Artigo de Opinião: Dady Gol!
Eduardo Fernando Gomes, ou melhor, Dady, é, na opinião do Belém até Morrer, a grande revelação azul da presente época.
Nascido em Lisboa no dia 13 de Agosto de 1981, Dady – actualmente com 25 anos – passou grande parte da sua carreira representando clubes de divisões inferiores. Assim, representou o Aldenovense – pequeno clube do concelho de Serpa – em 2001/02, transitando seguidamente para o Odivelas onde permaneceu três temporadas: de 2002/03 a 2004/05.
Depois de marcar, Dady permanece no 11 azul sem surpresa, mas nova derrota – desta feita com a União de Leiria – empurram-no novamente para o banco. Seguem-se 2 jogos, e 2 derrotas, nos quais Jesus falha claramente nas opções iniciais: no Restelo frente ao Leiria, com Pinheiro e Roma no 11, e ainda mais flagrantemente no jogo da Amadora da 10ª jornada – pequena revolução no 11 que engloba as entradas a titular de Faísca, Manoel e Fábio Januário e a ausência de um trinco com características defensivas; este lugar é ocupado por Ruben Amorim, verificando-se ainda o recuo de Zé Pedro. Nova chamada a titular de Manoel no jogo com o Porto, desta vez acompanhado por Roma.Na derrota na Amadora, Dady não actua sequer, permanecendo no banco.
Segue-se o Porto no Restelo, e novamente Dady é remetido para a condição de suplente utilizado – 17 parcos minutos em campo.
Os primeiros 11 jogos da liga constituíram o período de experimentação de Jesus, ou se se quiser, o período no qual o timoneiro azul desconhecia ainda em parte o real valor dos jogadores à sua disposição.Fruto desta realidade, Jesus efectuou diversas experiências que, como experiências que são, ofereceram poucas garantias de êxito.
Neste período, Dady alterna a condição de titular – 5 jogos – com a condição de suplente: 5 jogos, nos quais não actua sequer em 2. Marca um só golo, e continua a não convencer completamente a massa adepta azul.
Mas depois de 11 jornadas muito fracas – 11 pontos e 12º lugar da classificação – Jesus entende ser tempo de acabar de vez com as experiências: Manoel é definitivamente afastado do 11 (e posteriormente do plantel) que assume finalmente as características actuais: dois triângulos no meio-campo e no ataque, compostos, respectivamente, por Sandro G., Ruben Amorim e Zé Pedro e por Silas, Cândido Costa e Dady.
O Belenenses, portanto, deslocava-se a Aveiro numa situação incómoda, mas Dady, de regresso aos titulares, factura o seu segundo golo ao serviço dos Azuis do Restelo e ajuda a equipa a somar os três pontos – resultado final de 2:1.
Seguem-se 3 jornadas (Braga, Marítimo e Benfica) nas quais Dady é titular. Apesar das vitórias frente aos 2 primeiros, o cabo-verdiano de Lisboa não factura e vê-se, frente ao Sporting, novamente relegado para o banco – actua durante 30 minutos.
Seguem-se 8 jogos para a liga até ao momento, nos quais Dady foi sempre titular (indiscutível com o passar dos jogos).
E um goleador improvável revelou-se finalmente, dando mostras de uma qualidade futebolística que poucos acreditavam que tivesse!!!
Vários factores contribuíram para esta realidade. Antes de mais, a confiança que finalmente Jesus passou a depositar em Dady. Em segundo lugar, o facto do Belenenses no geral atravessar uma excelente fase, com a maioria dos jogadores a subir de forma. E finalmente surgiu o factor… Garcés!
Coincidência ou não (no futebol não existem muitas…) a entrada do panamiano na equipa ajudou – claramente em nossa opinião – à revelação de Dady enquanto goleador.
Atentemos a estes dados: nos últimos 7 jogos da liga, Dady facturou em 5 ocasiões, tendo ficado em branco em duas – Académica e Boavista. Acontece que Garcés não jogou nestas duas últimas partidas. Nas restantes 5, nas quais Dady marcou, Garcés actuou a titular em 4, tendo sido suplente utilizado em Paços de Ferreira. Também neste encontro Dady facturou… só depois de Garcés se encontrar nas 4 linhas!
