira e Júnior Negão.

A três dias do jogo de apresentação, o Belenenses deslocou-se a Odivelas com o objectivo de dar mais minutos ao plantel. De facto, não se pode falar em ensaio geral para a partida de Sábado frente ao Espanhol. Casemiro optou por fazer alinhar um 11 algo diferente do ideal em termos teóricos, nomeadamente no meio-campo. A baliza foi ocupada por Assis, alinhando no eixo defensivo Rodrigo Arroz e Carciano. dada a ausência de Cândido por precaução, Baiano e China foram os laterais. O losango do meio-campo foi composto por Gavillan, Maykon, Mano e André Almeida, ficando o ataque entregue a Marcelo e a João Paulo Oliveira.

Tratou-se de uma primeira parte muito agradável, jogada a um ritmo relativamente vivo tendo em conta o momento precoce da época. O trio de centro-campistas revelou mais disponibilidade física relativamente aos jogadores que alinharam na Reboleira, algo que se reflectiu de imediato na qualidade do jogo. Casemiro Mior gostou certamente do que viu, ou seja, dois médios interiores muito dinâmicos - Maykon e Mano - e um jovem de apenas 17 anos com muita personalidade a pautar todo o jogo belenense. De facto, André Almeida revelou-se enquanto uma agradável surpresa, afirmando claramente ao técnico azul que pode contar com ele.

Alias o primeiro golo belenense, apontado por João Paulo Oliveira aos 15 minutos de jogo, ilustra claramente o que foi a partida nos primeiros 45 minutos: médios interiores muito pressionantes, neste caso Mano que muito subido efectua um excelente passe nas costas do lateral esquerdo do Odivelas; grande mobilidade de André Almeida que teve força e engenho para ir até à linha final e assistir magnificamente João Paulo para um golo colectivo de belo efeito.

O Belenenses jogava bem, tinha posse de bola, e dominava quase completamente as operações a meio-campo. Dispôs de 6 cantos e rematou em 7 ocasiões à baliza adversária no decorrer dos primeiros 45 minutos. André Almeida podia mesmo ter inscrito o seu nome nos marcadores da partida: desenrolava-se o minuto 33 quando Maykon, descaído para a esquerda faz um passe de ruptura que encontra o jovem internacional na grande área, que com classe faz o que quer de um central da turma da casa e remata com muito perigo.

O intervalo chegou após um cabeceamento muito perigoso de João Paulo depois de livre de Maykon.

E foi tudo. No decorrer dos segundos 45 minutos a bola foi quase sempre muito mal tratada, regressando o Belenenses ao futebol monótono e cansado da Reboleira. Mior fez entrar nas 4 linhas Júlio César, uma nova dupla de centrais - Vanderlei e Matheus - Alício para o lugar de Gavillan, Vinicius por troca com Mano e Roncatto para o lugar de Marcelo.

Cinco novos jogadores de campo, cinco más exibições. Consequência, o ataque perde o relativo dinamismo da primeira parte, o meio-campo deixa de produzir futebol ofensivo e capacidade de pressing, e a defesa revela-se simplesmente desastrada, nomeadamente o pesado Matheus, e em menor escala Baiano, já visivelmente sem capacidade física. O Odivelas vê-se subitamente com posse de bola e, apesar de praticar um futebol sobretudo físico e sem grandes adornos, passa a acreditar que pode empatar. Esteve relativamente próximo de o fazer à passagem do minuto 68, mas a bola passou ligeiramente por cima na barra da baliza defendida por Júlio César. Entretanto a dança das substituições tinha já (re)começado, entrando Silas e Zé Pedro para os lugares de André Almeida e China (Maykon recuou para lateral esquerdo) aos 19 minutos e Júnior Negão por troca com João Paulo 3 minutos volvidos. Pouco depois verificou-se a estreia de Sérgio Organista com a camisola do Belenenses, saindo Baiano.

O segundo golo belenense acaba por surgir sem que nada o anunciasse, tento quase digno que figurar nos apanhados tal foi o brinde da defesa (guarda-redes incluído) da casa, acabando por ser Júnior a empurrar para a baliza deserta: 0:2 aos 35 minutos. No minuto seguinte, Fredy substitui Roncatto.

Até ao final o Odivelas teve o seu melhor período do jogo, não marcando por mera infelicidade. Na melhor oportunidade, um avançado da casa, isolado perante Júlio César, tenta o chapéu mas a bola sai ligeiramente por cima.

Filme do Jogo:

9´- O jogo começou num excelente ritmo, e na sequência do terceiro canto que dispôs o Belenenses esteve próximo do golo, mas o cabeceamento de Gavillan passa um pouco por cima da barra.
14' - Primeiro remate do Odivelas, muito longe do alvo.
15´- Golo do Belenenses. Servido por Mano, André Almeida ganha a linha e assiste João Paulo na perfeição.
21´ - Remate Longínquo de Mano à figura do guardião local.
23´ - Remate de China para as nuvens.
29´- Boa jogada de envolvimento do Belenenses, com Marcelo a ganhar a linha sobre o lado esquerdo. O cruzamento todavia não encontra João Paulo e André, que ao centro preparavam-se para marcar.
33´- André Almeida fica perto do golo após passe de Maykon, mas atira ligeiramente por cima.
40´- Raro lance de perigo do Odivelas, após falta não assinalada sobre Mano. Todavia, Carciano é mais rápido e desfeita o avançado da casa quando este, já dentro da grande área, se preparava para rematar com muito perigo.
41´- Remate de Marcelo ao lado.
44´- Livre marcado por Maykon que João Paulo responde com um cabeceamento quase vitorioso.
48´- Livre muito perigoso, mas a bola passa por cima da baliza defendida por Júlio César.
49´- Maykon, na conversão de livre directo, remata forte mas por cima.
64´- Remate muito por cima de China.
66´- Vinicius é derrubado dentro da área mas o arbitro nada assinala.
68´- Novo livre perigoso para o Odivelas, mas a bola não passa a barreira belenense. Na sequência do lance verifica-se novo remate mas a bola passa um pouco acima da barra.
80´- Segundo golo do Belenenses, após falha incrível da defesa e do guarda-redes do Odivelas. Negão remata para a baliza deserta após primeiro remate de Roncatto que um central tira da direcção da baliza.
84´- Livre directo à figura de Júlio César.
86´- Odivelas perto do golo, mas o chapéu a Júlio César sai alto.