Antevisão Belém até Morrer: Leiria.
Seguem-se dois empates a uma bola, mas na época seguinte regressa novamente a influência caseira: em 2001/02 o Belenenses vence novamente no seu estádio mas perde no Magalhães Pessoa.
Contrariando a lógica que se vinha estabelecendo entre as duas turmas, na época de 2002/03 o Belenenses goleia em Leiria – 1:4 -, naquela que é a única vitória azul no Magalhães Pessoa até à actualidade, mas perde no Restelo pela primeira vez: 1:3.
Na época seguinte novos empates a uma bola, seguindo-se vitórias azuis no Restelo – 2004/05 e 2005/06 – e um empate na qualidade de visitante na época passada.
Na presente temporada, o Leiria obteve a 2ª vitória no Restelo, ao vencer por 1:0.
Concluindo, Belenenses e Leiria já se defrontaram em 23 ocasiões para o campeonato, tendo os azuis vencido 9 partidas, empatado 6 e perdido 8. Ao contrário do equilíbrio registado na totalidade das partidas, os números azuis no Magalhães Pessoa são de alguma forma penosos: 1 só vitória e 4 empates em 11 jogos realizados. Não obstante, este panorama aligeirou-se consideravelmente nas últimas 4 visitas azuis à cidade do Lis: 1 vitória e 2 empates.
Apesar do historial no Magalhães Pessoa ser favorável ao Leiria, a partida de amanhã para Liga parece pender, pelo menos a priori, para o lado dos Azuis do Restelo.
Antes de mais o Belenenses soma 37 pontos (5º classificado) contra os 31 pontos dos leirienses (8º classificados). São 6 pontos à maior que colocam claramente a pressão nos homens da casa – em caso de derrota, o Leiria fica a 9 pontos dos azuis, diferença pontual que provavelmente colocará os Leirienses definitivamente de fora dos lugares europeus.
Para além do factor classificação, o momento actual das duas equipas é muito diferente. O Belenenses encontra-se nas meias-finais da Taça de Portugal, ocupa um confortável lugar europeu na liga, e vem de uma série de jogos fantástica: 4 vitórias e um empate nas últimas 5 partidas realizadas (8 golos marcados para 2 sofridos).
Já os leirienses encontraram-se numa fase perturbada da época, tendo inclusive mudado recentemente de treinador. Nas últimas 5 jornadas não venceu – 2 derrotas e três empates – marcando somente 2 golos.
Tendo em conta o factor visitado/visitante, novamente os azuis do Restelo surgem como claros favoritos. O Leiria não tem efectuado um campeonato brilhante dentro de portas, tendo somado somente 4 vitórias em 11 jogos disputados no Magalhães Pessoa. De resto, o empate caseiro é o resultado mais habitual para os leirienses: ocorreu em 6 ocasiões. Por outro lado, o Leiria perdeu no seu reduto uma única vez até ao momento, o que revela alguma competitividade quando actua perante o seu público. Marcou somente 8 golos nesta condição e sofreu 7, ou seja, é uma equipa forte a defender e débil a atacar.
Já o Belenenses tem feito um campeonato extraordinário fora do Restelo. Leva já amealhadas 6 vitórias forasteiras, tendo perdido somente em três ocasiões. Empata pouco – em 2 ocasiões – o que revela algum sentido de risco e ambição.
Marca muito enquanto visitante, tendo já feito miséria nas redes adversárias em 15 ocasiões. Quanto aos golos sofridos encaixou 12, um número bastante bom.
Rematando pela última vez, parece-nos evidente que o Belenenses parte numa situação claramente vantajosa para a partida de amanhã, acabando o factor casa por não constituir aparentemente uma vantagem para os leirienses: muito pelo contrário. Para além dos resultados, o Magalhães Pessoa encontra-se geralmente despido de público, e aguarda-se uma grande deslocação de associados azuis à cidade do Lis.
Neste sentido, o Leiria joga amanhã grande parte do seu futuro europeu, significando uma derrota o afastamento precoce deste desígnio. Ao contrário, os azuis do Restelo, em caso de vitória, dão um passo de gigante no sentido de alcançarem uma classificação dentro dos 5 primeiros classificados. Por fim, importa dizer que o Leiria defende bem e empata muito, sendo o adversário muito difícil quando se encontra na dianteira. Será fundamental, portanto, que a baliza defendida por Marco Gonçalves se mantenha – como tem acontecido – inviolável.
Onze Belém até Morrer
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