MUITO MAIS QUE 90 MINUTOS

A contagem decrescente começou. Faltam 3 dias para a Final da Taça de Portugal!

É verdade! No entanto, em outro sentido é completamente errado! A Final já começou e deve continuar pelos dias, semanas e meses fora!

Passamos a explicar. É um grande erro pensar que a final são 90 minutos e 22 jogadores. Para o Belenenses é uma grande oportunidade de ganhar um troféu importante, claro. Mas é só isso que está em causa? Não, mil vezes não! Se acharmos que é só isso, voltaremos a repetir um grande equívoco.

Mais do que ganhar um troféu, esta é a oportunidade de relançar o Belenenses, de voltar a ter ambição, e de projectar a imagem do clube. Essa imagem tem que ser a de um clube popular, enorme, com imensos adeptos, em todo o Portugal e não só; e de um clube carregado de glórias, que tem vivido momentos piores, mas que quer resistir e quer voltar a afirmar-se; de um clube que não fez agora um fogacho e se julga o maior, como outros que sabemos, mas que tem peso, tem tradição, tem raízes fortes, tem implantação social, tem factos e números que não enganam quanto à sua grandeza!

Por isso a festa já começou ou pelo menos já devia ter começado. Falem do Belenenses, falem que estão presentes, que vão estar, que vão vir, de onde vêm, munam-se de tudo quanto é azul, adiram às iniciativas, dêem-lhe força, escrevam que vão apoiar e participar (vejam e comentem aqui, no blog que pusemos em destaque, ou em todos os espaços azuis), ajudem quem está a trabalhar (como a Fúria Azul), e mostrem que existimos e que somos muitos.

A festa não é só comer e beber com uns amigos nas matas do Jamor. É fazer tudo para que se repare que há uma nação belenenses, orgulhosa de si mesma, que não tem que pedir licença para estar nos grandes palcos, porque sempre foi e há-de ser grande. É encher o estádio, as imediações do estádio, Lisboa e Portugal de azul e do nosso símbolo. è mostrar que vêm camionetas e carros cheios de azuis de todo o lado. É ir em grupo para o Estádio. É entrar cedo no estádio para que, ao fazerem o reconhecimento, os jogadores virem quantos estamos ali cheios de querer. É deixar o comodismo por uns dias e devolver a alegria e o orgulho aos Belenenses!

Se ganharmos, temos que fazer nessa noite uma festa enorme, que se veja, que mesmo com os habituais boicotes, mostre como somos grandes e populares. Temos que encher a Praça Mouzinho de Albuquerque e talvez o Restelo, temos que buzinar e festejar e acenar bandeiras e cachecóis por todo o lado. Não se esqueçam: as pessoas querem ser do que tem cor, alegria, festa, vida, vibração. Só os masoquistas preferem os enterros!

Se fizermos festa antes e depois (depois, se ganharmos, claro), uma festa grande, podem ter a certeza que chamaremos de volta mais adeptos adormecidos e que voltará a haver crianças a querer ser do Belém!

Mas nos dias e semanas a seguir, a Taça continua! É verdade! Se perdermos, é importante cerrar os dentes, e pensar que tem que ser para o ano; é importante readquirirmos o gosto pelo desafio, gostar de tentar, de ousar, de ser rival. Perdemos? Ficamos triste mas lutámos por um título; se continuarmos a lutar, haveremos de ganhar!

E se a Taça for nossa? Então, não pode ser o fim mas o começo. Não nos acomodemos, não pensemos que melhor que isto não podemos fazer, não vamos fazer a figura dos pobrezinhos que ficaram contentinhos. Se pensarmos assim, voltaremos a ter 18 ou mais anos de jejum com grande probabilidade. Não, temos é que pensar: foi boa a festa, mas queremos mais e maiores festas – isto é apenas o recomeçar.

Por isso, o jogo já começou e vai durar semanas. Todos os belenenses foram convocados, todos podem e devem jogar…estamos à espera de quê?