E na Alemanha foi esta a imagem que tiveram do Restelo...
No site oficial do Bayern de Munique (http://www.fcbayern.t-com.de/es/news/news/2007/13609.php?fcb_sid=494a79f8b44f296c536f72561049f253), o ambiente que os alemães viveram no Restelo é descrito do seguinte modo:
"No final do encontro ficou claro porquê custou tanto ao entrar no jogo. Segundo afirmou Rummenigge havia um ambiente «algo estranho» no Estádio do Restelo, que somente registou uma presença de 7000 espectadores pagantes. «Às vezes é perigoso jogar num estádio vazio porque dá a impressão de que se está jogando uma partida amigável. Não se sente a mesma tensão e alguns jogadores relaxam-se», explicou Hoeness.
«Dava a impressão de que estávamos a jogar uma partida amigável no Algarve. Não foi fácil concentrar-mo-nos ao máximo», reconheceu também Hitzfeld".
Finalmente Hoeneß, referindo-se aos jogos da fase de grupos, afirma «não acreditar que irão jogar qualquer jogo fora de casa perante uma assistência que não seja a lotação dos estádios.»
Tratar-se-ão estes comentários de palavras duras e pouco respeitosas para com um adversário? Reflectirão a arrogância e a sobranceria patológica dos alemães? Sim e sim, o que não significa que não seja verdade tudo o que foi afirmado pelos dirigentes, técnicos e jogadores bávaros.
7000 (talvez, no máximo, 8000) espectadores num jogo como o que foi vivido ontem no Restelo só não assume contornos vergonhosos para quem, tal como nós belenenses, está habituado a assistências caseiras na ordem das 2000/2500 pessoas.
Para compreendermos um pouco a perspectiva alemã, podemos dar como exemplo os 58.000 espectadores do Munique 1860 face ao St. Pauli, jogo da segunda divisão alemã que se disputou na Alienz arena quando ainda nos encontrávamos em Munique.
No jogo do Belenenses em Munique estavam presentes 64.000 pessoas, sendo o bilhete mais barato para não sócios do Bayern de 25 euros. No Restelo este era de 30 euros (20 euros para os acompanhantes de sócio). Ou seja, os bilhetes mais baratos no Restelo para os adeptos eram 5 euros superiores aos praticados em Munique - e isto sem ter em conta a enorme diferença salarial entre os alemães e os portugueses.
Assim, a bancada dos sócios belenenses (que pagavam 10 euros) esteve muito bem composta (5.500 a 6.000 pessoas), ao contrário do restantes bancadas - a superior norte, por exemplo, não contava com mais do que 100/150 espectadores.
Se éramos bons mas bons? Sem dúvida que sim, tendo o nome do Belenenses ecoado forte praticamente no decorrer dos 90 minutos - merecida palavra de apreço tem que ser referida aqui em relação à Fúria Azul, que por pagar bilhete não deixou de se fazer representar por cerca de 400 elementos.
Não obstante, a oportunidade mais uma vez foi desperdiçada, sendo difícil de imaginar no futuro próximo um momento mais propício para ter uma "casa cheia" ou próximo disso.
A política de preços para o jogo foi a mais adequada em relação à realidade belenense e portuguesa? Evidentemente que não, e (quase) todos percebemos isso desde o primeiro dia - até Jorge Jesus o afirmou na conferência de imprensa da véspera do jogo.
Terminamos dando os parabéns a todos os presentes (dentro e fora das 4 linhas): souberam dignificar o nome e a história do Belenenses - quanto aos ausentes (que foram o verdadeiro problema ontem) esperamos que rapidamente regressem (lhes sejam dadas condições para...) ao seio da família belenense.
"No final do encontro ficou claro porquê custou tanto ao entrar no jogo. Segundo afirmou Rummenigge havia um ambiente «algo estranho» no Estádio do Restelo, que somente registou uma presença de 7000 espectadores pagantes. «Às vezes é perigoso jogar num estádio vazio porque dá a impressão de que se está jogando uma partida amigável. Não se sente a mesma tensão e alguns jogadores relaxam-se», explicou Hoeness.
«Dava a impressão de que estávamos a jogar uma partida amigável no Algarve. Não foi fácil concentrar-mo-nos ao máximo», reconheceu também Hitzfeld".
Finalmente Hoeneß, referindo-se aos jogos da fase de grupos, afirma «não acreditar que irão jogar qualquer jogo fora de casa perante uma assistência que não seja a lotação dos estádios.»
Tratar-se-ão estes comentários de palavras duras e pouco respeitosas para com um adversário? Reflectirão a arrogância e a sobranceria patológica dos alemães? Sim e sim, o que não significa que não seja verdade tudo o que foi afirmado pelos dirigentes, técnicos e jogadores bávaros.
7000 (talvez, no máximo, 8000) espectadores num jogo como o que foi vivido ontem no Restelo só não assume contornos vergonhosos para quem, tal como nós belenenses, está habituado a assistências caseiras na ordem das 2000/2500 pessoas.
Para compreendermos um pouco a perspectiva alemã, podemos dar como exemplo os 58.000 espectadores do Munique 1860 face ao St. Pauli, jogo da segunda divisão alemã que se disputou na Alienz arena quando ainda nos encontrávamos em Munique.
No jogo do Belenenses em Munique estavam presentes 64.000 pessoas, sendo o bilhete mais barato para não sócios do Bayern de 25 euros. No Restelo este era de 30 euros (20 euros para os acompanhantes de sócio). Ou seja, os bilhetes mais baratos no Restelo para os adeptos eram 5 euros superiores aos praticados em Munique - e isto sem ter em conta a enorme diferença salarial entre os alemães e os portugueses.
Assim, a bancada dos sócios belenenses (que pagavam 10 euros) esteve muito bem composta (5.500 a 6.000 pessoas), ao contrário do restantes bancadas - a superior norte, por exemplo, não contava com mais do que 100/150 espectadores.
Se éramos bons mas bons? Sem dúvida que sim, tendo o nome do Belenenses ecoado forte praticamente no decorrer dos 90 minutos - merecida palavra de apreço tem que ser referida aqui em relação à Fúria Azul, que por pagar bilhete não deixou de se fazer representar por cerca de 400 elementos.
Não obstante, a oportunidade mais uma vez foi desperdiçada, sendo difícil de imaginar no futuro próximo um momento mais propício para ter uma "casa cheia" ou próximo disso.
A política de preços para o jogo foi a mais adequada em relação à realidade belenense e portuguesa? Evidentemente que não, e (quase) todos percebemos isso desde o primeiro dia - até Jorge Jesus o afirmou na conferência de imprensa da véspera do jogo.
Terminamos dando os parabéns a todos os presentes (dentro e fora das 4 linhas): souberam dignificar o nome e a história do Belenenses - quanto aos ausentes (que foram o verdadeiro problema ontem) esperamos que rapidamente regressem (lhes sejam dadas condições para...) ao seio da família belenense.
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