Belenenses vs Nacional - Análise e comentários Belém até Morrer
No Sábado, frente ao Nacional, o Belenenses jogava parte importante do seu futuro da Primeira Liga. Apesar do discurso de Jorge Jesus, ele e todos os Belenenses acalentam fortes esperanças na sua equipa, nomeadamente em relação a garantir um lugar entre os 5 primeiros classificados.
O jogo era muito importante devido a vários factores: antes de mais, o Nacional é um adversário directo dos azuis e tinha vencido a turma de Belém em casa – 2:1. Por outro, tratava-se de nova oportunidade de ascender aos lugares europeus e o palco dos sonhos, tal como frente à Académica, era novamente o Restelo. Em terceiro lugar, era necessário quebrar a “maldição” dos jogos em casa e simultaneamente oferecer uma vitória ao vivo à massa adepta azul que maioritariamente não assiste aos jogos fora.
Respondendo a todos estes aspectos prévios, Jorge Jesus apresentou um 11 sem surpresas, repetindo todos os jogadores que alinharem de início no Bessa com excepção de Silas (a cumprir castigo), substituído por Garcés.
Com Sandro Gaúcho na equipa – apesar do mau jogo do porto – Jesus procurou assegurar algum equilíbrio defensivo na equipa, privilegiando a cultura defensiva e táctica do brasileiro em detrimento do maior talento ofensivo e técnico de Mancuso. O Nacional é uma equipa que marca muitos golos, sendo fundamental no plano de jogo azul a segurança defensiva e inviolabilidade das redes defendidas por Marco Gonçalves.
E assim foi.
O Belenenses entrou muito forte no jogo, e logo no primeiro minuto Amaral remata cruzado para defesa de Diego Benaglio. 4 minutos volvidos novo remate azul, desta feita através de Cândido Costa: servido por Ruben Amorim, o médio remata por cima.
O golo belenense adivinhava-se, e aconteceu aos 13 minutos: Dady passa por Ricardo Fernandes que rasteira o cabo-verdiano antes que este ficasse cara-a-cara com o guardião nacionalista. Grande penalidade que José Pedro converte com eficácia – 8 golo para o número 11 belenense.
Revelando muita tranquilidade, os azuis do Restelo continuam a mandar no jogo através de um forte pressing a meio campo que impedia o adversário – sempre muito intranquilo nos primeiros 45 minutos - de se organizar e criar verdadeiras situações de perigo. Ao invés, o Belenenses parece sempre mais próximo de ampliar a diferença de golos. Consequência disto mesmo, aos 25 minutos Garcés, servido por José Pedro, tem excelente oportunidade de se estrear a marcar para a liga mas atira ao lado. 5 minutos volvidos é Dady a visar a baliza de Diego mas o remate conduz a bola ao lado das malhas do suíço.
Apesar da evidente superioridade azul, o Nacional poderia ter chegado ao empate aos 36 minutos: Rodrigo, numa jogada de contra-ataque, corre sem opositores até à baliza mas, não acreditando na facilidade concedida desfere um remate por cima, na única oportunidade de golo dos madeirenses na primeira metade do encontro.
Sentido o perigo, os azuis carregam novamente sobre o adversário e chegam novamente ao golo à passagem do 42º minuto: Dady rebece a bola de Garcés, ultrapassa brilhantemente Ávalos e atira forte e rasteiro para o 5º golo do campeonato. A festa instala-se no Restelo e o 4º lugar – ainda que provisório – parece cada vez mais assegurado.
Perante a diferença no marcador, teria que ser o nacional a tomar em mão as despesas do jogo, bastando aos homens da cruz de Cristo controlar o encontro. Assim foi, apesar do remate madrugador – 47 minutos – de Ruben Amorim após boa jogada de entendimento com Zé Pedro.
Numa fase de domínio consentido – o nacional tinha já ganho 6 cantos quando o Belenenses bateu o seu primeiro aos 60 minutos -, os nacionalistas sobem no terreno, rematam mais às redes defendidas por Marco G. – por exemplo por Diego e Bruno Amaro à passagem dos 5 minutos de jogo – mais sem criar verdadeiro perigo. Consequentemente, perante a incapacidade nacionalista e o pragmatismo azul, o jogo perde qualidade e beleza mas o fundamental – os três pontos –, parecem já assegurados.
Com cerca de 20 minutos para jogar inicia-se a dança das substituições, com Jesus a fazer entrar Roma e Eliseu – minutos 71 e 75 – respectivamente para os lugares de Dady e Cândido Costa.
