Belenenses derrotado no Restelo: 2:3 frente ao boavista.

Em jogo a contar para a 22ª jornada da liga portuguesa de futebol o Belenenses foi batido em sua casa pelo boavista por 2:3.

Tratou-se da primeira vitória dos axadrezados fora do Bessa. Os azuis do Restelo, por sua vez, perdem pela terceira vez no seu reduto, tratando-se da segunda derrota consecutiva na condição de visitado - 1:3 face ao Marítimo. Sendo assim, o Belenenses perdeu a oportunidade de ascender à 5ª posição da tabela por troca com o sporting.

Não obstante, o Belenenses entrou no jogo com todo o fulgor, realizando 20 minutos de grande qualidade. Logo aos 7 minutos os azuis poderiam ter inaugurado o marcador através de Silas: remate forte de fora da área para defesa difícil de Jehle, tendo sido a recarga desperdiçada por Weldon.

O Belenenses mandava completamente no jogo, acabando mesmo por marcar à passagem do 15º minuto: Silas, sobre a esquerda, factura após jogada confusa.

Volvidos 5 minutos o Belenenses podia ter feito o segundo, mas Jehle defende um remate perigoso de Roncatto.

O Belenenses jogava bem, mas acabou por ser o boavista a empatar quando nada o fazia crer. Excelente remate de Jorge Ribeiro que ressalta na barra para dentro da baliza.

Tentando contrariar a injustiça no marcador, Hugo Alcântara progrediu pelo terreno quando estavam decorridos 31 minutos de jogo, rematando forte com a bola a passar muito perto do poste esquerdo de Jehle.

O boavista havia já equilibrado as operações, acabando mesmo por marcar novamente à passagem do minuto 38: canto na direita de Jorge Ribeiro que Luís Loureiro acede de cabeça, sem marcação, ao segundo poste. Júlio César pareceu mal batido, visto ter deixado a bola sobrevoá-lo dentro da pequena área.

Culminando o bom espectáculo que se registou no decorrer dos primeiros 45 minutos, Weldon restabeleceu o empate e alguma justiça no marcador. Cabeceamento do brasileiro ao segundo poste após canto marcado da direita por Zé Pedro.

Para os segundos 45 minutos Jorge Jesus substitui Gabriel Gomez por Marco Ferreira, mas mais uma vez o médio português não aproveitou a oportunidade.

Ainda assim, o Belenenses reentrou novamente dominador, empurrando o boavista para a seu meio campo defensivo.

Os azuis revelavam-se perigosos, acabando mesmo Roncatto por ser derrubado dentro da grande área por Moisés aos 53 minutos. Elmano Santos fez vista grossa, e na sequência do lance Zé Pedro remata para golo mas a bola embate de encontro a um defesa axadrezado.

Tal como havia sucedido na 1ª parte é o boavista que acaba por ter a sorte do jogo, marcando novamente depois de Cândido Costa ter introduzido a bola na sua própria baliza.

Com 30 minutos para jogar o Belenenses correu atrás do prejuízo, mas não era claramente a noite dos azuis. Perante um boavista praticamente acampado no seu meio campo defensivo, o Belenenses poderia ter empatado em diversas ocasiões, sendo Zé Pedro um dos mais activos. O número 11 belenense atirou por alto aos 75 minutos, naquela que foi a melhor jogada de todo o encontro.

Jorge Jesus manteve-se estranhamente inactivo no banco, alterando a equipa somente aos 77 minutos. Entradas de Jankauskas e João Paulo Oliveira para os lugares de Roncatto e Ruben Amorim.

O Belenenses arriscava tudo, mas a infelicidade continuava a perseguir os seus jogadores. Primeiro foi João Paulo Oliveira, em duas ocasiões seguidas, a rematar contra Jehle, depois foi Zé Pedro a atirar à barra na conversão de um livre directo. Pelo meio, aos 85 minutos, o Belenenses reclama nova grande penalidade após Weldon ter sido carregado por Mateus, mas o arbitro madeirense mandou jogar.

O jogo mais directo do Belenenses acabou por não dar frutos, mantendo-se a maldição boavisteira no Restelo.

Comentando a vitória injusta do boavista, Jorge Jesus considerou que o Belenenses realizou "45 minutos de grande qualidade técnica e posicional. Merecíamos ter chegado ao intervalo a ganhar, mas o futebol é assim. Fomos sempre mais equipa, actuámos nos limites do risco, mas não tivemos sorte. Quando sofremos o terceiro golo, num lance infeliz do Cândido Costa, tudo ficou mais complicado. Tivemos de subir no terreno e, dessa forma, dar espaço para os rápidos contra-ataques do Boavista. Jogámos sempre o máximo. Queríamos entrar nos cinco primeiros, mas não vamos desistir. No próximo jogo queremos regressar às vitórias".

A sorte, no entender do treinador belenense, também não esteve com a sua equipa: "Nós fizemos tudo para ganhar, mas eles foram felizes. Quem ganha... merece sempre, mas o Boavista foi mesmo contemplado com a sorte do jogo".

Golos Azuis.