Concluindo, Dady leva somados 7 golos em 21 jogos, 5 dos quais nas últimas 7 partidas – necessita, em média, de 212 minutos para marcar um golo; 1 golo a cada 126 minutos nos últimos 7 jogos. É o segundo melhor marcador azul, e o 7º da liga – o melhor Belenense se exceptuarmos os penaltis (Zé Pedro já converteu 2).
Dady tem-se revelado um jogador com uma técnica acima da média em jogadores da sua estatura (1,91m.), fazendo da velocidade e da mobilidade a sua arma predilecta. Em termos posicionais tem evoluído imenso, tendo aprendido a jogar com a linha de fora de jogo. Possui capacidades atléticas excepcionais mas, apesar de ser alto, não é bom cabeceador, sendo este um aspecto a melhorar.
Beneficia imenso do esquema de jogo que englobe um segundo ponta de lança.
Nascido em Lisboa no dia 13 de Agosto de 1981, Dady – actualmente com 25 anos – passou grande parte da sua carreira representando clubes de divisões inferiores. Assim, representou o Aldenovense – pequeno clube do concelho de Serpa – em 2001/02, transitando seguidamente para o Odivelas onde permaneceu três temporadas: de 2002/03 a 2004/05.
Na época passada teve a possibilidade de representar um clube de maior dimensão, o Estoril e, após a abertura do mercado de Inverno, alcança finalmente a primeira Liga ao assinar pelo nosso Belenenses. A sua contratação não foi, nem pouco mais ou menos, ansiada pelos associados azuis. Muito pelo contrário. Imediatamente fizeram-se ouvir vozes discordantes que consideravam que o jogador não tinha qualidade suficiente para representar o clube da Cruz de Cristo.
O próprio Couceiro terá, tudo o indica, pensado o mesmo.
Ainda assim, Dady estreou-se pelos Azuis do Restelo à 18º jornada. Prova de fogo, visto que o adversário era, nem mais nem menos, o Sporting. Não se tratou de uma estreia auspiciosa. Aliás, dificilmente poderia ter sido visto que Dady alinhou somente durante 13 curtos minutos.
Os restantes jogos da temporada, não obstante os maus resultados, não foram muito diferentes: poucas vezes utilizado e sempre na condição de suplente. Numa única ocasião jogou durante mais de 20 minutos, actuando 39 minutos no jogo da 24ª jornada frente à Naval.
Na fase decisiva da época não foi praticamente utilizado – somente 14 minutos dentro das 4 linhas (no fatídico jogo de Barcelos) - nas últimas 5 partidas.
Enquanto jogador azul, Dady teve portanto uma época de 2005/06 para esquecer, sendo muitas vezes preterido perante jogadores de qualidade mais do que duvidosa, como por exemplo Ceará.
Actuou em apenas 9 jornadas, durante as quais somou 141 minutos em campo – média de apenas 15,6 minutos por jogo – durante aos quais actuou preferencialmente pelas alas e não ao centro na posição 9.
Perante tais atenuantes foi sem grande surpresa que não marcou qualquer golo, não impressionando nem a massa adepta azul nem a imprensa desportiva.
O próprio Couceiro terá, tudo o indica, pensado o mesmo.
Ainda assim, Dady estreou-se pelos Azuis do Restelo à 18º jornada. Prova de fogo, visto que o adversário era, nem mais nem menos, o Sporting. Não se tratou de uma estreia auspiciosa. Aliás, dificilmente poderia ter sido visto que Dady alinhou somente durante 13 curtos minutos.
Os restantes jogos da temporada, não obstante os maus resultados, não foram muito diferentes: poucas vezes utilizado e sempre na condição de suplente. Numa única ocasião jogou durante mais de 20 minutos, actuando 39 minutos no jogo da 24ª jornada frente à Naval.
Na fase decisiva da época não foi praticamente utilizado – somente 14 minutos dentro das 4 linhas (no fatídico jogo de Barcelos) - nas últimas 5 partidas.
Enquanto jogador azul, Dady teve portanto uma época de 2005/06 para esquecer, sendo muitas vezes preterido perante jogadores de qualidade mais do que duvidosa, como por exemplo Ceará.