A monotonia geral com que o encontro se vinha desenrolando é quebrada momentaneamente ao minuto 76, com remates em ambas as balizas de Pateiro e depois de José Pedro, com o média azul a atirar ligeiramente ao lado.
O mote estava dado para os 15 minutos finais: o jogo nacionalista estava partido, o seu meio campo deixou de efectuar as marcações, o jogo ganhou nova vitalidade, parecendo inevitável a cereja em cima do bolo: novo golo azul.
Tal desiderato poderia ter acontecido ao minuto 80: na melhor fase do encontro para José Pedro, o médio evolui rapidamente pela esquerda e numa jogada combinada com Ruben Amorim, passa a bola ao sub-21 que remata obrigando o guardião do Nacional a defesa de recurso, com o pé.
Os jogadores azuis, nos últimos 10 minutos, pareceram ficar deslumbrados com as facilidades concedidas, e foram sempre pouco lestos quando de tratou de rematar à baliza. Pouco importava: os três pontos estavam assegurados, o 4º lugar provisório era uma realidade e a festa azul podia começar!
O cabo-verdiano esteve sempre muito bem durante todo o encontro: lutou, marcou e deu a marcar. Fruto de iniciativas pessoais muito semelhantes nas quais de desenvencilhou dos defesas adversários, Dady ganhou o penalti que deu origem ao primeiro golo da partida e marcou o segundo, o golo da tranquilidade, muito perto do intervalo. Teve poucas oportunidades para facturar mas fê-lo quando era mais necessário. Tal como na Figueira da Foz usufruiu da titularidade de Garcés, já que a mobilidade do sul-americano atraiu muitas vezes um dos centrais nacionalistas, facto que permitiu mais espaço a Dady e situações de um para um.
Nota 5!
Em discurso directo, Dady desvalorizou a actuação individual em favor do colectivo e, quando questionado sobre quantos tentos pretende ainda marcar esta época, respondeu de imediato: “Quero marcar em todos os jogos. Isso é que era bom. Se foi o meu melhor golo? Penso que fiz uma boa exibição, mas o importante mesmo foi o Belenenses vencer e ter conseguido a manutenção. O lugar na tabela? Bem, é uma posição que gostaríamos de manter e melhorar. Seria gratificante terminar o campeonato no topo. Mas o grande objectivo é chegar à final da Taça.”
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O jogo era muito importante devido a vários factores: antes de mais, o Nacional é um adversário directo dos azuis e tinha vencido a turma de Belém em casa – 2:1. Por outro, tratava-se de nova oportunidade de ascender aos lugares europeus e o palco dos sonhos, tal como frente à Académica, era novamente o Restelo. Em terceiro lugar, era necessário quebrar a “maldição” dos jogos em casa e simultaneamente oferecer uma vitória ao vivo à massa adepta azul que maioritariamente não assiste aos jogos fora.
Respondendo a todos estes aspectos prévios, Jorge Jesus apresentou um 11 sem surpresas, repetindo todos os jogadores que alinharem de início no Bessa com excepção de Silas (a cumprir castigo), substituído por Garcés.
Com Sandro Gaúcho na equipa – apesar do mau jogo do porto – Jesus procurou assegurar algum equilíbrio defensivo na equipa, privilegiando a cultura defensiva e táctica do brasileiro em detrimento do maior talento ofensivo e técnico de Mancuso. O Nacional é uma equipa que marca muitos golos, sendo fundamental no plano de jogo azul a segurança defensiva e inviolabilidade das redes defendidas por Marco Gonçalves.
E assim foi.
O Belenenses entrou muito forte no jogo, e logo no primeiro minuto Amaral remata cruzado para defesa de Diego Benaglio. 4 minutos volvidos novo remate azul, desta feita através de Cândido Costa: servido por Ruben Amorim, o médio remata por cima.
O golo belenense adivinhava-se, e aconteceu aos 13 minutos: Dady passa por Ricardo Fernandes que rasteira o cabo-verdiano antes que este ficasse cara-a-cara com o guardião nacionalista. Grande penalidade que José Pedro converte com eficácia – 8 golo para o número 11 belenense.
Revelando muita tranquilidade, os azuis do Restelo continuam a mandar no jogo através de um forte pressing a meio campo que impedia o adversário – sempre muito intranquilo nos primeiros 45 minutos - de se organizar e criar verdadeiras situações de perigo. Ao invés, o Belenenses parece sempre mais próximo de ampliar a diferença de golos. Consequência disto mesmo, aos 25 minutos Garcés, servido por José Pedro, tem excelente oportunidade de se estrear a marcar para a liga mas atira ao lado. 5 minutos volvidos é Dady a visar a baliza de Diego mas o remate conduz a bola ao lado das malhas do suíço.
