Quiosque Azul



A Imprensa Desportiva de hoje dá naturalmente destaque ao regresso do Grande Belenenses aos Torneios Internacionais e à vitória em Casablanca.

Notícia publicada no Jornal "A Bola":

"Belenenses Rei em Marrocos"

O Belenenses conquistou o Torneio de Casablanca ao derrotar os tunisinos do African Club por 2-0, na final da prova que homenageia o aniversário do príncipe herdeiro do rei Mohamed VI.

A equipa do emblema da Cruz de Cristo venceu com golos apontados por José Pedro e Mendonça, na primeira e segunda parte, respectivamente.

José Pedro foi eleito o melhor jogador do torneio.

Recorde-se que o Belenenses se apurou para a final de hoje após vencer, na passada sexta-feira, uma equipa mista do WAC e do Raja Casablanca, por 1-0 (golo de João Paulo).

Notícia publicada no Jornal "Record":

Mais um troféu para o Restelo
CLUB AFRICA DERROTADO (0-2) EM CASABLANCA


O Belenenses venceu hoje o Torneio de Casablanca, ao derrotar por 2-0 os tunisinos do Club African, e viu ainda José Pedro ser eleito o melhor futebolista da prova marroquina, de preparação para a época 2007/08.

No Estádio Mohammed V, o Belenenses coemçou impondo o seu jogo e, aos 33 minutos, o médio José Pedro abriu a contagem, resultado que se fixou nos 2-0 em cima do minuto 90, por intermédio do reforço Mendonça (ex-Varzim).

Terça-feira, o Belenenses defronta o Atlético, na Tapadinha, (17 horas), em mais um jogo de preparação.

Notícias publicadas no Jornal "O Jogo":

Experiência foi um posto

A experiência – ou a falta dela – acabou por ser um factor determinante na definição do vencedor do Torneio Moulay El Hassan, em Marrocos. A consistência defensiva revelada pela defesa e meio-campo do Belenenses no encontro da meia-final não se repetiu, e, a espaços, os azuis do Restelo não se livraram de alguns calafrios, que só não se tornaram fatais devido a alguma ingenuidade da formação tunisina.

A velocidade dos avançados da formação africana foi mesmo o principal problema colocado à defesa lusa, que teve algumas dificuldades em travar os ataques do oponente sempre que este colocava bolas em profundidade nas suas costas. Jesus percebeu que a virtude tunisina era igualmente o seu maior defeito e agiu: recuou ligeiramente o seu bloco defensivo e apostou na procura dos espaços deixados pelos laterais contrários, que, devido a um deficiente rigor táctico, só conheciam a palavra atacar. E assim criou mais perigo. Conquistou mais faltas, cantos e efectuou mais remates. Foi precisamente após um pontapé de canto estudado que José Pedro, eleito o melhor jogador do torneio, começou a decidir o jogo. Um grande golo, que contou com a ingenuidade de Abdel Nevzi.

Se o Belenenses terminou o primeiro tempo com claro ascendente sobre o oponente, o segundo parcial foi totalmente dominado pelo African Club. Teve as melhores oportunidades, foi mais agressivo, em suma, esteve melhor. Defender, então, foi verbo colocado em prática pelos azuis, que, num rápido contra-ataque, resolveram o jogo em cima do apito final.

African Club 0 - Belenenses 2

Estádio | Mohamed V | Casablanca, Marrocos
Árbitro | El Achir Abdellah

African Club
Abdel Nevzi; Bargougui, Hichri, Garzoul e Werhui; Wertaui, Yahin, Khrichif e Karim; Geriami e Bragera;
Jogaram ainda: Bachtobji, Sorro, Macher, Aouichaoui e Helmi.
T Abdelhak B. Cheikha

Belenenses
Marco; Amaral, Rolando, Gonçalo Brandão e Rodrigo Alvim; Rúben Amorim, Hugo Leal, José Pedro e Silas; Roncatto e João Paulo Oliveira;
Jogaram ainda: Fernando, Gabriel Gomez, Muñoz, Rafael Bastos e Mendonça.
T Jorge Jesus


Ao intervalo [0-1]
Marcadorex [0-1] José Pedro 32'; [0-2] Mendonça 90’;
Cartões Amarelos
Rodrigo Alvim,23’e Mendonça, 85’.

Jorge Jesus
“Vitória dedicada ao presidente”


“Sabemos que, para Portugal, este triunfo pouco ou nada conta, mas o torneio foi transmitido para vários países árabes e demos uma boa imagem de Portugal, do nosso futebol e, claro, do Belenenses” – foi desta forma que Jorge Jesus abordou o triunfo no Torneio Moulay El Hassan, que dedicou ao presidente do clube, Cabral Ferreira. “Esta vitória é dedicada ao presidente, que, por motivos de saúde, não lhe foi possível estar com a equipa.”

Quanto ao estado da equipa, Jesus afiançou que a mesma “ainda não se encontra no seu melhor”, mas que, em termos defensivos, “esteve em grande nível”.

Por sua vez, José Pedro, considerado o melhor jogador do torneio, referiu: “Ainda estou abaixo daquilo que posso fazer. Estou feliz por ter conquistado os dois troféus.”

OS NOVOS DO BELENENSES

Hugo Leal
BEM NO PASSE

Actuou como médio-interior-direito e teve de puxar mais pelo físico. Nem sempre conseguiu dar a profundidade de jogo de que a equipa necessitava ao seu flanco. A qualidade ao nível do passe esteve nos padrões habituais e não vacilou, tendo endossado a bola aos colegas quase sempre em boas condições.

Roncatto
ESFORÇADO

Pode ser um caso sério na equipa dos azuis. Corre que se farta, luta, tem técnica e sobretudo é inteligente na forma como se movimenta. Ontem, foi infeliz nos momentos de finalizar, mas o facto de ter procurado incessantemente o espaço vazio e a melhor forma de desequilibrar tornou a sua exibição positiva.

João Paulo
APAGADO

Lutar e correr até não mais poder por vezes não chega. Faltou-lhe bola para criar perigo, apesar de se ter mostrado abnegado sempre que foi necessário pressionar os defesas contrários.

Gabriel Gómez
PRÁTICO

Reforçou e bem o sector intermediário. Deu-lhe força, garra e determinação sem nunca hesitar no momento de despachar a bola e afastar o perigo da sua baliza.

Muñoz
DESENQUADRADO

Uma ou duas arrancadas em velocidade, mas foi muito pouco para quem traz credenciais internacionais.

Rafael Bastos
AUSENTE

Entrou para conferir maior qualidade de passe à equipa, actuando na posição dez, mas a verdade é que raramente conseguiu pegar no jogo.

Mendonça
ESQUECIDO

Foi chamado à equipa para liderar os contragolpes, e o estilo de jogo estava a seu jeito. Marcou um bom golo, na sequência de um contra-ataque rápido, e mostrou que é uma forte opção.

Rei ausente da final

O rei de Marrocos, Mohamed VI, não esteve presente na final do torneio – que se disputou sobre intenso calor – que homenageia o seu filho de três anos, Moulay El Hassan, e foi substituído pelo presidente da Câmara de Casablanca, Kebbajnohaned Mohamed. Antes da final, o misto de jogadores do WAC e Raja de Casablanca, orientado por Nelo Vingada, conquistou o terceiro lugar da prova, ao vencer a selecção dos Camarões por 2-1, num encontro que, tal como a final, teve pouca assistência, apesar da animação musical proveniente do relvado.