Actuou em apenas 9 jornadas, durante as quais somou 141 minutos em campo – média de apenas 15,6 minutos por jogo – durante aos quais actuou preferencialmente pelas alas e não ao centro na posição 9.
Perante tais atenuantes foi sem grande surpresa que não marcou qualquer golo, não impressionando nem a massa adepta azul nem a imprensa desportiva.
Chega entretanto a nova época. Depois do Verão quente o Belenenses fica definitivamente na primeira liga, e os associados começam a questionar-se acerca do valor do plantel.
Depois da saída de Meyong ( e com Romeu constantemente lesionado) a grande maioria dos belenenses terá considerado o plantel azul “coxo” no que dizia respeito à posição de ponta de lança. Assim, poucos acreditavam que Dady pudesse constituir uma alternativa consistente, podendo-se afirmar o mesmo em relação a Manoel.
O próprio Jorge Jesus não parecia inicialmente se encontrar convencido em relação às reais possibilidades de Dady. Assim, fê-lo actuar somente durante 5 minutos na primeira partida dos azuis – 2ª jornada frente ao Setúbal -, não actuando sequer no jogo frente a Académica.
Depois da saída de Meyong ( e com Romeu constantemente lesionado) a grande maioria dos belenenses terá considerado o plantel azul “coxo” no que dizia respeito à posição de ponta de lança. Assim, poucos acreditavam que Dady pudesse constituir uma alternativa consistente, podendo-se afirmar o mesmo em relação a Manoel.
O próprio Jorge Jesus não parecia inicialmente se encontrar convencido em relação às reais possibilidades de Dady. Assim, fê-lo actuar somente durante 5 minutos na primeira partida dos azuis – 2ª jornada frente ao Setúbal -, não actuando sequer no jogo frente a Académica.
A primeira grande oportunidade de Dady surgiu na 4ª jornada, no Restelo, frente à Naval. Actuou, pela primeira vez, como titular belenense, mas a partida terminou com um nulo.
Seguiram-se 2 derrotas azuis – Boavista e Nacional – nas quais Dady regressou ao banco como suplente utilizado – actuou, respectivamente, durante 45 e 26 minutos (no Funchal Jesus abdica novamente de Dady, e coloca um 11 sem ponta-de-lança – ataque entregue a Silas, Eliseu e Roma).
Face aos resultados negativos, Dady é novamente chamado a titular na jornada seguinte, frente ao Paços de Ferreira, jogo no qual não consegue se estrear como marcador apesar da vitória azul.
Ainda assim, merece novo voto de confiança de Jesus, e frente ao Aves – 8ª jornada – é novamente titular. E é precisamente frente aos avenses que Dady factura pela primeira vez com a cruz de Cristo ao peito. Decorria o minuto 65 do encontro quando Dady finalmente se encontra com as redes adversárias, num golo muito importante que significou três pontos preciosos para o Belenenses.
Seguiram-se 2 derrotas azuis – Boavista e Nacional – nas quais Dady regressou ao banco como suplente utilizado – actuou, respectivamente, durante 45 e 26 minutos (no Funchal Jesus abdica novamente de Dady, e coloca um 11 sem ponta-de-lança – ataque entregue a Silas, Eliseu e Roma).
Face aos resultados negativos, Dady é novamente chamado a titular na jornada seguinte, frente ao Paços de Ferreira, jogo no qual não consegue se estrear como marcador apesar da vitória azul.
Ainda assim, merece novo voto de confiança de Jesus, e frente ao Aves – 8ª jornada – é novamente titular. E é precisamente frente aos avenses que Dady factura pela primeira vez com a cruz de Cristo ao peito. Decorria o minuto 65 do encontro quando Dady finalmente se encontra com as redes adversárias, num golo muito importante que significou três pontos preciosos para o Belenenses.
Depois de marcar, Dady permanece no 11 azul sem surpresa, mas nova derrota – desta feita com a União de Leiria – empurram-no novamente para o banco. Seguem-se 2 jogos, e 2 derrotas, nos quais Jesus falha claramente nas opções iniciais: no Restelo frente ao Leiria, com Pinheiro e Roma no 11, e ainda mais flagrantemente no jogo da Amadora da 10ª jornada – pequena revolução no 11 que engloba as entradas a titular de Faísca, Manoel e Fábio Januário e a ausência de um trinco com características defensivas; este lugar é ocupado por Ruben Amorim, verificando-se ainda o recuo de Zé Pedro. Nova chamada a titular de Manoel no jogo com o Porto, desta vez acompanhado por Roma.Na derrota na Amadora, Dady não actua sequer, permanecendo no banco.