Apesar da evidente superioridade azul, o Nacional poderia ter chegado ao empate aos 36 minutos: Rodrigo, numa jogada de contra-ataque, corre sem opositores até à baliza mas, não acreditando na facilidade concedida desfere um remate por cima, na única oportunidade de golo dos madeirenses na primeira metade do encontro.
Sentido o perigo, os azuis carregam novamente sobre o adversário e chegam novamente ao golo à passagem do 42º minuto: Dady rebece a bola de Garcés, ultrapassa brilhantemente Ávalos e atira forte e rasteiro para o 5º golo do campeonato. A festa instala-se no Restelo e o 4º lugar – ainda que provisório – parece cada vez mais assegurado.
Perante a diferença no marcador, teria que ser o nacional a tomar em mão as despesas do jogo, bastando aos homens da cruz de Cristo controlar o encontro. Assim foi, apesar do remate madrugador – 47 minutos – de Ruben Amorim após boa jogada de entendimento com Zé Pedro.
Numa fase de domínio consentido – o nacional tinha já ganho 6 cantos quando o Belenenses bateu o seu primeiro aos 60 minutos -, os nacionalistas sobem no terreno, rematam mais às redes defendidas por Marco G. – por exemplo por Diego e Bruno Amaro à passagem dos 5 minutos de jogo – mais sem criar verdadeiro perigo. Consequentemente, perante a incapacidade nacionalista e o pragmatismo azul, o jogo perde qualidade e beleza mas o fundamental – os três pontos –, parecem já assegurados.
Com cerca de 20 minutos para jogar inicia-se a dança das substituições, com Jesus a fazer entrar Roma e Eliseu – minutos 71 e 75 – respectivamente para os lugares de Dady e Cândido Costa.
A monotonia geral com que o encontro se vinha desenrolando é quebrada momentaneamente ao minuto 76, com remates em ambas as balizas de Pateiro e depois de José Pedro, com o média azul a atirar ligeiramente ao lado.
O mote estava dado para os 15 minutos finais: o jogo nacionalista estava partido, o seu meio campo deixou de efectuar as marcações, o jogo ganhou nova vitalidade, parecendo inevitável a cereja em cima do bolo: novo golo azul.
Tal desiderato poderia ter acontecido ao minuto 80: na melhor fase do encontro para José Pedro, o médio evolui rapidamente pela esquerda e numa jogada combinada com Ruben Amorim, passa a bola ao sub-21 que remata obrigando o guardião do Nacional a defesa de recurso, com o pé.
Os jogadores azuis, nos últimos 10 minutos, pareceram ficar deslumbrados com as facilidades concedidas, e foram sempre pouco lestos quando de tratou de rematar à baliza. Pouco importava: os três pontos estavam assegurados, o 4º lugar provisório era uma realidade e a festa azul podia começar!
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Momentos decisivos do jogo:
Minuto 36: Rodrigo, numa jogada de contra-ataque, corre sem opositores até à baliza mas, não acreditando na facilidade concedida, desfere um remate por cima.
Minuto 42: segundo golo azul na sequência de excelente jogada individual de Dady.
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Minuto 42: segundo golo azul na sequência de excelente jogada individual de Dady.
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Figura do jogo: Dady.
O cabo-verdiano esteve sempre muito bem durante todo o encontro: lutou, marcou e deu a marcar. Fruto de iniciativas pessoais muito semelhantes nas quais de desenvencilhou dos defesas adversários, Dady ganhou o penalti que deu origem ao primeiro golo da partida e marcou o segundo, o golo da tranquilidade, muito perto do intervalo. Teve poucas oportunidades para facturar mas fê-lo quando era mais necessário. Tal como na Figueira da Foz usufruiu da titularidade de Garcés, já que a mobilidade do sul-americano atraiu muitas vezes um dos centrais nacionalistas, facto que permitiu mais espaço a Dady e situações de um para um.
Nota 5!
Em discurso directo, Dady desvalorizou a actuação individual em favor do colectivo e, quando questionado sobre quantos tentos pretende ainda marcar esta época, respondeu de imediato: “Quero marcar em todos os jogos. Isso é que era bom. Se foi o meu melhor golo? Penso que fiz uma boa exibição, mas o importante mesmo foi o Belenenses vencer e ter conseguido a manutenção. O lugar na tabela? Bem, é uma posição que gostaríamos de manter e melhorar. Seria gratificante terminar o campeonato no topo. Mas o grande objectivo é chegar à final da Taça.”
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Resumo televisivo
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