Segue-se o Porto no Restelo, e novamente Dady é remetido para a condição de suplente utilizado – 17 parcos minutos em campo.
Os primeiros 11 jogos da liga constituíram o período de experimentação de Jesus, ou se se quiser, o período no qual o timoneiro azul desconhecia ainda em parte o real valor dos jogadores à sua disposição.Fruto desta realidade, Jesus efectuou diversas experiências que, como experiências que são, ofereceram poucas garantias de êxito.
Neste período, Dady alterna a condição de titular – 5 jogos – com a condição de suplente: 5 jogos, nos quais não actua sequer em 2. Marca um só golo, e continua a não convencer completamente a massa adepta azul.
Mas depois de 11 jornadas muito fracas – 11 pontos e 12º lugar da classificação – Jesus entende ser tempo de acabar de vez com as experiências: Manoel é definitivamente afastado do 11 (e posteriormente do plantel) que assume finalmente as características actuais: dois triângulos no meio-campo e no ataque, compostos, respectivamente, por Sandro G., Ruben Amorim e Zé Pedro e por Silas, Cândido Costa e Dady.
O Belenenses, portanto, deslocava-se a Aveiro numa situação incómoda, mas Dady, de regresso aos titulares, factura o seu segundo golo ao serviço dos Azuis do Restelo e ajuda a equipa a somar os três pontos – resultado final de 2:1.
Seguem-se 3 jornadas (Braga, Marítimo e Benfica) nas quais Dady é titular. Apesar das vitórias frente aos 2 primeiros, o cabo-verdiano de Lisboa não factura e vê-se, frente ao Sporting, novamente relegado para o banco – actua durante 30 minutos.
Seguem-se 8 jogos para a liga até ao momento, nos quais Dady foi sempre titular (indiscutível com o passar dos jogos).
E um goleador improvável revelou-se finalmente, dando mostras de uma qualidade futebolística que poucos acreditavam que tivesse!!!
Vários factores contribuíram para esta realidade. Antes de mais, a confiança que finalmente Jesus passou a depositar em Dady. Em segundo lugar, o facto do Belenenses no geral atravessar uma excelente fase, com a maioria dos jogadores a subir de forma. E finalmente surgiu o factor… Garcés!
Coincidência ou não (no futebol não existem muitas…) a entrada do panamiano na equipa ajudou – claramente em nossa opinião – à revelação de Dady enquanto goleador.
Atentemos a estes dados: nos últimos 7 jogos da liga, Dady facturou em 5 ocasiões, tendo ficado em branco em duas – Académica e Boavista. Acontece que Garcés não jogou nestas duas últimas partidas. Nas restantes 5, nas quais Dady marcou, Garcés actuou a titular em 4, tendo sido suplente utilizado em Paços de Ferreira. Também neste encontro Dady facturou… só depois de Garcés se encontrar nas 4 linhas!
Concluindo, Dady leva somados 7 golos em 21 jogos, 5 dos quais nas últimas 7 partidas – necessita, em média, de 212 minutos para marcar um golo; 1 golo a cada 126 minutos nos últimos 7 jogos. É o segundo melhor marcador azul, e o 7º da liga – o melhor Belenense se exceptuarmos os penaltis (Zé Pedro já converteu 2).
Dady tem-se revelado um jogador com uma técnica acima da média em jogadores da sua estatura (1,91m.), fazendo da velocidade e da mobilidade a sua arma predilecta. Em termos posicionais tem evoluído imenso, tendo aprendido a jogar com a linha de fora de jogo. Possui capacidades atléticas excepcionais mas, apesar de ser alto, não é bom cabeceador, sendo este um aspecto a melhorar.
Beneficia imenso do esquema de jogo que englobe um segundo ponta de lança.
Por tudo isto Dady é, independentemente do que se passar até ao final da temporada, a grande revelação azul.
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